A TBK entrou forte no cenário de VALORANT para a temporada 2022, contratando equipes masculina e feminina para representarem a organização na modalidade. O VALORANT Zone conversou com Beatriz “bia” Terra, capitã do elenco feminino, para conhecer mais sobre a carreira, opiniões e sonhos da atleta.
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Presente nos esportes eletrônicos desde os 15 anos, Bia possui uma longa bagagem em outras modalidades. A jogadora começou no Minecraft e passou para o League of Legends. Posteriormente, Bia foi influenciada pelo irmão para acompanhar CS:GO; foi no FPS da Valve que ela adquiriu as primeiras experiências em campeonatos.
“Depois tive passagem pelo PUBG, tendo um dos poucos times femininos da época, e também acompanhei o cenário de Overwatch, até finalmente estar fechadona com o VALORANT desde antes mesmo de ser lançado.“
Apesar de ser ainda nova, Bia revela que o principal desafio até o momento na carreira foi “aprender a conciliar competição com saúde mental, saber lidar com as derrotas e apreender a recomeçar“. A “comandante” da TBK também elogiou o projeto que mantém com as meninas desde a tag Breakout.
“O projeto que mais gosto de ter participado é o meu atual, o time que estou hoje. Acredito estar no meu maior nível atualmente e podemos ir muito longe com essas meninas.“
CENÁRIO FEMININO
Uma das preocupações da Riot Games desde o começo do cenário competitivo era ser um jogo que abraçasse o cenário feminino. O trabalho da desenvolvedora deu certo, despertando o desejo de muitas mulheres a treinarem e buscarem uma chance para brilharem nos servidores.
“Desde o início vimos que o jogo tinha a intenção de trazer uma liga feminina e campeonatos grandes com bastante investimento. O fato da própria criadora do jogo dar toda essa importância para o cenário faz consequentemente ele ser um ambiente mais seguro e encorajador para as meninas começarem a competir. Com certeza me sinto inclusa no jogo. No VALORANT, aprendi que eu tenho meu espaço aqui e que eu posso ser o que eu quiser aqui dentro.”
Por outro lado, a produtora também sofre para combater a toxicidade dos jogadores casuais em partidas ranqueadas. Ao longo desses dois anos de jogo, diversos relatos em redes sociais de meninas escancaram o quanto o jogo ainda precisa aprimorar o mecanismo de punições, mas o prestígio da desenvolvedora faz com que pessoas sonhem com um futuro melhor.
“Nas ranqueadas, por exemplo, ainda assim aparece um pouco de machismo e toxicidade, porém com certeza a Riot tem um dos sistemas mais ágeis em questão de punição nessas questões, o que traz um pouco de conforto para jogar.“
VOZ PARA O CENÁRIO FEMININO
Bia também é sempre uma voz ativa entre as mulheres e não tem medo de expor as opiniões e defender o que julga correto. Se classificando como uma “pessoa com senso de justiça muito forte“, ela revela que recebe criticas por conta disso.
“Como via que o cenário feminino tinha poucas pessoas para falar por elas, eu comecei a sentir esse peso de precisar falar. Infelizmente, quem se expõe demais dessa forma acaba recebendo muitas críticas e um certo ódio de quem não concorda, então é uma faca de dois gumes que por muito tempo eu segurei. Hoje vejo que por mais que muita gente vinha me agradecer por falar o necessário, vinha também muitas perdas de oportunidades e uma reputação manchada, por isso hoje tento ser mais consciente com o que falo.“
De acordo com a Bia, hoje o foco é encorajar as meninas a entrarem no mundo de esportes eletrônicos e que deseja fazer a diferença em coisas que pode mudar. Em relação ao futuro, a capitã da TBK tem Mundial como principal desejo.
“O sonho que mais quero realizar é jogar um Mundial e chegar ao nível misto, seja estando em um time completamente feminino ou misto mesmo.“
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A TBK terminou com o vice-campeonato na primeira edição do Protocolo Gêneses, perdendo na grande final para a Team Liquid. A segunda edição acontece entre 31 de março e 5 de abril.