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Especial

Os melhores no Brasil em 2021 – Walney “Jonn” Reis (5)

O jogador acumulou um MVP e sete EVPs ao longo de 2021 para somar 355 VZone Points

O “aprendizado” foi a tecla mais batida pelos integrantes da Gamelanders em 2021 e com Walney “Jonn” Reis não foi diferente. Apesar de não conseguir ajudar a organização a, novamente, dominar o cenário nacional, o atleta acumulou ótimas performances individuais e registrou números brilhantes ao longo da temporada, tornando-se a principal estrela do time no final do ano.

Por conta disso, o integrante da Gamelanders foi eleito o 5º melhor na lista do VALORANT Zone dos melhores jogadores de 2021 no FPS da Riot Games.

O 5º MELHOR NO BRASIL EM 2021

Os 10 melhores jogadores no Brasil em 2021 foram escolhidos com base nas listagens de melhores jogadores dos mais de 30 campeonatos apurados pelo VALORANT Zone no ano de 2021. Uma fórmula foi elaborada, com cada posição dada aos atletas nas listas possuindo um peso e as competições sendo divididas em cinco categorias, cada qual dando uma quantidade específica de pontos. Conquistas coletivas também foram contabilizadas.

O principal desempenho de Jonn no ano foi na Aorus League, onde o atleta foi eleito o principal jogador (MVP da competição com 307 de ACS, 190 de ADR e 157 de KD. Além disso, Jonn acumulou mais sete EVPs na temporada, totalizando 355 VZone Points, quase 40 pontos a mais em relação ao quinto colocado.

Jonn em 2021

  • Aorus League #3 – MVP
  • VCB #1 FASE 2 – EVP
  • Masters #1 – EVP
  • VCB #2 FASE 1 – EVP
  • Copa Rakin – EVP
  • VCB #3 FASE 1 – EVP
  • Last Chance – EVP
  • GGWP – EVP

Os principais objetivos coletivos não foram alcançados em 2021, mas isso não afetou tanto nos números individuais de Jonn. No geral, o jogador somou quase 270 de ACS (pontuação média de combate), 169 de ADR (dano médio por round), 1.26 de KD (Eliminações/mortes), enquanto registrou 0.94 de KPR (Kill por Round) nos últimos três meses, de acordo com os números coletados pelo thespike.

Em relação aos agentes, a preferência de Jonn foi para as duelistas. Reyna ficou sendo a preferida, enquanto a Jett segunda personagem mais escolhida pelo atleta na temporada anterior. A sentinela Sage fechou o Top 3 de agentes mais pickados por Jonn.

Passei por muitas coisas, muitos altos e baixos dentro do time, que acabou também impactando a minha performance em determinadas situações, mas tive alguns bons momentos e tentei tirar sempre o melhor disso para os próximos jogos.

O INÍCIO NOS ESPORTS

Wesley Reis fez parte de uma geração criada nas lan houses, onde as pessoas se juntavam para passar horas no computador jogando. Jonn conheceu o mundo dos videogames em 2008 por influência do primo e começou no famoso Counter-Strike. No FPS da Valve, Jonn chegou a disputar alguns classificatórios da WCG, mas sem obter grande sucesso.

Entretanto, as competições no Counter-Strike serviram de experiência para Jonn brilhar em outro jogo. Jogando o título da Valve por quase três anos, o atleta conheceu o cenário competitivo de Point Blank e optou por seguir carreira no shooter da Ongame.

Já no Point Blank, Jonn trilhou uma trajetória de sucesso e conheceu os companheiros Jonathan “Jhow” Glória e Fernando “fznnn” Cerqueira. Com a 2Kill Gaming, o trio fez história para o Brasil e foram campeões Mundias de Point Blank na primeira edição do Point Blank World Challenge (PBWC), disputado em maio de 2016.

Jonn, segundo da direita para a esquerda, sob o manto da 2k no Point Blank | Foto: Divulgação/Facebook

Foi durante a estadia no Point Blank, inclusive, que Jonn conseguiu o apoio do pai para seguir carreira como jogador profissional de esportes eletrônicos. Indo jogar o mundial da modalidade, Jonn revelou que o pai finalmente percebeu que isso era coisa séria, então começou a apoiar a profissionalização do jogador.

Entretanto, assim como no Counter-Strike, o problema do Point Blank era a ausência da desenvolvedora/publicadora do jogo, que não fomentava o cenário competitivo, tornando-o uma modalidade arriscada e pouco estável. Portanto, quando o VALORANT chegou, ainda na Beta, Jonn não pensou duas vezes para migrar.

Por saber como a Riot é, já começamos a treinar. Já tínhamos ideia de como seria, pensamos em composições e por isso entrei no VALORANT focado no competitivo, e não apenas para brincar. Desde lá, seguimos essa rotina. Acorda, treina, treina, treina e vai dormir.”

Apesar de não ser a temporada dos sonhos, Jonn sabe que fez a escolha certa há quase dois anos, deixando um cenário em que era idolatrado por colocar o Brasil no posto mais alto do mundo, para apostar em um game que estava nos passos iniciais de construção de comunidade.

Foi melhor decisão da minha vida. Hoje, consegui construir algumas coisas graças ao VALORANT, então sou eternamente grato.

