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Especial

“Meu maior sonho é trazer um título pra cá”, comenta Sacy sobre início na LOUD

Jogador falou sobre criação da equipe, sonho que tem para a organização e mais

Do League of Legends ao VALORANT, Gustavo “Sacy” Rossi rapidamente se tornou uma referência de jogador para o cenário brasileiro no FPS da Riot Games. No primeiro ano competitivo, o atleta demonstrou um alto nível de desempenho ao lado de Matias “Saadhak” Delipetro e a dupla ex-Vikings formou o “pANcada e Amigos“, que hoje, se tornou oficialmente o time da LOUD.

Criação do time e estreia

Em entrevista ao VALORANT Zone, Sacy revelou como foi a convocação do elenco. Apesar de estar em um time com nomes experientes como Saadhak e Bryan “pANcada” Luna, a line-up conta com os jovens promissores, Erick “aspas” Santos e Felipe “Less” Basso. Sem uma casa desde o fim do contrato com a Vikings, a dupla decidiu montar um time para 2022.

“A gente pensou no passo a passo. O primeiro foi o mais difícil, que foi o controlador, pensamos nos melhores do país e logo de cara pensamos no pAncada. Um cara que era muito requisitado, mais experiente já que veio do CrossFire então deu uma segurança muito forte pra gente“, contou

Na sequência, Sacy foi atrás de um duelista e nome era certo: aspas. “A gente tinha uma segurança dele, mas eu também precisava crer pra ver né. Conversei muito com ele, com a mãe e com o pai, então a gente falou: não, precisamos mostrar (conhecimento) pra esse menino. Ele tem potencial pra ser um dos melhores, então meio que botei todas minhas fichas nele”, revelou sacy.

O veterano continua dizendo que “a questão mais difícil, na minha opinião, foi o fato do Saadhak ter mudado de função de Sentinela pra Flex, pra tentar exercer melhor a função de IGL dentro do time e achar um Sentinela. No Brasil era muito complicado, acabamos enxergando o Less como um grande potencial, que já tínhamos enfrentado ele na Jaguares. Mas conversamos muito com o Less, ele só tem 16 anos. Eu e o Saadhak conversamos, só que pela idade que ele tem, ele é muito maduro no caso, então tudo que a gente mostrou pra ele na primeira semana, ele absorveu muito rápido.”

Com três jogadores com grande bagagem no competitivo de outras modalidades e uma experiência no VALORANT, aspas e Less chegaram com o sangue jovem para integrar a line-up. Apesar de ser um time forte, Sacy garantiu que a montagem do elenco foi escolhida a dedo pelos próprios atletas, não pensando em nenhuma organização específica.

Apesar de não terem tanta experiência, aspas e Less se tornaram peças igualmente importantes no time e também aprendem diariamente com os outros jogadores. De acordo com Sacy, existe um grande respeito e confiança por parte dos dois jovens atletas em relação aos demais.

“Sendo sincero, é muito fácil você chegar pra um jogador que não tem tanta experiência e compartilhar o conhecimento de macro, de jogo assim. O que é mais difícil mesmo é fora dele, você mostrar realmente como é ser um atleta profissional, questão de rotina, hábito, alimentação, tudo que influência dentro do jogo, aí é complicado porque depende só da pessoa. Então, dentro de jogo é a parte mais difícil, a parte de fora que é mais complicado”.

Reprodução/Twitter/sacylol

O último nome, mas um dos mais importantes para agregar ao time, foi o de Matheus “bzkA” Tarasconi, ex-treinador da Vikings, que comandou o time durante o VALORANT Champions 2021. O catarinense já tinha uma relação com Sacy e Saadhak, então a chegada do comandante, foi a peça final para fechar o elenco.

“O bzkA já era um conforto nosso porque a gente já tinha trabalhado, então eu e o Saadhak conhecíamos a maneira que ele trabalhava, então a gente já sabia que não iria haver conflitos durante o nosso trabalho, durante o processo com o aspas, Less, a gente sabia que ele iria ajudar muito a gente baseado com o que ele fez no Champions com nós também. Então na hora que sabíamos dele a gente falou: esse aqui é o único, é nossa oportunidade, temos que chamar o cara, porque vai ajudar a gente se estruturar como um time e logo em seguida o bzkA aceitou, porque ele realmente conhece o Saadhak e confia muito no projeto.”

Estreia e pressão

Com o nome de pAncada e Amigos, o time estreou na primeira seletiva aberta para a primeira etapa do VALORANT Challengers Brasil (VCB). Entre 256 times, apenas dois passaram para a segunda classificatória: Botafogo e pANcada e Amigos. No caminho, a equipe bateu a Stars Horizon por 2 a 0 e enfrentou o MIBR, no qual venceu por 2 a 1, conseguindo a tão sonhada classificação para o evento principal, momento que o jogador revelou que, “saiu uma tonelada das costas” com a vaga garantida.

A equipe que demonstrou ter uma grande força individual, não estava preparada ou nem perto disso para estrear. Com apenas cinco dias de treino, Sacy revelou que tiveram “sorte”, já que a base do time era ele junto de Saadhak, sendo assim, o macro e o tático já estava desenhado para a competição, contudo, não tiveram tempo para aperfeiçoar as estratégias.

