Após vencer a Havan Liberty por 13 a 6 na estreia da terceira etapa do VALORANT Challengers Brasil, o coach da Gamelanders comentou em entrevista coletiva sobre os planos da organização para voltar ao topo do cenário.
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O treinador Ian “shaW” Jardim estreou pela Gamelanders em uma competição válida pelo VALORANT Champions Tour. Segundo ele, a sua chegada na equipe foi fruto de uma necessidade de renovação que surgiu na organização após a sequência de resultados negativos e a não classificação para o Masters:
“Minha entrada no time foi meio que uma necessidade deles conseguirem estruturar o jogo de uma maneira um pouco diferente. O jogo deles (Gamelanders) se tornou um modelo para o cenário em geral, né? É difícil sair da zona de conforto quando você ganha tanto”, argumentou.
ShaW comentou também sobre a mudança no estilo tático da Gamelanders. O treinador revelou que se inspirou em diversos estilos de jogo ao redor do mundo, ainda citou que novas execuções estão sendo treinadas pela organização:
“Treinamos algumas execuções bem mais pontuadas como o modelo europeu, modelo americano. Tem uma séria de execs aí com uma grande taxa de vitória”.
Além do treinador, o jogador Lucas “Belky” Belchior também teve sua primeira partida em uma competição do VCT pela Gamelanders. O coach comentou a importância da chegada do player e também revelou que tem utilizado jogadores em diferentes funções durante o treinamento:
“A gente já tem treinado com composições diferentes do usual, mas existe um momento de aplicar algumas coisas. O VALORANT é um jogo muito flex, é o que o jogador gosta, mas adaptado ao time. Temos testados coisas bem diferentes desde que eu e o Belky entramos no time”, argumentou.
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O IMPACTO DO MASTERS NO ESTILO DE JOGO BRASILEIRO
Apesar da campanha frustrante das equipes brasileiras no primeiro campeonato internacional do VALORANT, o VALORANT Masters de Reykjavik serviu como parâmetro para todas as equipes do mundo. No entanto, Shaw acredita que o campeonato não deve ditar o meta brasileiro:
“Isso não parte só da gente não, o cenário em geral está absorvendo o que aconteceu no mundial como parâmetro de jogo. Por um lado é bom num contexto geral, mas isso no longo prazo as equipes devem desenvolver um jogo próprio”, revelou.
Mantendo a linha de raciocínio, o treinador comentou que o evento internacional não pode ser usado para copiar composições e táticas das equipes internacionais, já que, segundo ele, cada organização tem sua peculiaridade e estilo de jogo:
“O mundial pode servir como parâmetro, não dá para nenhuma equipe pensar que vai copiar jogo de outro time e ter uma efetividade muito alta, dá para entender o que aquela equipe faz e levar pro seu estilo de jogo”.
Apesar de estar disponível, o novo mapa Breeze tem uma das menores taxas de escolha dentro do competitivo Brasileiro. Segundo Shaw, essa baixa na escolha é simplesmente por insegurança, já que ainda não existem partidas o suficiente para criar um parâmetro de quais táticas realmente funcionam no mapa:
“As equipes precisam ter um parâmetro para saber se estão jogando bem ou não. Com certeza nos próximos dois meses vai ser um mapa muito escolhido, mas no momento a galera tem receio de colocar o novo para teste. Às vezes a Breeze é um bom mapa seu, mas tem aquela insegurança de saber se realmente você é bom ou se você acha que é“, finalizou.