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“Seríamos idiotas se não estivéssemos à procura de jogadores de VALORANT”, aponta CEO da Vitality

Apesar da cautela, CEO da organização francesa é otimista em relação ao cenário competitivo

O começo do cenário competitivo de VALORANT foi marcado por movimentações bruscas de grandes organizações buscando jogadores para representá-las.

Seguindo o caminho inverso, a francesa Team Vitality, que vai adotando uma postura extremamente cautelosa em relação ao FPS e ao seu competitivo que, do ponto de vista sustentável, ainda engatinha.

Obviamente, isto está longe de significar que a organização vem fechando os olhos para o jogo. No último final de semana, a Vitality organizou seu próprio torneio, o Vitality Europe Open, competição com €15 mil em premiação, válida pela Ignition Series e vencida pela G2.

Visando esclarecer as intenções da Vitality com o novo título da Riot Games, o site The Loadout conversou com Nicolas Maurer, CEO da organização.

Como em qualquer outro novo título, devemos fazer uma análise própria, ver as métricas e tendências, saber mais sobre o público, visibilidade e demais fatores“, aponta Maurer.

O jogo é muito bem feito, mesmo que tenha sido lançado recentemente. A Riot está por trás disso, e quando você vê uma empresa tão experiente nos esports, é um bom sinal“, admite.

Executivo falou sobre os planos do clube para o FPS da Riot
CEO da Vitality vê com otimiso o cenário de VALORANT | Foto: Medium/@Chiliz

Eu sinto que o cenário competitivo ainda não está bem estabelecido, a maioria dos jogadores são ex-profissionais de Counter-Strike e ninguém sabe se eles continuarão a dominar o jogo por seis meses, um ano ou dois anos

Para Maurer, o torneio sediado por sua organização serviu como boa oportunidade para observar jogadores, mas por hora, nada além disso:

Seríamos idiotas se não estivéssemos à procura de jogadores. Claro que estamos procurando. (…) Isso não significa que assinaremos com três jogadores do torneio e formaremos um time imediatamente“, explica.

(Organizar um campeonato) é uma oportunidade nova e interessante para nossos parceiros, e nos ajuda a agradá-los, pois eles nos vêem produzindo conteúdo acerca do VALORANT“, esclarece.

Ao contrário do outro carro-chefe da Riot Games, League of Legends (LoL), VALORANT vem desenvolvendo um ecossistema de eventos de terceiros, e não de sua própria desenvolvedora, assunto abordado com Maurer.

Não vou esconder que preferimos um ecossistema de franquia fechada. Olhando pelo lado dos negócios, faz de um produto superior e nos permite um comprometimento a longo prazo“, revela.

Maurer vem gostando da abordagem adotada pela Riot em seus primeiros passos no VALORANT | Foto: Team Vitality

Ainda assim, eu gosto de ver a Riot agindo com cautela. Vejo que eles não estão forçando um produto, dizendo que vai ser a próxima grande coisa da indústria ou esperando que alguém pague $20 milhões neste momento

Prefiro essa abordagem, mesmo que esse formato não é o ideal de uma perspectiva de negócios

Uma das principais rivais da Vitality no Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), a G2 não perdeu tempo no VALORANT, assegurando os serviços de uma das mais promissoras escalações do continente europeu.

Só porque eles adotaram uma estratégia mais agressiva, não significa que devemos fazer o mesmo. (…) No momento, ninguém sabe o que irá acontecer. Talvez eles contratem os melhores jogadores agora e permaneçam no topo por três anos e a aposta se justifique

Talvez, alguma jovem promessa irá surgir e jogar melhor que todo mundo, então eles terão de fazer uma mudança, quem sabe? Eu gosto do que eles estão fazendo, mas não acho que seja a estratégia correta para nós“, afirma o CEO.

Estrutura invejável da organização em seu centro de treinamento | Foto: Team Vitality

Na reta final da entrevista, Maurer foi questionado a respeito dos objetivos de sua organização no novo FPS da Riot Games, sendo claro em sua resposta:

É simples: se é um título relevante, nós queremos ser parte dele de alguma grande forma. Se nós apostamos nisso, buscamos o grande. E quando isso acontecer, investiremos o que for necessário para termos o talento do qual precisamos“, finalizou.

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