Conhecido entre os criadores de conteúdo da internet como Throwback Thursday (TBT), a campanha tem como objetivo relembrar momentos marcantes do passado. Nesta quinta-feira (22), o VALORANT Zone preparou um TBT especial para os torcedores brasileiros que acompanharam o título da LOUD no VALORANT Champions 2022.
Depois de bater na trave no VALORANT Masters Reykjavík 2022 após perder para a própria OpTic Gaming, a LOUD mostrou estar preparada para os principais desafios do cenário competitivo da modalidade. Recém-chegada no VALORANT, venceu o principal título do ano.
Tier D da Competição
Apesar de o triunfo brasileiro ter acontecido no último domingo (18), a campanha da LOUD na competição teve início bem antes disso. Isso porque influenciadores e casters da Europa fizeram um Tier List com os times participantes da competição, e acabaram colocando o time brasileiro como Tier D — pior posição possível da lista.
Na época, a lista foi elaborada por nomes marcantes do cenário competitivo, como Jakub “Lothar” Szygulski, ex-jogador e atual streamer da G2 Esports, Jessica “Jess” Bolden, Yinsu “Yinsu” Collins e entre outros. Entretanto, todos foram obrigados a ver o Brasil no topo do mundo.
Os nomes icônicos mexeram em um vespeiro. No melhor estilo Zagallo, em 1997, a LOUD trouxe o termo “vocês vão ter que me engolir” para o cenário competitivo. Sem perdoar, a comunidade brasileira se reuniu para criar uma série de memes após o título no VALORANT Champions.
Primeira melhor de três contra a OpTic
Seja ironia do destino ou vontade de testar a paciência e a fé dos torcedores, a OpTic Gaming sempre esteve presente no caminho da LOUD. Não só apenas no VALORANT Champions 2022, mas no decorrer de toda a temporada competitiva. Não por menos, foi o time internacional contra quem a Verdinha mais jogou contra neste ano.
O primeiro dos três encontros entre as equipes no Champions aconteceu na fase de grupos. Os dois times estavam no Grupo B e jogaram após vencerem os respectivos jogos de estreia. A LOUD vinha de vitória por 2 a 0 contra a ZETA Division, enquanto a OpTic Gaming precisou virar contra a pouco badalada BOOM Esports.
A equipe do Faz o L parecia ter deixado para trás todo o passado de derrotas para a OpTic Gaming ao iniciar a série vencendo, mas perdeu os dois mapas seguintes e voltou a estigma que tanto assolou o brasileiro no decorrer da temporada competitiva.
Dessa forma, a derrota fez com que a LOUD ficasse com uma vitória e uma derrota na competição, precisando jogar o jogo da vida contra a ZETA Division — que havia despachado a BOOM Esports para casa. Sem sustos, os brasileiros fecharam a série por 2 a 0 e avançaram aos playoffs.
Imbatível nos playoffs e OpTic de novo
Se alguém ainda duvidava da capacidade da LOUD no VALORANT Chapions precisaria começar a rever os próprios conceitos sobre o jogo. A equipe que foi apontada como Tier D por especialistas do cenário competitivo não perderam um mapa sequer até a grande final contra a OpTic Gaming.
Antes disso, entretanto, despachou os companheiros da América do Sul da Leviatán, mandando-os para a repescagem. Na sequência, venceu a DRX sem nenhum susto, mas viu a OpTic se classificar na outra chave para o duelo decisivo que definiria o primeiro finalista do Champions.
A vitória no primeiro mapa contra a segunda série disputada contra os norte-americanos não tranquilizou os brasileiros o suficiente. Com receio de uma nova virada, o país viu o medo se esvair pouco a pouco à medida que a Ascent ia sendo disputada, com uma vitória sólida que terminou com dez pontos de vantagem e classificação para a decisão.
Contudo, restava para a LOUD esperar pelo adversário contra quem jogaria a grande final. A OpTic Gaming e a DRX fizeram um jogo digno do principal torneio de VALORANT do mundo. Em uma melhor de cinco (MD5), os norte-americanos venceram os dois primeiros mapas, mas cederam o empate. No último, garantiram o triunfo e cravaram a vaga na final.
Final com sustos, mas tranquila
Brasileiro amante de jogos First Person Shooter (FPS) tem que estar acostumado com sofrimento. O adversário já assustava o suficiente, e já fez com que a gente amargasse uma vice posição em outro torneio importantíssimo do cenário competitivo.
Entretanto, comparado ao que muitos estão acostumados — principalmente os que vieram do Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) — não há muito do que reclamar. O jogo foi duro, como toda grande final deveria ser, mas a LOUD conseguiu manter a partida sob controle durante quase toda a série.
Mesmo com o jogo indo para a prorrogação logo no primeiro mapa, a LOUD conseguiu sair na frente e já despachou a zica do último 3 a 0 contra a OpTic Gaming na grande final do Masters de Reykjavík. Os norte-americanos até tentaram estragar a festa, mas esqueceram que o Brasil é o país do Carnaval.
Mais uma vez assustando o coração machucado dos brasileiros, a Breezes resolvida na prorrogação depois de uma excelente recuperação da Verdinha só serviu para fazer com que Gustavo “Sacy” Rossi desse uma voadora nos adversários — com a licença da piada ao ícone do folclore brasileiro.
A decisão foi para o quarto mapa em um dos mapas que fez parte do início da história do VALORANT. A Haven, único mapa com três bombsites do jogo, entrou mais uma vez para a história, dando o título mundial para uma das organizações que melhor representa o Brasil no esporte eletrônico.