Especial

mimi comenta chance do Brasil receber um Game Changers em 2023: “Eu adoraria jogar um campeonato aqui”

Atleta falou sobre a amizade que tem com as jogadoras da Liquid e contou a experiência de visitar o Brasil

A G2 Gozen se consagrou a campeã do Game Changers Championship 2022. O primeiro mundial feminino que aconteceu em novembro, a equipe europeia foi coroada como a melhor do mundo. Em entrevista ao VALORANT Zone, Michaela “mimi” Lintrup falou sobre a conquista, ter eternizado o nome no VALORANT e no CS:GO, chance do Brasil receber um Championship e mais.

Brasil e relação com a Liquid

Primeira vez na América do Sul e no Brasil, mimi, Petra “Petra” Stoker e Anastasiya “Glance” Anisimova participaram de um showmatch no Red Bull Campus Clutch 2022. Em uma experiência única, a dinamarquesa se mostrou grata por ter tido a chance de estar no Brasil e jogar ao lado das brasileiras da FURIA.

É um sentimento incrível, eu sinto que toda a cena feminina, não importa o jogo, todas são sempre solidárias umas com as outras, e eu amo isso, eu amo as mulheres. E a oportunidade de vir ao Brasil era uma coisa que eu sempre quis. Eu estou muito animada, nunca estive na América do Sul. Eu me sinto muito sortuda de ter a oportunidade dessa experiência e conhecer todos os fãs brasileiros, eles são malucos, é insano estar aqui”.

Na conversa, mimi revelou que depois do torneio, no dia (17), a equipe da G2 iria viajar para o Rio de Janeiro e uma das metas pessoais da dinamarquesa era ver o Cristo Redentor, uma das maravilhas do mundo. Posteriormente, esse desejo foi realizado.

O Brasil também vai receber o VCT LOCK//IN no próximo ano, que será o torneio de abertura da temporada competitiva com o novo formato, das ligas franqueadas. Sobre a possibilidade do país receber e hospedar um Game Changers Championship, mimi não escondeu o entusiasmo.

“Eu adoraria jogar um campeonato aqui, mas eu não gostaria de enfrentar a Liquid”, ponderou mimi ao citar o time da casa em meio a um sorriso carismático. Mas seria muito insano, eu realmente espero (um torneio no Brasil), talvez um dia. Por favor”.

Fora dos servidores, a história de mimi com o Brasil já tinha sido cruzada. A G2 Gozen treinou algumas vezes com a Team Liquid quando a cavalaria realizou os treinos intensivos fora do país. Em uma entrevista anterior, o VZone conversou com Ana “naxy” Beatriz que revelou ser amiga de mimi. A dinamarquesa contou como essa amizade começou e rasgou elogios ao time.

“Eu nem sei, como que começa (uma amizade)? Você está torcendo uma pela outra na região dela, e sempre que você vê elas ganhando, você se sente feliz. Então ter essa coisa de torcer uma pela outra e celebrar a vitória (dela), eu sinto que foi aí que começou. E a gente sabia que provavelmente iríamos nos enfrentar depois e foi super emocionante porque todas as meninas da Liquid são incríveis, sério, eu amo elas demais. E é um time tão bom, é bem legal de jogar contra, elas são bem legais, eu amo elas”.

O encontro dos times aconteceu na final da chave superior no GC Championship. Em um jogo repleto de emoção, a G2 venceu por 2 a 0, mas com placares acirrados, que mostraram que a série foi decidida no detalhe. Sobre o duelo, mimi revelou que a equipe sabia que seria difícil contra a cavalaria.

“A gente sabia que elas eram boas, e todas as vezes que a gente treinava contra elas online eram sempre jogos bem próximos, até perdemos algumas vezes. Sabíamos que era um time muito bom e não podíamos relaxar em nenhum momento (do jogo) porque elas tem atiradoras difíceis e elas leem o jogo muito bem. A gente sabia que precisávamos jogar bem desde o início e continuar rolando porque caso contrário, a gente poderia perder o jogo. Elas foram provavelmente o time que nos deu mais competição, mesmo quando tínhamos perdido outros mapas, (que foram) de uma maneira difícil, mas os mapas que vencemos também foram com uma diferença grande, mas com a Liquid foi muito próximo (o placar), 13 a 11 ou 14 a 12, eu acho.

Paula “bstrdd” e mimi juntas no palco do Championship. Foto: Adela Sznajder/Riot Games

Questionada se no primeiro treino contra a Liquid alguma jogadora chamou sua atenção, mimi comentou sobre todas as atletas, que fazem igualmente um grande trabalho mesmo com a divisão de funções que existe no VALORANT.

“Todas elas são ótimas e quando se trata do VALORANT, é muito difícil (de falar), é claro que você tem as estrelas (do time) como a bstrdd, mas para ela ter esse sucesso (individual), ela precisa da ajuda adequada das jogadoras que fazem (função de) suporte, as controladoras fazendo o seu trabalho, acho que honestamente, todas elas fazem um ótimo trabalho. E também tem a daiki, ela tem 18 anos e ela é a IGL, isso é louco, e ela domina o servidor, sério. Acho que todas elas merecem seu brilho e um destaque também.”

História no CS:GO e 2023

A história de mimi, Julia “juliano” Kiran e Petra já teve um grande capítulo antes do VALORANT. O trio foi multicampeão no CS:GO, porém, em times separados. Na reta final das carreiras no FPS da Valve, as jogadoras conquistam a DreamHack Showdown Winter 2020: Europe. Eternizadas nos dois jogos, mimi não escondeu a emoção de falar sobre a conquista, nos dois jogos.

“É até meio louco pensar nisso, é um sentimento incrível, óbvio. Você também sente orgulho de si porque você tem se dedicado tantas horas da sua vida nos jogos, em geral, e eu estou muito feliz e orgulhosa de nós“, afirmou mimi.

Para o próximo ano, mimi quer conquistar tudo o que tiver pela frente junto da G2. A atleta relembrou os dois títulos do Game Changers EMEA e a derrota na 3ª edição para a Guild X. Contudo, o foco é ser bicampeã do Game Changers Championship.

“O nosso objetivo é ganhar todos os Game Changers EMEA, perdemos um esse ano, mas próximo ano vamos fazer (o objetivo) sem falhas e obviamente classificar para o Championship. Nós queremos ser a melhor equipe no fim (da temporada). Mostramos agora que somos as melhores, mas provar isso duas vezes… Isso seria insano”, finalizou mimi com bom humor.

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