“A galera tinha muito material nosso, então acho que isso foi um dos motivos de ter sido tão difícil contra o MIBR, além de ser um time muito forte, então foi uma partida muito complicada, uma série difícil, foi decidido no detalhe. Mas usamos a seletiva aberta para testar coisas porque realmente não tivemos muito tempo de treino. Meio que já estávamos com isso na cabeça, de tipo: relaxa, é uma pressão porque a galera espera muito da gente, mas eu sempre falava, que a nossa sorte era que eu o Saadhak estamos aqui, vocês tem muita bala então a gente vai conseguir manter nosso macro em dia e executar nosso jogo muito bem.”

Marcos Almeia/LOUD

Agora com a vaga garantida no VCB, a LOUD está oficialmente no VALORANT. Apesar de Sacy e Saadhak terem demonstrado grande desempenho em torneios internacionais em 2021, agora é uma nova equipe, além disso, os jogadores irão estrear oficialmente com o nome da organização no torneio que começará dia 12 de fevereiro. O atleta falou um pouco sobre a pressão que acerca o time.

“A pressão sempre vai existir, independente se a gente fosse pra outro time, a pressão iria existir baseada nos nomes que tem no papel e a galera já espera muito da gente baseado com o que conquistamos no ano passado. Agora, se a intensidade é maior na LOUD? Talvez, da torcida no caso. Talvez sim, não, talvez fosse a mesma coisa. Não sabemos, mas a pressão é uma coisa que se você não aceita ela, acho que tem que pensar que é um pouco de privilégio também. É normal, qualquer competição você vai sentir isso, você tem que usar a seu favor.”

LOUD e torcida esverdeada

Antes de fechar com a LOUD, a equipe foi sondada por outras organizações, como o MIBR, NIP e Stars Horizon. Contudo, o caminho foi outro que a line-up seguiu o barulho e assinou com a organização, que agora expande para mais uma modalidade.

O atleta revelou que, apesar da influência da LOUD ser um grande clube, com bastante visibilidade e torcida, teve outro motivo. “Meu maior sonho, é trazer um título pra cá, porque eu sei que se eu conseguir trazer um título pra essa organização, vai ser uma parada muito doida. Porque a galera vai começar olhar pra LOUD de maneira diferente. Acho que vai se conseguirmos, vai ser um marco muito grande pra nossa carreira. Acho que foi isso, que mais me chamou atenção e eu vejo como uma oportunidade grande porque é um time muito forte.”

Marcos Almeida/LOUD

Após as apurações do ge e do VZone, que o time liderado por Sacy e Saadhak haviam fechado com a LOUD, a torcida não mediu esforços para conhecer os novos membros da organização. Rapidamente, os números das redes sociais dos jogadores subiram, principalmente as lives que os atletas faziam na Twitch.

Os torcedores que, já acompanhavam os outros times da LOUD, principalmente no Free Fire, se empenharam para entender como o FPS funcionava e abraçou o novo time, mostrando a força que os fãs da organização verde e branca têm.

“Foi muito doido, o efeito LOUD existe mesmo né, ele é real. A galera se empenha muito bem (pra entender o jogo), primeiro que não é que nem o LoL, porque é mais complicado de entender, o VALORANT é mais tranquilo assim, é um jogo novo, não tem tanto agentes ainda, poucos mapas, é dar tiro na cabeça, plantar uma bomba e defusar. Então a galera já chegou entendendo o jogo e começaram a gostar. Eles tiveram essa energia assim comigo muito rápido e logo em seguida a minha live estourou, rede social, a galera começou a hypar muito, foi um apoio absurdo e olha que nem começou.

Eu acho que isso é muito bom pro cenário também, que mostra que o VALORANT está só começando, eu acho que com a entrada da LOUD só tem de a crescer (os números) e chamar a atenção de outras organizações também.“, comentou sobre a chegada do clube ao cenário.

Desejo de jogar fora e 2022

Após o fim do contrato com a Vikings, o futuro de Sacy era incerto. O Dexerto chegou a revelar que o brasileiro junto do argentino estudavam a possibilidade de jogar fora do Brasil. O atleta comentou sobre esse sonho de jogar fora do país, contudo, Sacy abriu o coração ao explicar os motivos que levaram a permanecer no Brasil.

“Eu tinha muito desejo de jogar fora do Brasil, muito. Mas depois do Champions, primeiro eu vi que o Brasil dá pra ganhar, tem um potencial muito grande. Mas, ir pra fora jogar é um sonho? É, sempre foi um sonho meu, isso é fato, só que, como é que eu vou pra fora se eu não ganhei nada aqui? Com um time brasileiro. Eu preciso ganhar alguma coisa, tipo, eu tive o destaque individual lá fora, joguei bem, só que eu nem passei pro playoff. Não cheguei em uma semi, não cheguei em uma final, eu não mostrei que sou um jogador de world class. Então, como é que eu vou me garantir pra jogar fora do país se nem com um time brasileiro eu consigo chegar lá fora? Esse foi o meu pensamento e um dos motivos de ter ficado no Brasil.”

Com um novo elenco, a reestruturação do time é fundamental para que a LOUD chegue até as finais do VCB para lutar pra representar o Brasil nos torneios internacionais. O jogador comentou que, o que aconteceu em 2021, já ficou no passado e o foco para 2022 é ainda maior.

“Acho que começando por baixo, independente do que eu ganhei ano passado, eu acho que estamos nos reestruturando, pelo menos pra mim. Não importa se fui melhor jogador do Brasil, se fomos campeões duas vezes, agora ano novo e vida nova. Começando, eu quero muito trazer um título pra LOUD, caso eu consiga isso, uma classificação pra fora, eu realmente acredito muito que a gente consiga ser campeão.”

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