O cenário inclusivo de VALORANT no Brasil teve uma grande mudança com o mercado de transferência no início do ano. Com inúmeras formações novas e organizações estreantes, o VALORANT Zone conversou com Flávia “Naoshii” Carvalho para comentar sobre essas mudanças e o calendário competitivo do cenário.
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Na entrevista, Naoshii deu uma visão sobre o mercado de transferências que agitou o cenário feminino e mudou quase todos os times que estão presentes na competição. A caster pontuou as mudanças na Team Liquid e ODDIK Bright.
“Muitas coisas me surpreenderam já em 2023 em relação ao nosso cenário inclusivo de VALORANT. Primeiro queria destacar a Liquid, três novas jogadoras que tem muito potencial e aparentam estar bem entrosadas no time, aparentam estar trabalhando muito bem e continuam sendo a super Liquid. Mas (outro) time que tem me surpreendido muito é a ODDIK Bright, que trouxe a Gabee, que veio de outro FPS e chegou agora. E também a gabiTê, que era do MIBR e está há muito tempo no VALORANT e ela tem demonstrado um trabalho excepcional.”
A analista, que também faz parte das transmissões do VALORANT Challengers Brasil, afirmou que mesmo após as mudanças na cavalaria, o time não perdeu seu poder de fogo e já venceu duas seletivas do Protocolo Gêneses.
“Apesar da Liquid ter sofrido mudanças bem pontuais no seu elenco, a Liquid continua com uma consistência e um poderio muito grande e é muito interessante porque a gente teve a adição da isaa, que antes trabalhava de duelista e agora ela está de sentinela e ela está desempenhando muito bem. É surpreendente como a Liquid se mantém no topo, mas eu acredito que o time da ‘Jelly e amigas’ tem um potencial muito grande pra cada vez mais escalar que é questão de tempo, questão de mais treino. Eu também coloco uma grande estrela na ODK, que é uma organização que também fornece uma estrutura muito grande pras meninas conseguirem se desenvolver.”
Questionada sobre a chegada da 00Nation no cenário de VALORANT e sobre a formação do elenco, Naoshii ressaltou o trabalho do time e o amadurecimento da line-up que já soma experiência por grande parte do seu elenco.
“É bem interessante a maneira como elas estão evoluindo rápido, a gente viu alguns campeonatos da comunidade que elas participaram e elas conseguiram ter resultados interessantes, mas sinto que cada vez mais com o passar do tempo, a Zero Zero está conseguindo adquirir maturidade como um time no geral.”
Naoshii também comentou sobre o ano de 2023 para o cenário inclusivo, que vai contar com as mesmas seletivas e duas edições de Game Changers. A analista opinou que a Riot ainda está estudando mais sobre a cena que ainda está crescendo mundialmente.
“É uma situação bem delicada porque quando falamos de cenário inclusivo, a gente tem a questão do calendário que conflita muito com o misto e, querendo ou não, a maioria dos times que estão no cenário inclusivo também buscam participar de alguns torneios que são misto. Isso é uma questão que eu acredito que eles levam em conta para desenvolver esse calendário e, infelizmente, não vamos ter um ‘mundialito’ ou um Masters do Game Changers, mas eu sinto também que é momento da Riot estar tateando as possibilidades com o tamanho da perna, não dar um passo maior que a perna.“
“Eu gostaria que tivesse um ‘mundialito’, seria muito interessante por questões amistosas, a gente vê cada vez mais a competitiva, gostaria de ver também mais vagas não só para o Brasil, mas para o LATAM e para outras regiões menores que tem muito poderio de VALORANT. Mas sinto que a Riot está tendo um comportamento mais seguro em relação a fazer eventos voltados para o Game Changers.”
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