Especial

Após eliminação no VCB Finals, CeV aponta que INGAMING conseguiu “anular praticamente tudo o que fazíamos”

CeV também comentou sobre preparação futura para o time, que precisa trazer o desempenho dos treinos ao torneio

Neste domingo (2), após a derrota para a INGAMING no VALORANT Challengers Finals Brasil (VCB Finals), o treinador da paiN Carlos “CeV” Picinato falou um pouco sobre a série e também as preparações para as próximas etapas do VALORANT Champions Tour (VCT).

O técnico começou respondendo sobre o desempenho de Murillo “murizzz” Tuchtenhagen, que é um jogador-chave do time mas teve um desempenho abaixo da média que costuma ter como entry. CeV comentou que existem dias que acontece e que o jogador vai resetar a mente para voltar com grande impacto.

“Acontece, infelizmente tem dias que nada dá certo e hoje esse dia foi o do murizzz, principalmente na Bind. Tanto no último pause, literalmente, meu foco foi tentar trazer ele de volta para a partida, porque eu sei que ele estava sentindo isso e o time também acaba sentindo quando vê um jogador que tem um impacto muito grande, principalmente em questão de first kill, e não está conseguindo desempenhar.

Mas o murizzz é muito inteligente, ele sabe que essa partida não define nada na carreira dele, principalmente no futuro dele. Ele sabe que precisa resetar e garanto que, apesar de ser um dia bem complicado para ele, hoje ele vai colocar a cabeça no lugar e vai ser aquele cara que a gente conhece, com uma baita confiança e sem dúvida nenhuma vai voltar a ter o impacto absurdo que ele tem no nosso time.”

O QUE FALTOU PARA A SÉRIE

CeV falou também de como tentou trabalhar as pausas ao longo da série para trazer o time de volta desde a Split, que tinha começado muito bem mas no decorrer do jogo começou a desandar um pouco.

“A gente começou jogando muito bem a Split, se não me engano estava 7 a 0 ou algo assim, abrimos um placar muito grande. A gente estava muito dentro do jogo e parece que alguém chegou e apagou a luz de todo mundo. Não conseguimos voltar nos pauses. Eu estava trabalhando os pauses exatamente para tentar trazer um pouquinho de ânimo para o pessoal, mas parece que alguém desligou a chave de geral, a comunicação já não estava a mesma, as tomadas de decisões algumas muito precipitadas e a gente entrou no jogo dos caras. Eles estavam com um plano de jogo muito bom e jogaram muito bem, conseguiram anular praticamente tudo o que a gente fazia e estavam com boas leituras do que a gente estava fazendo e não conseguimos reagir. São aqueles dias que ocorre um apagão e eu sei que quando começa esse apagão infelizmente para voltar é muito complicado – e hoje foi um dos dias que a gente não conseguiu literalmente voltar.”

MUDANÇAS NO TIME

O técnico da paiN comentou que precisa fazer mudanças na preparação do time para trazer o bom desempenho que conquista em treinos para o jogo, que é o principal ponto para os resultados que vêm acontecendo desde o começo do ano.

“A gente precisa entender por que muitas vezes não conseguimos trazer algumas coisas que a gente treina, alguma maneira de jogar, para dentro do servidor. A gente precisa entender isso, eu acho que não estamos conseguindo ainda, apesar de ter jogadores experientes, tanto em VALORANT quanto outras modalidades, principalmente esse ano a gente não está conseguindo ligar essa chave de na hora de entrar no servidor para campeonato ter uma performance melhor.

No ano passado a gente tinha um pouco dessa dificuldade, mas ela era muitas vezes o contrário: a gente não desempenhava bem na semana de treino e na hora do campeonato a gente deslanchava de uma maneira incrível. Só que nesse ano, o que tá pegando é que a gente tem uma semana de treino muito produtiva, treinando contra os times que estão no topo, como VKS e FURIA, e conseguindo jogar de igual para igual e chega no campeonato parece que a gente toma um ‘reset’ na cabeça e não consegue trazer isso para o servidor. Acho que é o foco principal agora, a gente vai ter um tempinho a mais para trabalhar agora, também acredito que vai ser bem produtivo ter esse tempo a mais e é tentar entender o por que não tá rolando isso e tentar buscar formas de arrumar.”

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PREPARAÇÕES PARA O FUTURO

CeV falou sobre o futuro da equipe, sobre os pontos do VCT para a Champions no final do ano e também preparação para novidades, já que muitas mudanças estão previstas no meta com um novo tipo de pick de mapas no competitivo.

“Sem dúvida nenhuma a gente se classificar agora para o Masters da Islândia seria muito importante, mas também, por outro lado, a gente tem uma meta final que é estar no mundial do final do ano. É muito bom a gente estar somando, o ruim seria se não somasse nada, e continuando a chance de disputar o mundial no final do ano é grande.

Sobre o mapa Breeze, o técnico já mostrou que o time está animado com a novidade e será um mapa que tentarão priorizar, algo oposto que fizeram no mapa Icebox.

O mapa novo, Breeze, a gente jogou ele brincando e mesmo assim, todos nós gostamos muito do mapa e com certeza vai ser um mapa que a vamos começar a trabalhar. Vamos fazer o inverso da Icebox, pois a Icebox a gente foi praticamente um dos últimos times a trabalhar, então a gente quer fazer o inverso e queremos ser um dos primeiros times a ter esse mapa, porque a gente gostou muito do mapa e tenho certeza que pode ser um diferencial, por exemplo em uma MD3.

Por fim, Cev comenta que essas mudanças serão expandidas para as composições também, buscando adaptações para o meta.

Sobre agentes novos também, a gente já estudou algumas composições com Yoru e trouxemos a Viper, estamos usando muito Skye e Astra. Então a gente está se adaptando, não é só você pegar o agente e levar para o servidor, tem que masterizar todos os agentes para poder ter certeza do que a gente está levando ao servidor. Tanto que hoje a gente não se sentiu tão confortável em trazer a Astra pra Haven e voltamos com o Omen, que era um pouco mais de confiança ao Pepa, então a gente tenta sempre trazer ao máximo para ter confiança e desempenhar bem dentro do servidor.”

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