Pelos sete títulos conquistados em sete finais disputadas, Gamelanders foi o time que fechou os seis primeiros meses do VALORANT sendo o melhor do Brasil. A equipe está entre as oito participantes do VALORANT Masters no Brasil e, nesta terça-feira (9), é a protagonista do segundo episódio da série Os Masters do Brasil
Em entrevista ao VALORANT Zone, o capitão da Gamelanders, Guilherme “Nyang” Coelho, avaliou o 2020 da equipe e também pessoal, falou sobre a renovação dos jogadores com a Gamelanders e opinou sobre o momento do time nesta temporada, desde a derrota para a FURIA na seletiva para o VALORANT Challengers Brasil 1 (VCB) até a classificação para o regional.
AVALIAÇÃO DE 2020
Proveitoso. É desta forma que Nyang classifica o 2020 da Gamelanders, não só em relação aos resultados obtidos pela equipe, mas também pessoalmente para todos os jogadores.
“Foi muito proveitoso pelo laçamento do VALORANT. Viemos de jogos ou posições onde estávamos na vida em que às vezes a gente não estava mais voltado para os esports e com o aparecimento, o surgimento do VALORANT, decidimos mergulhar de cabeça. Conseguimos muitas vitórias, chegamos em sete finais e conseguimos ganhar”, avaliou
Apesar dos muitos canecos levantados na última temporada, o jogador classifica o First Strike como o ponto alto da equipe já que foi o primeiro campeonato oficial da Riot Games no Brasil.
Mesmo com o ano dourado, na opinião de Nyang, os pontos baixos da última temporada foram o mês de setembro repleto de competições, por mais que a Gamelanders tenha vencido parte deles e também o time explorar novas formas de jogar visto que, na época, eles eram os mais visados pelos adversários
“Talvez tenha faltado a gente explorar novos agentes. Estávamos um pouco relutantes em experimentar um agente novo. Chegou um momento e eu sempre comentei isso, que todos os times que assistiam VALORANT, se fosse pegar uma equipe para estudar ou apresender alguma coisa, ia escolhar a gente para analisar“, afirmou.
GAMELANDERS VS FURIA
Por tudo o que a equipe conquistou no ano passado, as expectativas colocadas pela comunidade em torno da Gamelanders para 2021 são altas. O início da temporada, contudo, veio com o insucesso na seletiva para o primeiro VALORANT Challengers Brasil (VCB), com o time não se classificando por conta da derrota sofrida para a FURIA no confronto valendo a vaga.
Deixando claro que a equipe entra em todos os campeonatos para ganhar, Nyang miniziou um pouco do revés dizendo que todos sabiam que naquele momento era ommoento que a gente podeira perder pq nao seria tão afetado em relação ao objetivo maior que era jogar o master
“Obviamente perder para eles foi duro. Só que acredito que tem alguns fatores que estavam envolvidos que começamos a trabalhar melhor depois. Sempre falei que o nosso time é bom em aprender quando perdemos”, afirmou.
Sempre tranquilo, ainda sobre esse revés, Nyang comentou sobre o fato das novas equipes, como a FURIA, estarem treinando desde o fim de 2020, enquanto a Gamelanders estava em período de férias e também sobre os times recém-criados terem pouco matérial para serem estudados.
Mas depois da tempestade, veio a bonança para a Gamelanders e logo contra o algoz da seletiva. O reencontro com a FURIA aconteceu na estreia do VCB 2. Nyang afirmou que, “claro que a gente queria ter essa revanche, essa oportunidade mostrar uma melhora do nosso jogo“, mas que essa vontade de vingança “acaba sendo indiferente para nós tanto na preparação, como no dia do campeonato”.
E a Gamelanders realmente veio diferente, com Leonardo “mwzera” Serrati se apresentando de Reyna no lugar da conhecida e prestigiada Raze.
“Aqui no time eu sempre comentei que temos uma liberdade em relação a agentes e composições, do que você está se sentindo confortável de fazer. Chegou um momento em que o mw falou de testar (a Reyna) e decidimos testar. Testamos e percebemos que, para determinado estilo de jogo, essa mudança poderia surpreender. Quando chegou contra a FURIA, resolvemos testar”, contou.
Ainda sobre esses duelos recentes contra a FURIA, Nyang falou sobre a possibilidade desse encontro se tornar um clássico no cenário nacional: “Desejar, sendo muito sincero, é de certa forma indiferente. A gente não tem preferência. Pela questão de torcida, possa vir a ser, sim, um clássico principalmente em questão de número“.
Apesar dos muitos comentários envolvendo Gamelanders e FURIA, Nyang tratou de falar que não se pode esquecer da Vorax, “que apesar de nao ter nenhum um background, principalmente de outros jogos, foi o time Top 2 do Brasil no ano passado, na minha opinião“.
“Acredito que, pricinpalmente dentro do servidor, uma partida entre Gamelanders e Vorax acaba sendo, talvez, um pouco mais esperada do que contra outras equipes “
— Nyang
QUEBRA DE HEGEMONIA
Se em 2020 a Gamelanders não soube o que foi perder em uma decisão de campeonato, logo no início desta temporada Nyang e os companheiros viram a sequência de sete títulos em sete decisões ser quebrada no duelo contra a antiga SQUAD5 – atual Sharks -, valendo o caneco da Aorus League 3.
“Nesse dia nada encaixou“, resumiu Nyang, que posteriormente fez uma análise do confronto dizendo que todos no time sabiam que “o confronto contra eles seria muito difícil. A partida, especificamente, o estilo de jogo que colocaram encaixou muito bem e tudo o que tentávamos fazer estava dando errado. Isso acontece e vai acontecer em algum momento. Pode ser que ou a nossa bala naquele dia não esteja encaixando ou nossa leitura de jogo“.
Esse revés em questão aconteceu um dia antes da Gamelanders iniciar a trajetória no VCB 2. Na opinião de Nyang, o resultado não intereferiu e até ajudou a equipe a reconhecer os próprios erros para os futuros campeonatos.
DEIXARAM DE SER TOP 1?
Tais derrotas sofridas e as ascensões de FURIA e Team Vikings fizeram com que parte da comunidade duvidasse que a Gamelanders continuava sendo a melhor equipe do país.
Político, Nyang disse que ele e os companheiros se mostram indiferentes pelo o que é dito nas redes sociais, mas apontou que “os resultados estão aí para mostrar”. Na visão do jogador, foi bom a equipe ter avançado para o Masters da forma que conseguiu, sem precisar disputar a repescagem, por trazer tranquilidade, porém “isso não muda nada em nosso pensamento e em como a gente acha do que a comunidade vai achar”.
“Nosso trabalho está sendo feito todos os dias. Pode ser que em um campeonato ou partida específica, nada que a agente está tentando encaixe, mas a gente sabe que tudo o que estamos treinando, estamos fazendo para mostrar no campeonato. Independente do que falem ou deixem falar, a gente se prende a resultados e os resultados mostram qual time está no topo. Isso é o mais importante para nós do que qualquer comentário em rede social“, finalizou.
Na entrevista concedida ao VALORANT Zone, Nyang opinou ainda sobre o atual estágio do cenário brasileiro, analisou o Brasil contra as demais regiões e sobre o meta do VALORANT. Assista a entrevista completa no topo da reportagem.
VALORANT MASTERS NO BRASIL
A divisão brasileira começará a ser disputada neste fim de semana, com Gamelanders abrindo o campeonato contra a SLICK. Veja todos os confrontos clicando aqui. E, é claro, o VALORANT Zone fará cobertura completa do torneio.