A LOUD venceu de virada a OpTic Gaming por 2 a 1 na final da chave superior do VALORANT Masters Reykjavík 2022, com a conquista, o time é o primeiro classificado para a grande decisão. Na coletiva pós-jogo, os cinco jogadores e o treinador conversaram com os jornalistas.
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No terceiro mapa, a Icebox foi acirrada com boas atuações dos dois lados, mas um nome teve destaque. Felipe “Less” Basso, o jovem de 17 anos da LOUD. Pela primeira vez no palco do Masters e com o time completo, o sentinela mostrou que experiência não era um fator importante.
Questionado como teve um desempenho tão alto na Icebox com 33 eliminações e apenas 13 mortes. “Provavelmente foi porque no começo do time a Icebox era meu pior mapa então com certeza foi o (mapa) que eu mais me dediquei.”
Em seguida o jogador falou como estava se sentindo, porque não só na Icebox, mas na série toda o atleta teve uma partida inesquecível. “Eu estou me sentindo muito bem, porque todo mundo acaba duvidando, pela minha idade e pela minha falta de experiência, que eu não vou desempenhar tão bem em lan. Na minha primeira lan, já internacional, na final Upper eu consegui desempenhar super bem, eu acredito que isso é motivo para eu ficar feliz, porque consegui provar para mim mesmo e para a torcida, que eu consigo desempenhar bem em lan. O que me levou a conseguir isso foram os treinos, com certeza e o preparo para os mapas. A gente já suspeitava que seriam esses três mapas, então a gente conseguiu se preparar muito bem.”
Um dos desejos de Gustavo “sacy” Rossi é levar o Brasil no topo do mundo. Perguntado se a classificação para a final já estava próximo da conquista, o jogador respondeu que é uma honra, mas ainda estão longe do objetivo.
“Eu vou falar pelo time, para nós é uma grande honra honestamente porque nosso objetivo aqui é fazer a nossa região ser respeitada para o mundo todo. Honestamente não interessava se chegássemos na final e a nossa região, os outros times brasileiros também não estivessem juntos com nós. Eu acho que esse é só começo e espero que a gente inspire outros times brasileiros”, afirmou sacy.
Em relação ao Brasil ser respeitado em torneios internacionais, o jogador foi honesto ao responder que a região ainda estava longe de conquistar o respeito. O Brasil não teve grandes atuações nos torneios em 2021 e nenhum time chegou a se classificar para os playoffs, conquista batida pela LOUD.
“Sendo sincero, mesmo que a gente seja campeão aqui fora a gente ainda está um pouco distante da nossa região ser respeitada, acho que vai abrir o olho das outras regiões, mas para nossa região começar a ser respeitada os outros times também tem que acompanhar a gente. Eu realmente espero que no próximo split se os times brasileiros estiverem no mesmo nível que nós e chegar bem lá fora, que eu acredito que a NIP teve uma performance boa, mesmo com a eliminação cedo e a partir disso a gente consegue sim impor mais respeito no cenário internacional.”
Além de representar o Brasil, Matias “Saadhak” Delipetro, o argentino, também está representando a sua nação na grande final. O jogador comentou como é a sensação de representar duas regiões diferentes.
“É uma sensação estranha né, eu jogo no Brasil e já me sinto brasileiro, não 100% brasileiro, mas bastante. Mas mesmo assim eu continuo sendo argentino, eu tenho minhas origens, eu sei que a comunidade Latina Americana me vê jogando, tem muita gente me falando: cara a KRÜ ficando fora vocês nos representa. É uma experiência estranha representar duas regiões, mesmo estando em uma equipe brasileira. É estranho, mas incrível.”
O jogo contra a OpTic marcou a estreia de Less e Erick “aspas” Santos em um palco em LAN de torneio internacional. A estreia da dupla foi adiada pelo COVID-19, mas os dois jovens tiveram um alto desempenho tanto no palco quanto em quartos separados. “Foi muito bom, não teve mais que jogar de um quartinho escuro separado, não teve que jogar do hotel, foi muito melhor do que jogar no quartinho”, respondeu aspas em bom humor.
“Com certeza é um sonho realizado ainda mais jogar em LAN em um palco tão lindo quanto esse que preparam para a final upper. É uma realização. Então eu acho que tudo ajudou, a gente se preparando, infelizmente teve o covid-19, que nos deixou de fora da LAN nos dois primeiros jogos, só que mesmo assim a gente conseguiu a vitória, mesmo eu distante do time. Acredito que essa performance só ajudou que eu estava distante, já não tinha mais os “soquinhos”, falar cara a cara, o esporro. Acho que quando voltou foi o motivo pela grande performance“, comentou Less.