Especial

Raio-X: MIBR encara Talon desfalcada e Heretics enfrenta nova EG

Em um jogo disputado, MIBR terá que atravessar os rounds eco e pistols da Talon

O VCT LOCK//IN 2023 é o primeiro passo para as equipes iniciaram sua caminhada nesta temporada. Na quarta-feira (15) acontecem as estreias do MIBR, uma das equipes brasileiras que estão no VCT Américas que vai enfrentar a Talon Esports, franqueada da Ásia-Pacífico. E o outro jogo será da Evil Geniuses contra Team Heretics, que está no VCT EMEA. Confira uma análise dos dois pré-jogos que o VALORANT Zone realizou.

MIBR x TALON

MIBR chega preparada

No VALORANT desde 2022, o MIBR não teve o ano dos sonhos, mas conseguiu mostrar o impacto e a importância da organização nos esports. Do elenco original, apenas João “jzz” Pedro permaneceu. Em maio, Leandro “frz” Gomes chegou e por último, o trio ex-Vivo Keyd Stars. Após o clube ficar de fora das franquias, os atletas foram liberados para ouvir propostas. Para a reserva, André “TxoziN” Saidel, da Rise Gaming, foi contratado.

Brazil João “jzz” Pedro (Iniciador)
Brazil Leandro “frz” Gomes (Sentinela e Controlador)
Brazil Olavo “heat” Marcelo (Duelista)
Brazil Murillo “murizzz” Tuchtenhagen (Iniciador)
Brazil Matheus “RgLM” Rodigoli (Controlador)
Brazil André “TxoziN” Saidel (Controlador)

Brazil Matheus “bzkA” Tarasconi (coach)

O novo quinteto estreou no VALORANT LATAM Gods, em dezembro. Um campeonato com apenas quatro times, deu a chance do MIBR mostrar algumas coisas para o VCT LOCK//IN. Apesar de serem torneios e com expectativas diferentes, a equipe foi persistente até o fim para ficar com o vice-campeonato.

Um time calmo e experiente, o MIBR tem um elenco recheado de atletas que podem ser o destaque do time e assim nenhum jogador fica pressionado para puxar a responsabilidade e tentar arrumar quando estão em apuros. Outro fator importante é a calma e resiliência dos brasileiros quando estão atrás do placar. O MIBR, em alguns jogos, tem um início mais lento, mas conseguem se recuperar facilmente com todo o talento do quinteto.

Divulgação/MIBR

Talon estreia sem astro

A Talon Esports, uma organização reconhecida mundialmente, chegou ao VALORANT em março, mas após inúmeras trocas de jogadores, o clube investiu para participar nas franquias da Riot Games. Representante da Ásia, a equipe contratou três ex-jogadores da XERXIA, Apiwat “GarnetS” Apiraksukumal, que veio da 47 Gaming, Jittana “JitboyS” Nokngam, que defendeu a FW ESPORTS e, para fechar o plantel, trouxe Patiphan “Patiphan” Chaiwong, uma das maiores figuras do cenário internacional.

Thailand Thanamethk “Crws” Mahatthananuyut (Controlador)
Thailand Itthirit “foxz” Ngamsaard (Iniciador e Sentinela)
Thailand Panyawat “sushiboys” Subsiriroj (Sentinela)
Thailand Patiphan “Patiphan” Chaiwong (Flex)
Thailand Apiwat “garnetS” Apiraksukumal (Duelista)
Thailand Jittana “JitboyS” Nokngam (Iniciador e Sentinela)

Thailand Yuttanagorn “Zeus” Kaewkongyai (coach)

Sem Patiphan, que vai passar por uma cirurgia no pulso e vai ter que ficar afastado. A Talon perdeu uma grande força para esse campeonato. No seu último campeonato, Gwangju Esports Series Asia, no qual ficaram com o vice-campeonato, a Talon perdeu por 3 a 0 para a DRX, quem também estará no VCT LOCK//IN.

Em sua essência, Talon mostrou que tem um round de pistol forte e venceu no confronto direto com a DRX. Outro fator importante da equipe tailandesa, são as rodadas econômicas e semi-eco. O time mostrou que sabe atacar e se defender com pouco dinheiro, mas o suficiente para atrapalhar a vida dos adversários e vencer rodadas decisivas.

Colin Young-Wolff/Riot Games

Quem leva a melhor?

Em uma série inaugural de melhor de três mapas (MD3), é esperado que a Talon escolha Icebox, o MIBR pode ficar entre Fracture e Breeze, mas que é um banimento direto dos adversários e o terceiro mapa há chance de ser Haven, um ambiente que os dois times jogam.

