Especial

Os melhores no Brasil em 2022 – Leonardo “mwzera” Serrati (6)

Apesar da escassez de título, jogador recebeu destaque durante o ano

Como um dos primeiros nomes de destaque no cenário brasileiro de VALORANT, Leonardo “mwzera” Serrati possui uma fome insaciável de vencer. Isso porque, desde o primeiro ano de lançamento do FPS da Riot Games, ele deixou estampado o seu nome no servidor, mostrando para que veio ao jogo.

Aparecendo pelo terceiro ano consecutivo na lista elaborada pelo VALORANT Zone dos 10 melhores jogadores do cenário brasileiro, mwzera manteve-se constante durante o ano 2022, apesar das mudanças. Em uma boa temporada defendendo a camisa da Vivo Keyd, o jogador não deixou de ficar debaixo dos holofotes, sendo um dos destaques de sua equipe e aparecendo em 6º no prêmio 10 Melhores do Ano de 2022 pelo VALORANT Zone.

A FURIA Esports foi procurada por este que vos escreve a partir do momento em que a lista de melhores do ano foi definida pelo VALORANT Zone. Apesar da tentativa de falar com o jogador pelos caminhos formais, a organização não respondeu à solicitação de entrevista com mwzera para que ele pudesse falar mais sobre a temporada.

Estatísticas de mwzera em 2022

O jogador desempenhou o papel de flex durante o ano. Seus agentes mais usados foram Sova, Skye e Raze. Com uma grande bagagem de FPS, mwzera se garante quando o assunto é clutch. Além do mais, calma durante os rounds completam sua excelência nas partidas em que joga.

mwzera foi destaque com direito a MVP da segunda etapa do VCT Challengers Brazil, fora os diversos EVPs conquistados em fase de grupos e playoffs.

Em 2022, o jogador conquistou uma média de 248.0 de ACS, um KD de 1.17, 161.5 de ADR e 73% de KAST. Além do mais, segundo levantamento do thespike, mwzera chegou a disputar mais de 4 mil rounds e mantém um percentual de headshot equivalente a 16.9%.

Arte/VALORANT Zone

O começo de uma história

Sendo natural de Santo André, região do ABC paulista, Leonardo Serrati desde pequeno amava competições. Sua paixão inicial foi com o futebol, assim como muitos brasileiros. Nos seus primeiros anos de vida, passou a se dedicar ao esporte tradicional. Com o passar dos anos, teve seu primeiro contato com o FPS, na época, o Blackshot.

Com o sucesso de brasileiros competindo mundialmente no Counter-Strike como Gabriel “FalleN” Toledo e Marcelo “coldzera” David, mwzera viu ali uma nova oportunidade de carreira. Inclusive, seu nick é composto pelo prefixo “mw”, que já usava desde a época de Blackshot (2008) e o sufixo “zera”, adotado após se tornar um grande fã de coldzera.

Apesar de ter começado cedo nos esports, mwzera considera o pontapé inicial da sua carreira apenas em 2018, quando migrou para o Zula e conheceu grandes nomes do cenário vestindo a camisa da Black Dragons como Jonatahn “JhoW” Glória e Walney “Jonn” Reis, que posteriormente se tornaram companheiros de equipe na Gamelanders.

Antes de migrar definitivamente para o VALORANT, mwzera teve passagens pelo cenário de Zula e também competiu no Rainbow Six, chegando ao Tier 2 do jogo. Com isso, adquiriu experiência o suficiente acerca de campeonatos, organizações e do próprio cenário de esports.

2020: Empilhando títulos

Nos primeiros meses do FPS da Riot Games, mwzera espantou o cenário com sua performance. Atuando ao lado de jogadores que já conhecia, o jogador ditou o ritmo de jogo com a Raze, culminando no grande sucesso da Gamelanders durante o ano.

A primeira disputa de estreia da equipe, conquistando o primeiro lugar, foi na Copa Rakin. Logo em seguida, levou o título do Gamers Club Ultimate, campeonato que abriu o circuito do VALORANT Ignition Series no Brasil. Não deu outra, com uma performance praticamente dominante no cenário, mwzera foi determinante para os cinco títulos seguintes do time. Sua última conquista do ano foi o First Strike, primeira LAN realizada pela Riot Games, em São Paulo.

