Comentarista da Riot Games, Guilherme “Spacca” Spacca, foi o convidado da segunda edição do Spike Site. Entre os assuntos abordados com o convidado durante o programa do VALORANT Zone está a dos cheaters presentes no jogo, tanto na cena casual quanto na cena competitiva.
Sem rodeios com as respostas, Spacca falou sobre a reação da comunidade com Erick “aspas” Santos, recentemente contratado pela SLICK. Presente no FPS de forma geral, o comentarista da Riot comparou o caso do jogador de VALORANT com a de Nathan “leaf” Orf, que passou por algo semelhante no Counter-Strike.
Na época, o jovem de 17 anos – que acabou migrando para o VALORANT – foi duramente atacado pela comunidade brasileira após um jogo contra o MIBR. Leaf foi acusado de usar programas que auxiliassem a mira por influenciadores como Alexandre “Gaules” Borba e até mesmo por profissionais como Gabriel “FalleN” Toledo.
Cauteloso, Spacca afirmou que o caminho de apontar o dedo e “linchar” o jogador na internet não é a melhor opção. Para ele, é preciso tomar muito cuidado com as atitudes praticadas neste caso porque isso pode provocar o fim do sonho de alguém se tornar profissional.
“Para não acabar com a carreira de alguém, eu prefiro não me colocar em uma posição em que aponto o dedo e digo que o cara está usando cheat. Não é desse jeito que a gente vai descobrir se ele usa cheat ou não. É aí que entra a parte da Riot Games com o Vanguard, ver o que está passando e o que não está passando”, apontou.
Para ele, a tecnologia presente nos programas ilegais atualmente, torna a detecção ainda mais difícil. Oriundo do Counter-Strike, ele aponta que nos primórdios do FPS da Valve era muito mais fácil reparar quem estava atuando de maneira ilegal durante uma partida.
“No Counter-Strike 1.6 era muito mais fácil você olhar e ver se o cara estava usando cheat ou não. Na grande maioria dos casos, o jogador que era suspeito, provavelmente tinha alguma coisa. Hoje em dia é extremamente difícil você dar esse parecer dada a complexidade e tecnologia que tem”.
Durante a resposta, Spacca também falou que não adianta esperar que aconteça um evento presencial para que um jogador suspeito consiga mostrar o seu valor. Isso porque existem muitos campeonatos online de alto nível que podem impedir com que ele chegue até a lan house.
Além disso, ele aponta que não é possível dizer em apenas um campeonato presencial se o jogador está ou não utilizando trapaça. Isso porque o fator psicológico é um grande motivador para más atuações e, por isso, é preciso ter uma boa estrutura na organização para evitar que isso aconteça.
“Para mim, isso era algo que acontecia em 2015. Hoje em dia são tantos campeonatos online de nível importante que se a gente ficar esperando ele chegar em um presencial, pode ser que nunca chegue”, disse.
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