Especial

Os melhores do Brasil em 2020 – Alexandre “xand” Zizi (4)

Jogador teve um agosto perfeito com títulos coletivo e individual

O Counter-Strike: Global Offensive foi a modalidade que, de longe, mais “cedeu” jogadores ao VALORANT, incluindo nomes que tiveram a tão sonhada oportunidade de disputar um Major, como é o caso de Alexandre “xand” Zizi.

O primeiro semestre do atleta no FPS da Riot Games foi meteórico, com agosto sendo, disparado, o melhor mês para xand em relação a títulos. Nem mesmo algumas frustrações tiraram o brilho das performances do atleta, que, hoje, é considerado um dos 10 melhores jogadores do ano pelo VALORANT Zone.

INFÂNCIA REGADA DE GAMES

Oriundo de São Bernardo do Campo, um dos municípios da região metropolitana de São Paulo, xand é um daqueles jogadores que teve contato com os games ainda criança por influência dos próprios pais.

Fazendo parte da geração que vivenciou parte da febre das lan houses, foi lá que xand conheceu o Counter-Strike, por volta dos 8 anos, tendo a oportunidade de jogar as três versões do FPS: 1.6, Source e Global Offensive.

Meus primeiros passos no mundo gamer foram dados bem cedo, por volta dos 5 anos, no videogame. Meu pai, desde cedo, tinha consoles e PC. Sempre tive contato com o CS, o qual joguei por quase 16 anos. Nos finais de semana ia para a lan house com meu primo já que meu pai nos dava dinheiro para passarmos o dia por lá“, relembra xand.

xand na disputa do Major de Berlim | Foto: HLTV.org

BOM ALUNO

Por mais que tenham plantado a sementinha dos games em xand, os pais do jogador cobravam um bom desempenho escolar para que o deixasse jogar. Por sorte, como o próprio conta, o estudo foi outra área em que conseguiu se destacar.

Minha família sempre me apoiou em tudo, com aquilo de ir bem na escola e na faculdade. Nunca tive esse problema. Fui um aluno muito bom, de verdade, apesar de ser um pouco preguiçoso. Me destacava e ia bem nas provas. Então, tinha uma certa liberdade, apesar dos meus pais terem sido rígidos com horário“, afirma.

BENDITO PRIMO

Se os pais foram os responsáveis por apresentarem os games a xand, um primo que na época jogava CS Source pelo Golden Glory levou o atleta para o competitivo.

Xand começou a competir entre os 14 e 15 anos, com o saudoso 1.6 sendo a primeira modalidade, a qual não ficou muito tempo por não conseguir se destacar como gostaria. Daí, pulou para o Source e por lá ficou até a chegada do CS:GO.

APESAR DOS BONS RESULTADOS…

Bons resultados xand obteve na passagem pelo CS:GO, de 2013 ao primeiro semestre deste ano, conquistando torneios nacionalmente e internacionalmente.

No Brasil, por exemplo, venceu edições da ESEA Open Brasil e da Liga Pro promovida pela Gamers Club, disputou LAN contra estrangeiros, como o caso da DreamHack Rio 2019, enquanto fora do Brasil teve a oportunidade de rodar o mundo, com o ápice sendo o StarLadder Berlin Major 2019.

Ainda antes de migrar definitivamente para o VALORANT, xand voltou a fazer boas apresentações no cenário sul-americano defendendo a 9z Team, organização argentina com a qual venceu torneios voltados ao cone sul do continente.

Apesar das conquistas e ter alcançado a alta camada do competitivo do CS, xand acredita que grande parte da trajetória que percorreu na modalidade foi um “desperdício“.

Por mais que tenha conquistado bastante coisas no CS, ter classificado para o último Major, disputado diversas DreamHacks e viajado o mundo competindo, acredito que minha carreira foi um despercício em certo ponto. Tomei decisões precipitadas e que me atrasaram no início“, avalia.

xando representando a B4 no First Strike | Foto: Bruno Alvares / Riot Games

QUERO SER O MELHOR

A oportunidade de começar a trajetória em uma nova modalidade foi um dos fatores que levaram xand migrar para o VALORANT, no qual o desejo do jogador é claro: “Quero ser o melhor“.

Deixei o CS bem tranquilo, mesmo conseguindo conciliar os dois jogos e tendo uma condição muito boa por lá. Optei por algo novo onde sei que minhas decisões vão começar do zero e posso tomar as decisões certas“, afirma.

Mas também saber que o FPS iria ter uma “empresa exemplo” no comando aumentou a vontade de xand em migrar para o jogo, principalmente após o jogador ver que conseguiu se destacar logo no início.

O que me fez mudar foi a empresa, principalmente, e jogando, conhecendo o jogo, o meu rendimento. Me surpreendi e vi que posso alcançar muitas coisas“, aponta.

Entender como funcionam e se acostumar com as habilidades, de acordo com xand, foram os principais desafios que enfrentou ao começar a jogar VALORANT.

ASCENSÃO METEÓRICA

Foi jogando de Jett que xand fez as melhores apresentações nos campeonatos, com o jogador também tendo boas performances de Raze e Phoenix.

O brilho de xand no VALORANT puderam ser vistas já no primeiro campeonato disputado no Brasil, mesmo sendo totalmente focado para influenciadores. Na época ainda jogando os dois FPS, o atleta foi campeão do Twitch Rivals VALORANT Launch Showdown.

E foi nesse torneio em questão que xand sentiu que poderia ir longe no jogo: “Tive uma ascensão muito boa. Joguei o Twitch Rivals, fui MVP do campeonato. Acabei destruindo e fomos campeões. Ali percebi que fiz um certo nome. (Meu crescimento) foi algo natural, mas muito rápido”.

Por mais que também tenha disputado o primeiro VALORANT Ignition Series no país com um time fake, o Gamers Club Ultimate I, no qual chegou nas semifinais, a ascensão de xand na modalidade começou realmente quando ele ingressou na TERROR.NET.

Nesse primeiro semestre competindo no FPS da Riot, agosto foi, de longe, o melhor mês para xand na modalidade. Nele, o jogador e a equipe – que posteriormente foi contratada pela B4 – conquistaram a super final do VALORANT Zone Invitational e o Rivals Contenders.

Avaliando o início da carreira no jogo, xand diz que o começo foi ótimo, com alguns títulos e, apesar da oscilação em alguns meses, “o semestre foi bem produtivo. Aprendi a ser um jogador melhor“.

E 2021?

E sobre o que espera para 2021, xand fala de conquistar muitos títulos e MVPs. “Com sangue no olho e com muito trabalho duro, vou em busca de conquistar tudo isso“, finaliza.

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