Sete times, uma vaga: sem LOUD, NRG e Evil Geniuses, algumas equipes chegam como favoritas ao Last Chance Qualifier das Americas 2023, mas o histórico tanto da fase regular quanto dos playoffs do VCT Americas mostra que nada no cenário americano está definido.
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Falar que a primeira temporada foi recheada de emoção não é exagero: as vagas nos playoffs foram disputadas até o último mapa da última série, quando o MIBR, que já não tinha nada a perder, derrubou a 100Thieves, que vinha como uma das promessas do cenário americano, e garantiu a classificação da Evil Geniuses, que realizou mudanças na equipe titular após a primeira semana de competição e nem sequer eram cogitados para a fase decisiva.
Fase regular nas nuvens, playoffs no inferno
Ao lado da LOUD e da NRG, a Cloud9 com certeza vinha como uma das favoritas para conquistar uma vaga no Masters Tokyo e garantir a participação direta no Champions. Finalizando a fase regular em segundo lugar com uma única derrota (para a LOUD), a equipe americana perdeu seu primeiro jogo nos playoffs justamente contra a Evil Geniuses.
Com a EG classificando após o milagre brasileiro, talvez só a equipe liderada por Kelden “Boostio” Pupello acreditasse que poderiam desbancar não só a NRG como também a Cloud9. E o fizeram. A equipe de Nathan “leaf” Orf não teve tempo de digerir o que aconteceu na série: com impressionantes 13×5 na Fracture e 13×2 na Bind, a EG garantiu a vaga na final da chave superior com uma solidez inacreditável.
Na chave inferior os jogadores da C9 pareceram se recuperar do susto e venceram a Leviatán, mas não foram páreos para a NRG, que também vinha furiosa após cair para o mesmo algoz.
Talvez nem nos maiores pesadelos destas equipes elas se enfrentariam nos playoffs nestas condições, mas o VCT Americas 2023, do início ao fim, mostrou que ser favorito pode não significar nada na prática.
A grande promessa do LATAM
Excluindo a LOUD, que apesar das mudanças trazia o cerne da equipe campeã mundial, a Leviatán foi a organização sul-americana que mais trouxe expectativa para o cenário profissional e o público no VCT. Com jogadores experientes como Agustin “Nozwerr” Ibarra e Vicente “Tacolilla” Compagnon e sob comando de Rodrigo “Onur” Dalmagro, a performance da Leviatán não convenceu desde a fase regular.
Logo na primeira rodada a equipe venceu a NRG por 2×0 com direito a atropelo na Lotus (13×4), mas os outros resultados foram medianos, voltando a vencer apenas contra times que já mostravam enfrentar diversos problemas: Sentinels, MIBR e KRÜ.
Apesar da trajetória não tão agradável, a Leviatán se classificou para os playoffs com a promessa de mostrar mais solidez nos resultados, mas perdeu as duas séries disputadas, para a FURIA e para a Cloud9.
A Leviatán, assim como a C9, só joga na segunda-feira (17), tendo oportunidade de estudar uma última vez seus possíveis adversários antes de entrar no stage – se não conseguiram antes, agora é a hora de provar que o hype em torno da equipe foi justificado.
Só dependiam deles mesmos
A 100 Thieves, de longe, é a equipe que vem mais insatisfeita nesse LCQ. Com quase dois pés nos playoffs, os americanos viram a vaga ser tirada de suas mãos pelo MIBR, que já estava desclassificado e era a última esperança da Evil Geniuses para a temporada.
Se a EG destruiu sonhos dos gigantes nos playoffs, o MIBR sequer deixou a 100T sentir o sabor da etapa decisiva. Os brasileiros entraram sem medo em jogo e levaram a série por 2×1, com vitórias seguras na Fracture (13×6) e na Lotus (13×7) e perdendo na prorrogação da Pearl por 12×14.
Quando as organizações anunciaram suas composições para disputar as franquias, a 100 Thieves aparecia como uma das favoritas a levar o título das Américas, com nomes de destaque como Peter “Asuna” Mazuryk e Matthew “Cryocells” Panganiban em seu elenco – depender do último jogo da temporada para a classificação definitivamente não estava nos planos da equipe.
A equipe joga no dia 16 contra a Sentinels, que na fase regular, ainda com Rory “dephh” Jackson como titular, saiu vitoriosa na disputa. Com ambos times fora dos playoffs, vencer o LCQ é provar para o mundo que superaram as muitas pedras em seus caminhos este ano.
Falta de planejamento?
Com a performance da KRÜ na temporada 2023 do VCT Americas, fica difícil até mesmo de chamar o time de azarão. A equipe, que não vence uma partida em campeonatos desde dezembro de 2022, substituiu o brasileiro Alexandre “xand” Zizi e o head coach Leandro “Leazo” Liset pouco depois do VCT LOCK//IN, quando perderam logo na primeira rodada para a NaVi, alegando que o desempenho de ambos não estava alinhado com o resto do time.
Trazendo o chileno Angelo “keznit” Mori como reforço para a franquia, a KRÜ prometia tudo, menos terminar com 9 derrotas a fase regular. Apesar das seguidas derrotas com a equipe titular, a equipe técnica decidiu escalar o brasileiro Carlos “axeddy” Galvão apenas na sexta rodada contra a LOUD, quando as chances de classificação já eram mínimas.
Primeira equipe oficialmente fora dos playoffs, ver apenas os resultados das séries disputadas não é suficiente para entender o que aconteceu durante a temporada. Times sólidos como LOUD, 100Thieves e Cloud9 perderam mapas para os latino-americanos, e outros como a Sentinels e o MIBR tiveram vitórias apertadas em prorrogações.
O primeiro jogo do LCQ, no dia 15, já traz a disputa entre KRÜ e MIBR, últimos colocados da fase regular. Por conta do histórico geral, o MIBR, apesar de também ter enfrentado mudanças internas durante a temporada, sai como favorito a avançar na chave e enfrentar a FURIA no dia seguinte, mas outras equipes fizeram elogios à performance do time chileno nos treinos recentes.
Caminho árduo
Com o início do LCQ esse sábado, além de enfrentarem seus próprios fantasmas, as equipes ainda terão MIBR, FURIA e Sentinels como adversários na jornada do torneio, que termina no dia 23 de julho e define quem se junta a LOUD, NRG e Evil Geniuses no Champions em agosto representando o continente americano.
O VALORANT Champions 2023 acontece em Los Angeles entre 6 e 26 de agosto, e contará com 16 equipes das ligas America, EMEA e Pacific e do qualifier chinês. Além das três organizações do continente americano, Fnatic, Team Liquid, FUT Esports, Paper Rex, DRX, T1, Bilibili Gaming e EDward Gaming já estão classificadas.
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