Com bastante poder de fogo, o MIBR pode e tem muita habilidade para vencer o mapa que for escolha do adversário. Contudo, os brasileiros terão que ficar ligados com JitboyS, que teve duas boas performances nesse mapa. Para a Talon, o time terá que mostrar suas estratégias com essa nova formação que trouxe a base da XERXIA.

Em um jogo que vale tudo ou nada, os brasileiros terão que provar essa nova line-up. Com sinergia dos dois lados, o MIBR tem pontos fortes que são algumas fragilidades da Talon e vice-versa. O duelo pode ser acirrado, principalmente pela pouca informação da equipe da China e Tailândia. Porém, a equipe brasileira tem mais condições de vencer por ter um disputado mais jogos com a nova formação, mas talvez não tenha como fugir do 2 a 1.

EG X HERETICS

Evil Geniuses com várias novidades no elenco

A Evil Geniuses chegou no VALORANT em 2021 e sofreu com muitas eliminações que impediram do time participar de qualquer campeonato internacional. No fim de 2022, a organização trouxe Ethan “Ethan” Arnold e Brendan “Bcj” Jensen. Em janeiro, o clube anunciou mais duas contratações que foram Max “Demon1” Mazanov e Kyle “ScrewFace” Jensen. Com todas as mudanças, a comissão técnica tem 9 opções no plantel.

United States of America Kelden “Boostio” Pupello (Duelista e Flex)
United States of America Corbin “C0M” Lee (Iniciador e Sentinela)
United States of America Ethan “Ethan” Arnold (Iniciador e Sentinela)
United States of America Brendan “Bcj” Jensen (Iniciador)
United States of America Max “Demon1” Mazanov (Duelista e Sentinela)
United States of America Kyle “ScrewFace” Jensen (Duelista e Iniciador)
Canada Jeffrey “Reformed” Lu (Sentinela e Controlador
Canada Vincent “Apotheon” Le (Controlador)
Cambodia Alexander “jawgemo” Mor (Duelista e Flex)

A EG é uma das equipes que não estreou o novo time e tampouco revelou o quinteto que irá disputar o VCT LOCK//IN. No seu último campeonato, que foi em agosto, o time titular era Apotheon, Reformed, Boostio, C0M e jawgemo. Com muitas adições, a EG terá que definir uma equipe com vários atletas que nunca jogaram juntos.

Apesar dessa questão, a EG pode surpreender a Team Heretics no confronto inicial. Por ser uma equipe nova, o time europeu não tem muita informação da Evil Geniuses, o que tornará o duelo ainda mais difícil para os adversários. Mesmo assim, o time vai correr contra o tempo para mostrar uma versão inicial do que podem alcançar no futuro.

Colin Young-Wolff/Riot Games

Team Heretics traz trio ex-G2

A organização espanhola, que tem equipes no Call of Duty, CS:GO, Rainbow Six e Fornite, chegou no VALORANT em outubro de 2020. Após inúmeras reformulações, o time conta com um elenco experiente, que também já teve algumas chances no fim de 2022 de disputarem alguns campeonatos juntos.

France Wassim “keloqz” Cista (Duelista)
Spain Óscar “mixwell” Cañellas Colocho (Sentinela e Flex)
Poland Aleksander “zeek” Zygmunt (Iniciador e Duelista)
Lithuania Ričardas “Boo” Lukaševičius (Iniciador e Controlador)
Denmark Auni “AvovA” Chahade (Controlador)

United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland Neil “neilzinho” Finlay (coach)

O essencial da Heretics é a força de poder da união do time que conta com um campeão mundial de 2021, Aleksander “zeek” Zygmunt, ex-Acend. Mesmo com pouca experiência juntos, a Heretics tem nomes de peso com Óscar “mixwell” Colocho, Wassim “keloqz” Cista e Auni “AvovA” Chahade, trio que defendeu a G2 Esports. A singela sintonia pode trazer mais confiança em um torneio que não dá brechas para erros.

Colin Young-Wolff/Riot Games

Quem leva a melhor?

É esperado que a Team Heretics escolha a Haven como seu pick de mapa e a EG, com base no último campeonato, o time pode surpreender, mas pode escolher Icebox. Um mapa que ambos jogaram foi Ascent, que tem chances de ficar como o desempate.

Em um confronto com poucas informações dos dois times, a Heretics terá que dar o pontapé inicial se quiser sair com a vitória. Com um quinteto próximo de ser realmente uma equipe, a EG ainda está se reencontrando após todas as mudanças que realizou e o torneio será como um teste para ver o time ideal para o VCT Américas.

Caso a equipe europeia tome as rédeas da partida, terá chances de vencer por um 2 a 0 sólido. Contudo, a EG tem condições de vencer o duelo se focar nos erros coletivos dos adversários.

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