Especial

Jogadoras da B4 Angels falam sobre quebra de jejum contra Gamelanders Purple e sonho por um mundial feminino

Tayhuhu e isaa também comentaram sobre o cenário feminino, treinos e mundial

A B4 Angels quebrou a indigesta série de derrotas para a Gamerlanders Purple, no início deste mês, ao conquistar a segunda classificatória do Protocolo Evolução. Foi a primeira vez que as Angels venceram as Purples e, dos vários sentimentos pós-vitória, um predominou, o de alívio, conforme disseram Isabeli “isaa” Esser e Taynah “tayhuhu” Yukimi em entrevista ao VALORANT Zone.

Eu acho que deu um sentimento de esforço ser recompensado. Após tanto tempo batendo na trave, deu um sentimento de alívio. Depois de muito tempo sendo vice a gente finalmente conseguir ganhar da Gamelanders“, afirmou isaa.

Após dez derrotas para a Gamelanders desde a primeira seletiva do Protocolo Gêneses, a equipe precisou alterar a forma de trabalhar. Taynah “tayhuhu” Yukimi comentou o que ela e as companheiras fizeram de diferente.

A gente acredita que o principal erro sempre foi a comunicação. Então, treinamos bastante os nossos próprios erros e não o jogo do inimigo. A gente treinou os nossos próprios erros para descobrir o que a gente precisava sabe. Então, a gente percebeu que comunicação e teamplay era o que tava faltando para gente“, explicou a jogadora.

Além do sentimento de alívio, as jogadoras comentaram que a vitória também teve um “gostinho” de troco em cima das rivais.

A gente sempre batia na trave contra elas e era apenas contra elas. Então essa vitória é muito importante para nós. E deu aquele sentimento de ‘caramba, finalmente conseguimos’. Conseguimos finalmente fazer o nosso jogo contra elas“, revelou tay.

Cenário feminino e treinos

As jogadoras também comentaram sobre o desenvolvimento do cenário feminino. Para tayhuhu, a medida que as organizações derem apoio para as jogadoras, o cenário irá desenvolver.

Eu acredito que tudo depende de se a organização é boa para as meninas. Com certeza para mim o cenário está evoluindo muito mais do que era do início do ano. No começo do ano era apenas a INTZ e a META GAMING. Então as outras organizações ainda não focavam muito no competitivo feminino“, disse.

É muito visível enxergar a evolução dos times femininos com base na organização dando apoio. Então a gente tem certeza que se novas organizações grandes vierem investir no cenário feminino, vierem dar o verdadeiro apoio, incentivar de verdade as meninas, a gente sabe que muitos times novos vão aparecer e muitas novas jogadoras de destaque“, completou.

Um problema que vai além dos times femininos são os treinos no Brasil. A falta de profissionalismo neste momento atinge também as jogadoras da B4.

A gente tem sim (problemas). Mas eu comparado a outros times femininos menores ainda devem ter muito mais. Porque realmente tem pessoas que não respeitam nem um pouco. Geralmente tipo esses times são os tier 2 ou 3 do cenário masculino que fazem isso“, comentou isaa.

É complicado. Tem gente que desmarca treino em cima da hora. E eu tenho certeza que times menores sofrem muito mais. Eu já vi print no twitter de gente mandando ‘easy’ no final do treino, que negócio ridículo“, finalizou.

Mundial em 2022?

A Riot Games tem investido rios de dinheiro no cenário feminino profissional de VALORANT. E claro que a cereja do bolo deve ser uma competição internacional reunindo os melhores times de cada país. Tayhuhu diz que ir disputar um mundial seria um sonho.

É um sonho para todas nós: ter um mundial feminino. Eu, por exemplo, acompanho a Cloud9 White sabe e aí já imagino um dia está lá jogando contra elas. É uma coisa que tem que ter, porque ainda é necessário pro cenário feminino. Porque ter experiência de jogar o mundial é muito grande. Todo mundo sabe que a experiência que é estar lá é totalmente diferente de qualquer outra coisa“, disse.

A gente acredita que possa ter futuramente. Eu tô vendo eles adicionando as jogadoras em outros países. Espero que tenha muito mais porque eu sei que tem muita mulher jogando esse jogo“, completou.

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