“Quero dois troféus para o Brasil”, dispara Rioter sobre performance do país nos mundiais

O líder de esports da Riot Games no Brasil, Caco Antunes, participou do Combo Podcast. No programa, o Rioter falou sobre os problemas de exploit que aconteceram no VALORANT Champions, sobre o cenário feminino e também comentou sobre campeonatos que vão acontecer na off season.

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Perguntado sobre como é dada e quem decide a respeito de uma punição para determinada equipe, Caco disse que “a severidade da pena, se deveria ser daquele jeito ou não, todos nós da Riot no mundo agimos, por isso até teve esse tempo de tomada de decisão tão longo. Mas quem bate o martelo é o oficial daquela liga. Ele é o responsável, inclusive de ser cobrado, por garantir a consistência daquele campeonato“.

Antunes também afirmou que houve coerência por parte da Riot ao aplicar a punição para a Vivo Keyd na partida contra a Acend. Ele disse que nas regras de determinado campeonato, precisa estar incluído as regras dos classificatórios para aquele torneio.

“Em um determinado torneio, o conjunto de regras que precisa ser aplicado, ele precisa ser alinhado a todas as regras dos qualifies que colocaram pessoas ali dentro. Porque, potencialmente, uma regra que pode ter tirado alguém daquele qualify ou daquele torneio, não pode não ser aplicada a outro. Então, especificamente no caso que aconteceu naquela partida (Vivo Keyd x Acend), que era um exploit de câmera, aquela situação já tinha sido apontada em outros dois qualifys anteriores e gerado desclassificação de times. Então pra integridade daquele campeonato (Champions), essa tomada de decisão precisou ser tomada”.

Caco Antunes também comentou sobre o cenário feminino ao ser questionado sobre o Game Changers. “Pro Game Changers 2022, segue as nossas principais linhas de atuação, que é criar mais torneios, ou seja, aqueles torneios independentes que a gente fomenta. A gente está conversando com alguns organizadores de torneios, alguns parceiros, pra gente ver como a gente consegue fazer mais, como a gente ajuda mais, pra que tenha mais impacto”.

Antunes também esclareceu que as organizações podem ter uma equipe masculina e uma equipe feminina para a disputa do Game Changers Series. Ele também disse que espera ver cada vez mais times femininos disputando os classificatórios para o VALORANT Challengers Brasil.

“A gente tem a política de múltipla propriedade de equipes, mas as organizações podem ter uma equipe puramente feminina, além da outra equipe. E eu espero muito que a gente comece a ver times do Game Changers entrando nos qualifys do VCT e nos torneios independentes que a gente vai fazer off season”.

Caco ainda falo que espera atingir cada vez mais mulheres e incentivá-las a jogar. Além disso, ele disse que quer que o conteúdo do cenário feminino seja consumido por todo mundo, e não somente pelas mulheres.

“A gente quer fazer com que cada execução nossa tenha uma pegada maior. A gente quer incentivar novas jogadoras a jogarem, a gente quer contar mais histórias de sucesso das jogadoras, a gente quer que homens ouçam o conteúdo e assistam o Game Changers, então temos que fazer uma coisa para a comunidade como um todo e não só para as mulheres assistirem. A gente quer todo mundo assistindo e todo mundo entendendo”.

Por fim, perguntado sobre onde a Riot Games Brasil quer levar o VALORANT e qual o objetivo para o VALORANT em 2022, Caco Antunes não hesitou em falar que “eu quero dois troféus para o Brasil (em mundiais)”. Ele ainda completou dizendo que o Brasil tem condições de conquistar os campeonatos, mas falta experiência.

“Eu quero que a gente mostre o poder da bala brasileira que a gente tem nos outros FPS e que a gente tem no nosso VALORANT. O que a gente precisa de é de tempo de estrada, mas eu espero que seja um tempo de estrada onde cada centímetro que a gente anda a gente aprenda e vá. Eu quero muito que a gente chegue no lugar onde a gente já mostrou que tem como chegar”.