Utilizando inteligência artificial, novo cheat promete ser dor de cabeça para VALORANT e outros FPS

Um novo cheat promete tirar o sono dos desenvolvedores de FPS, incluindo o VALORANT. Isso porque a nova trapaça promete ser indetectável e melhorada com o uso. Esse novo aplicativo, desenvolvido pela USERVIZ, utiliza um mecanismo de inteligência artificial e não modifica nenhum arquivo do jogo.

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O cheat funciona de forma similar a prática de streaming utilizando dois computadores. O programa roda em uma segunda máquina com uma placa de captura que recebe os dados vindos da placa de vídeo do PC principal (ou console).

Quando o jogo estiver rodando, o programa vai procurar por silhuetas humanas perto da mira. Quando o inimigo é visto, o programa calcula precisamente a distância e qual direção o mouse precisa ser deslocar para colocar o inimigo, ou até mesmo parte do corpo, no centro da mira. Os dados são enviados para o dispositivo de captura que emula o uso do mouse e atira por conta própria.

De acordo com um dos administradores do Discord o objetivo não é arruinar a experiência dos jogos competitivos online. Segundo o site Ars Technica, que conversou com os criadores do aplicativo, o objetivo é “dar aos jogadores uma chance em [jogos] que já estão saturados de hackers. Os jogadores do Xbox não têm chance … o cheat nunca teria sido criado sem o pedido [dos usuários].“

Realmente indetectável?

Também em entrevista ao Ars Technica, Phillip Koskina, líder de desenvolvimentismo de anti-cheater da Riot Games, questiona o poder do programa.

“No final das contas, o vetor de ‘emular entradas’ não é nada novo, e a equipe do Vanguard está muito ciente disso“, disse o rioter.

Koskina lembra o caso do turco Yasin “NisaY” Gök. O jogador profissional está banido de competições oficiais da Riot desde fevereiro. Segundo o responsável pelo Vanguard a punição é com base em um cheater similar ao proposto pela USERVIZ.

“Um sistema automatizado construído pela equipe de anti-cheater ajudou na detecção de um cheat que lê a tela do usuário antes de emular movimento corretivo do mouse com a ajuda de hardware externo“, explicou.

“A confirmação humana após a sinalização automática confirmou a trapaça“, completou.