CONSTRUÇÃO DA GAMELANDERS E ANO MÁGICO

Após uma rápida passagem no Zula, onde defendeu a Black Dragons, Jonn ao lado JhoW anunciaram o primeiro time no VALORANT, no dia 20 de maio de 2020, chamado de  Painel de controles da NVIDIA e que contava com nomes conhecidos de Point Blank e Rainbow Six, como Leonardo “mwzera” Serrati.

No entanto, a primeira grande aparição dos jogadores foi na primeira Copa Rakin, disputada em junho daquele ano. Já com o nome de Gamelanders, além de Guilherme “Nyang” Coelho e fznn no elenco, o time surpreendeu os olhos do público ao mostrarem team play, capacidade individual e superioridade em relação aos adversários para conquistarem o primeiro título na modalidade.

Foto: Bruno Alvares/Riot Games

Depois daquele torneio, o cenário competitivo ficou mais movimentado, com diversas organizações entrando de maneira oficial, mas a Gamelanders já estava muito a frente. Cerca de 30 dias depois, o esquadrão conquistaria a primeira edição do Gamers Club Ultimate, do VALORANT Ignition Series, que nas palavras da desenvolvedora era o “primeiro passo após o lançamento rumo à construção de um ecossistema competitivo“.

Um dos poucos revezes do time no ano foi justamente na segunda edição do Ultimate. onde a Gamelanders acabou caindo na semifinal para a Fussion Fraggers — principal desafiante ao time na temporada. No entanto, a derrota não abalou o time para a sequência do ano.

Após aquela eliminação, Jonn e companhia foram campeões em mais quatro oportunidades, totalizando sete títulos no ano e instaurando a Era Gamelanders no Brasil, em 2020. O ano ainda foi encerrado com a conquista do First Strike, primeiro campeonato oficial da Riot Games, e Jonn valorizou a comissão técnica no texto de melhores do ano do VALORANT Zone em 2020.

Foto: Bruno Alvares/Riot Games

O COLAPSO DA GAMELANDERS

A segunda temporada competitiva de VALORANT começou com a seguinte pergunta: Quem seria capaz de parar a Gamelanders? A organização mandou bem na primeira etapa do VALORANT Challengers Brasil (VCB) e garantindo uma vaga no VALORANT Masters regional.

Apesar de ter acumulado um vice-campeonato na AORUS League Brazil #3 ao perder para a SQUAD5, que viraria o elenco da Sharks, a Gamelanders chegou nas finais regionais como uma das favoritas ao título. O time mandou bem e alcançou a final do campeonato, mas perdeu para a Team Vikings na decisão em um acapachante 3 a 0.

Vikings começou como uma proposta de jogo diferente de todos os times brasileiros na época e estava difícil jogar contra, não tinha muito material de estudo e eles estavam muito bem dentro do servidor. Acredito que se tivéssemos nos adaptados melhor na época e mudasse algumas coisas dentro do servidor, talvez desse para vencer.

A derrota estabeleceu o segundo vice-campeonato da Gamelanders em uma janela de um mês e o primeiro de um campeonato organizado pela Riot Games. O sinal de alerta da Gamelanders não ser mais tão dominante foi ligado, mas Jonn acredita que ter perdido aquela final não abalou os integrantes.

Só realmente não soubemos lidar com algumas mudanças que aconteceram no cenário, em termos de compreensão, e isso deixou a gente um passo atrás“, disse Jonn, que completou ao ver os adversários superando o principal time do país no ano anterior. “Não teve pressão. isso é algo normal no mundo do esports“.

A Gamelanders não conseguiu uma grande reação no restante da temporada, ficando de fora de todos os torneios internacionais, classificado por Jonn como “um sentimento muito ruim“. Embora o segundo semestre tenha sido aberto com a conquista da 1ª etapa da Copa Rakin 2021, o time não deslanchou e sucumbiu no Last Chance para a FURIA e acabou a temporada sendo surpreendida pela FOGUETE no GGWP Valorant Series #1

É complicado. Você domina de um jeito algo e depois você tem que se reinventar para continuar no topo. Faltou um pouco disso no nosso time, se adaptar as mudanças, mas tudo bem. Fica como aprendizado“, concluiu Jonn sobre as duas temporadas distintas que viveu no VALORANT.

CampeonatoColocação
Aorus League Brasil #3Vice-campeão
2ª Fase VCB 11º/2º Lugar
VALORANT Masters BrasilVice-campeão
2ª Fase VCB 21º/2º Lugar
VCB Finals 25º/6º Lugar
1ª etapa Copa Rakin 2021Campeão
1ª Fase VCB 31º/2º Lugar
2ª Fase VCB 33º/4º Lugar
VCB Finals 37º/8º Lugar
Last Chance3º/4º Lugar
GGWP VALORANT Series #1Vice-campeão
Foto: Bruno Alvares & Cesar Galeão/Riot Games

MIRANDO O MUNDIAL PARA 2022

O destino de Jonn para 2022 ainda não está definido oficialmente, mas o atleta é cobiçado pela gigante Ninjas in Pyjamas, que pretende investir no cenário brasileiro de VALORANT em 2022. Independente de qual time estará na temporada, o principal desejo de Jonn é “estar no mundial e ser campeão do mundo“.

Foi um ano de muito aprendizado, não só como pro-player mais tambem como pessoa agora é usar esse aprendizado e ser diferente em 2022.

Vale ressaltar que a Gamelanders havia se despedido de Walney “Jonn” Reis, Fernando “fznnn” Cerqueira e Guilherme “Nyang” Coelho no final de 2021, revelando que os três estavam abertos a propostas de outras organizações.

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