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Especial

Saadhak comenta sua motivação para continuar competindo: “É minha cultura, é quem eu sou”

Capitão falou sobre decisão de competir no Brasil anos atrás

O ano da LOUD começou com uma grande campanha no VCT LOCK//IN 2023 e segue para o próximo desafio que será o VCT Américas 2023, a liga internacional da Riot Games. Em entrevista ao VALORANT Zone, Matias “Saadhak” Delipetro falou sobre o vice-campeonato, estreia no VCT contra o MIBR e sua jornada no competitivo desde que migrou para o cenário no Brasil.

A equipe esmeraldina chegou até a final do LOCKIN e por pouco não garantiu o título. Com uma equipe reestruturada e com dois novos jogadores, a LOUD conseguiu manter o desempenho. O capitão explicou que, apesar da boa companha, a pressão pra entregar bons resultados não existe.

“Eu acho que a gente não tem pressão além da que a gente bota em nós mesmos. Sei que a torcida, as redes sociais, muitas coisas mais botam muita pressão em nos, mas a gente tem uma bolha que só quem esta dentro importa, só quem esta dentro entende o que a gente esta fazendo, de todos os sacrifícios e todo o tempo que precisamos fazer para ganhar, e que se perder, são as pessoas dentro da bolha que vão nos entender. O VCT Américas é a oportunidade para demostrar que o que a gente fez no LOCK//IN não foi sorte e sim muito trabalho.”

Colin Young-Wolff/Riot Games

O campeonato de abertura chegou ao fim há algumas semanas e o cenário global acompanhou de perto os times que se destacaram. Na visão do argentino, a FNATIC foi o time que mais impressionou nessa competição inicial.

“Eles reestruturaram quase todo o time, mantendo a base do Boaster e Derke, trazer 3 jogadores novos e ganhar o evento não foi o que esperava. Era um time que sempre foi forte mas sempre pareceu que precisavam de uma peça para encaixar e mostrar para todo o mundo o verdadeiro potencial deles.”

Visando o VCT Américas, a estreia do time será contra o MIBR, outra equipe brasileira. Em 2022, o Made In Brazil disputou apenas 2ª etapa do VALORANT Challengers Brasil (VCB), mas em grupos diferentes, os dois times ainda não se enfrentaram. Sobre enfrentar uma equipe da mesma região, Saadhak pontuou o lado positivo.

“Eu acho que para nós os pontos positivos são que conhecemos eles, sabemos como eles gostam de jogar e a gente competiu contra eles muitas vezes no passado, em diferentes times. Os negativos são que eles também conhecem a gente, a gente treinou muito contra eles antes do LOCK//IN e também temos certeza que depois da derrota que sofreram, eles conseguiram aprender muita coisa nova.”

A LOUD está em uma nova fase, com dois novos jogadores, Cauan “cauanzin” Pereira e Arthur “Tuyz” Vieira. Em outra oportunidade, Saadhak já tinha comentado que esse time é novo e diferente da antiga que venceu o mundial em 2022. O capitão explicou que esse novo quinteto também será um projeto à longo prazo.

“Meu objetivo e o da LOUD além de ganhar é formar atletas, pessoas que saibam treinar, ter uma boa imagem e competir. Temos muitos jogadores novos, e é muito fácil se perder nos estímulos do dia a dia, então nosso projeto vai além de só ganhar o Champions.”

Colin Young-Wolff/Riot Games

Bicampeão brasileiro do Challengers e campeão mundial de 2022, Saadhak coleciona títulos no VALORANT e segue em busca de outros. O capitão foi sincero ao comentar sobre o que lhe motiva a continuar competindo.

“Eu compito há mais de 8 anos, o que sempre me manteve com vontade de seguir nunca foi um troféu ou ganhar um torneio. Obviamente que ganhar o Champions é o logro definitivo para mim. Mas além disso eu amo competir, amo treinar, amo compartilhar meu tempo com meu time, tentando ser melhores e seguir o mesmo sonho. Competir para mim é minha cultura, é quem eu sou, é o que me faz feliz. Uma grande motivação que descobri recentemente é o fato de passar minhas experiências para os jogadores mais jovens, mostrar o caminho pra eles e tentar ser um bom exemplo de capitão e de líder, e não mais uma pessoa que passa pela vida deles.”

A história do Saadhak no Brasil começou há alguns anos, antes mesmo do VALORANT. A decisão de competir no país veio regada de responsabilidades em um momento delicado da vida. Mesmo com uma grande rivalidade do Brasil e Argentina nos esportes, principalmente o futebol, isso não impediu em nada de ter conquistado o coração de inúmeros torcedores. Além de defender uma equipe brasileira, o atleta conta com uma legião de fãs que participam ativamente das suas transmissões na Twitch.

“Quando tomei a decisão de migrar para Brasil, foi uma decisão muito difícil para mim, minha mãe tinha acabado de ser diagnosticada com câncer e eu tinha minha namorada – na época, que agora é esposa – no Brasil. Eu sabia com todo meu ser que o meu futuro estava aí. E graças a Deus meus pais me apoiaram na decisão, eles sabiam que era meu futuro, profissional como de vida.”

“Eu jamais achei que ia conquistar vários títulos nacionais e ainda menos ganhar toda a torcida do Brasil, ainda mais sendo estrangeiro. Todo mundo sabe da rivalidade de Argentina e Brasil, então foi uma surpresa como eles me aceitaram e fui bem vindo na cultura brasileira. As coisas que aconteceram no Brasil comigo é realmente incrível, eu não tenho palavras para agradecer o jeito que os brasileiros me abraçaram.”

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