Especial

saadhak vê Brasil atrás de potências do VALORANT, mas diz que “é só questão de tempo para a gente chegar no topo”

Capitão da Vikings, o argentino esclareceu sobre o seu futuro e comentou a preparação do time para a Champions

Um dos times que irá representar o Brasil no VALORANT Champions no final do ano é a Team Vikings. A equipe cravou a vaga após a Havan Liberty ser eliminada do VALORANT Masters Berlin. Em entrevista ao VALORANT Zone, o jogador Matias “Saadhak” Delipetro falou sobre a classificação, a visão do cenário brasileiro no competitivo, os treinos e esclareceu sobre o seu futuro.

Classificação para Champions e preparação

Sobre a classificação do time para o Champions, o argentino comentou que era o objetivo principal do time, mas que é triste um time do Brasil perder para eles conseguirem a vaga. “São como dois sentimentos né, um sentimento ruim pelo fato de que o Brasil perdeu e um sentimento bom que o nosso trabalho finalmente deu certo.”

A equipe, que não precisará participar do Last Chance, terá mais tempo de preparação e para um possível bootcamp. Contudo, o jogador citou que ainda não tem nada definido por enquanto, mas explicou o propósito de realizar uma preparação em outra região visando o mundial.

“O bootcamp serve para quando jogarmos o Champions. A gente já não toma o susto inicial porque já vamos ter treinado contra a Gambit, Acend, vamos pensar: já treinamos contra eles, a gente já sabe como eles jogam, então só ir e fazer nosso jogo. Para aproveitarmos 100% o bootcamp, temos que ter a mentalidade correta. O que acontece é que nas primeiras semanas você vai tomar um espanco, mas se você conseguir passar por essa frustração, se conseguirmos nos adaptar, o bootcamp é muito útil.

O argentino também revelou que o time passou por muitos altos e baixos emocionalmente e explicou que caso a Vikings consiga fazer um bootcamp, o time vai chegar na Champions no melhor estado possível.

Amadurecimento da Vikings

Na terceira e última etapa do VALORANT Challengers Brasil, a Vikings não conseguiu chegar na briga pela vaga em Berlim apesar de ser um dos um dos times favoritos considerado pelo público. Saadhak comentou sobre os problemas que a equipe enfrentou durante a etapa.

“Aconteceram muitas coisas, primeiro foi a falta de treinos. Perguntamos para muitos times do Brasil se eles queriam treinar e eles recusaram. Teve uma semana que tínhamos três treinos, durante a semana toda. Depois mudamos as posições, eu voltei para Sentinela e o sutecas para o controlador. Voltamos tudo como era antes, só o frz que continuou como iniciador.

“Foram muitas problemáticas. Também não estávamos cômodos, não diria que sentimos pressão, mas não foi como na final da primeira Masters porque não tínhamos treino. Foi como um qualify que sabíamos que não iriamos ganhar, basicamente”, comentou o argentino.

Em relação as mudanças do time no VALORANT Masters Reykjavík para o momento atual, o atleta falou sobre a melhora dos jogadores, principalmente na parte mental do time, que não sentem mais nervosismo de jogarem fora do Brasil.

“Acho que temos jogadores mais maduros agora, frz entrou com uma cabeça na Islândia, com uma mentalidade e ele viu que não estava dando certo. Trabalhamos muito com ele e com gnt também. A parte psicológica, de preparação e eles melhoram muito. Então eles já perderam o nervosismo de jogar fora, na Champions vamos estar tranquilos. Vamos chegar e jogar nosso jogo, o que deveríamos ter feito na Islândia, mas aquele torneio foi o treinamento para isso.”

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Atuação do Brasil em Berlim e cobranças do público

O Brasil parou na fase de grupos no Masters Berlin após a Havan Liberty dar adeus com duas vitórias e a Vivo Keyd, que ficou a uma vitória de conseguir a classificação, mas perdeu contra a KRÜ Esports por a 2 0. Na visão do jogador da Vikings, o Brasil e a região LATAM estão no mesmo nível.

“A gente treina contra a KRÜ, mas não treinamos contra outro time LATAM. Eles são bem profissionais, não chegam tarde nos treinos. O fato da Vivo Keyd treinar contra a KRÜ torna o jogo muito pegado porque eles se conhecem muito. Tanto o Brasil quanto o LATAM, comparado o que vimos no Masters, está bem abaixo do nível, muitos erros táticos, na parte individual, no uso das habilidades. Eu acho que os dois estão no mesmo nível, só que a VK pode não ter tido um bom dia. Entre a KRÜ e a VK, eu acho que o nível está bem balanceado.”

Saadhak
Photo by Colin Young-Wolff/Riot Games

Apesar do Brasil estar atrás de outros times, o argentino acredita que o país pode chegar no topo. Saadhak ainda ressaltou que os times não estão atrás em relação a táticas ou dar bala, mas no uso das ferramentas. Contudo, o jogador acha injusto as comparações do VALORANT com o cenário brasileiro de League of Legends.

“Comparar um jogo que saiu em 2009 com um que não tem nem um ano de competitivo internacional. Eu não sei, qual é a problemática da nossa região brasileira no LoL, mas tem que entender que o Brasil é o país do FPS, país do CS, país do Crossfire, o FPS aqui é uma coisa muito pessoal, e se tem uma coisa que o pessoal não aguenta, é perder para um gringo que dá bala na cara. Então sempre tentam dar o máximo, eu acho que é só questão de tempo para a gente chegar no topo.”

Futuro no competitivo

Em uma recente transmissão na Twitch, o capitão da Vikings foi questionado se o elenco iria mudar para a próxima temporada. O jogador respondeu que não sabe o que acontecerá no futuro e explicou o corte feito, que depois foi publicado em um canal no Youtube.

“Foi um pouco mal entendido aquele vídeo, pareceu que a gente já estava desistindo, que não tínhamos mais vontade de jogar, tirando de contexto em algumas situações. O que eu posso falar é que ninguém no mundo sabe o que vai acontecer no próximo ano e a gente também não sabe. Vai que acontece algo com a Riot, vai que o jogo não era para ser, então temos jogadores que não sabem do futuro por uma situação óbvia, não sabem o que vai acontecer.”

Sobre o próprio futuro, o argentino tentou esclarecer o que pretende fazer para o ano de 2022 no VALORANT. “Para a galera que veio me perguntar o que vai acontecer no ano que vem, se vamos tirar alguém, o que eu vou fazer, não sei. O que eu sei, falando por mim, eu vou tentar continuar competindo. Eu vou tentar sempre fazer um time melhor para irmos de cara para a competição no próximo ano.”

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