Gamelanders Copa Rakin
Bruno Alvares/Riot Games

2021: Evolução individual

No começo do ano de 2021, mwzera juntamente com a Gamelanders começaram hypados, pelo bom fim de 2020. Entretanto, apenas o hype não trouxe os resultados esperados. Isso porque, logo na estreia do VCB o time foi batido pela FURIA, ficando de fora do torneio. Entretanto, a derrota não foi motivo para desanimar a equipe que, entre fevereiro e março, conseguiram se classificar para o VCB e se consagraram vice do Aorus League Brasil e Masters Brasil.

A equipe seguiu firme durante os campeonatos, mas quando chegava nas fases classificatórias para os Masters, o time não conseguia performar o suficiente para levar a vaga. Entretanto, depois de uma maré de derrotas, a Gamelanders levou o título da Copa Rakin, o que certamente deu um gás à equipe. Porém, mesmo com a animação, o time não conseguiu se classificar para o Masters Berlin, tendo que disputar sua última chance de participar de um internacional no VALORANT Last Chance Qualifier (LCQ), campeonato que dava vaga para o VALORANT Champions. Na ocasião, a equipe chegou até a semifinal, sendo batida pela FURIA.

Eis que, depois de ter suas esperanças de disputar um internacional arrancadas, mwzera recebe um convite do então treinador da Vivo Keyd, Pedro “Koy” Pulig, para atuar com os Guerreiros no Champions. Sem nem pensar duas vezes, o jogador embarcou junto com a equipe para o mundial. Na ocasião, mwzera aperfeiçoou sua função de flex, pois dizia que ainda estava muito cru como iniciador. Apesar de terem caído no Champions ainda na fase de grupos, a chegada de mwzera à Keyd marcou o começo de uma nova era.

Lance Skundrich/Riot Games

2022: O ano do “quase”

Esse ano de 2022 começou com a Vivo Keyd subindo ao pódio em terceiro lugar no Challengers 1. Logo no primeiro jogo, mwzera enfrentou a sua antiga equipe, Gamelanders e levaram a melhor por 2 a 0. Entretanto, logo no segundo jogo, foram batidos pela LOUD, favorita ao título e que se consagrou campeã do torneio. Em seguida, foram eliminados do campeonato ao perderem na chave inferior para o NIP. Entretanto, por sua colocação, garantiram uma vaga direta para o Challengers 2.

No Challengers 2 a equipe começou levando a melhor pra cima dos Panteras por 2 a 1, mas logo caíram para o NIP no segundo confronto. Na chave inferior, mwzera juntamente com a VK se mostraram persistentes. Contudo, na revanche contra o NIP, a equipe perdeu novamente na final Lower, por um placar pegado de 3 a 2. Assim, a VK novamente não conseguiu se classificar para o Masters, ficando também com o terceiro lugar.

E, mais uma vez, a última chance de mwzera conseguir a tão sonhada classificação para o mundial ficou nas mãos do LCQ. Dessa vez, o campeonato foi sediado em São Paulo, com a presença da torcida e espectadores. No campeonato, a VK levou o primeiro jogo contra a E-Xolos LAZER mas, em seguida, caíram para a KRÜ Esports, que se consagrou campeã. Na chave inferior, a equipe chegou até a semifinal, quando foi batida pela TBK por 2 a 1. Dessa forma, o sonho de ir novamente ao Champions foi encerrado ali mesmo.

Apesar de não ter conquistado nenhum título nesse ano, mwzera se mostrou constante nos campeonatos em que disputou. Além do mais, aperfeiçoou-se na função de flex, dando um maior suporte ao seu time e se adaptando aos diferentes estilos de jogo.

Bruno Alvares & Pedro Pavanato/Riot Games

O futuro nos aguarda

Atualmente sob contrato com a FURIA, mwzera estará presente nos principais campeonatos do ano, em vista que a organização faz parte da Liga de Franquias das Américas. Agora o que nos resta é aguardar para ver o que o leão do VALORANT irá trazer com sua nova equipe no cenário.

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