Capitão do elenco de VALORANT que levou o MIBR à elite do cenário brasileiro, Gustavo “gtn” Moura concedeu entrevista ao Mais Esports e ao podcast Primeiro Ato, onde falou sobre o período que passou fora do VALORANT Challengers. Além disso, comentou sobre a pressão para classificar para a segunda etapa, nível de equipe e também sobre a chegada de seu ex-companheiro Leandro “frz” Gomes à equipe.
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Antes na Team Vikings, o primeiro VALORANT Challengers de 2022 foi a primeira vez em que gtn esteve fora do campeonato. Ao lado do MIBR, o jogador falhou em garantir uma vaga para o primeiro classificatório do Masters ao cair nos jogos decisivos dos classificatórios fechados.
No entanto, apesar do resultado negativo, gtn enxerga o período fora do Challengers com bons olhos, acreditando que fez bem para a equipe.
“Foi um período de muito aprendizado. Esse foi o primeiro VALORANT Challengers que fiquei de fora, então foi uma situação muito ruim assistir o pessoal jogar e não poder participar. Apesar disso, acredito que tenha sido uma experiência necessária, sinto que precisei ficar de fora para entender o que nosso time estava errando, colocar um pouco o pé no chão e entender que éramos um time novo“, observou o jogador.
Durante a caminhada da equipe formada pelo jogador e os companheiros Rafael “mNdS” Mendes (Slick), Matheus “DeNaro” Hipólito (Sharks), João “jzz” Pedro (ODDIK), Sérgio “Teddy” Oliveira (FURIA) e o treinador Jordan “stk” Nunces (Slick), o MIBR colocou-se em frente a times com mais casca.
Não só em questão de conquistas ou nomes como também em questão de entrosamento. Seus adversários foram pANcanda e Amigos (atual LOUD) e TBK, na primeira e segunda classificatória respectivamente, e para o jogador isso foi um problema para o MIBR.
“Acredito que não nos classificamos porque o time era muito novo e tinha zero entrosamento. Na seletiva, pegamos times fortes que já estavam juntos fazia algum tempo, como a TBK, que compete com o mesmo elenco há um ano. Além disso, também enfrentamos a LOUD, que já estava vindo de uma série boa de vitórias no classificatório e conta com ótimos jogadores que são muito experientes”, comentou gtn.
O nível brasileiro e LOUD
Além da entrevista, o jogador também participou do podcast Primeiro Ato, da Riot Games, e deu sua opinião sobre como o nível brasileiro se encontra nos primeiros meses de 2022. Enquanto falava sobre os pontos fortes da LOUD, o jogador cravou que o nível nacional está forte.
“O nível do Brasil está muito alto, mas sinto que a gente ainda peca em coisas que a LOUD é muito boa e sabe punir muito. Por exemplo, não abrir sozinho, não tradar muito rápido, abrir no contato, cruzado, etc. Sinto que ainda falta um pouco pro nível brasileiro e a LOUD faz isso perfeitamente, dificilmente você vê eles errando o fundamento básico”, avalia gtn.
Quando perguntado sobre se os times conseguiriam chegar no nível da LOUD, gtn usou sua experiência com a Team Vikings em 2021 como exemplo. Na época, a equipe em que atuou ao lado de Gustavo “Sacy” Rossi e Matias “Saadhak” Delipetro dominou o início do ano, mas viu as equipes encostarem ao retornar do Masters Reykjavík.
“Não ganhamos o segundo Challengers porque o nível já estava muito mais equiparado, no meta certo, já estava com as composições em dia”, observa. “A LOUD começando a treinar, vão trazer o que aprenderam lá fora pra gente e vamos ter que correr atrás. Quando um time vem muito forte e traz o conhecimento para cá, o cenário todo cresce”.
MIBR classificada para o segundo Challengers e mudanças
Buscando mudar o rumo que a equipe tomou no primeiro Challengers, a equipe chegou dedicada para agarrar sua vaga na elite do VALORANT brasileiro. Dessa vez, o MIBR encontrou durante sua trajetória pelo Relegation equipes menos entrosadas e ameaçadoras que no passado.
Apesar disso, gtn afirma que a equipe chegou carregando uma grande pressão em suas costas por medo de ser seu último campeonato oficial do ano.
“A única pressão que nosso time teve e que todos que competiram na seletiva também tiveram, foi a de que se não nos classificássemos agora, só teríamos outra chance no ano seguinte, o que seria muito ruim. Mas ficamos com o pé no chão e sabíamos que se colocássemos em prática tudo o que treinamos nós nos sairíamos bem. E foi o que aconteceu”, cravou.
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Enfim classificados e com o objetivo inicial cumprido, o elenco sentiu a necessidade de realizar mudanças. Sai Teddy, entra frz. Anteriormente atuando na primeira etapa do Challengers ao lado da Sharks, o ex-companheiro de gtn em seus tempos de Team Vikings não colecionou bons resultados.
O capitão do MIBR falou também sobre a escolha do substituto de Teddy e como tem sido se reencontrar com frz.
“A gente precisava de um sentinela e o melhor disponível no mercado naquele momento era o frz. Mesmo a Sharks não tendo se classificado para o VALORANT Challengers, ele foi o jogador que mais se destacou no time e ele vinha jogando muito bem. Jogar com ele novamente tem sido muito bom, ele é um jogador extraordinário e ajuda muito a gente na parte tática, além de participar como segundo IGL“, avaliou.
Primeira rodada do VALORANT Challengers
No primeiro fim de semana de confrontos da segunda etapa do VALORANT Challengers, o MIBR entra nos servidores no domingo (15), enfrentando uma Vivo Keyd com os reforços de v1xen e Jhow pelo Grupo B. A fase final da competição começa no dia 21 de junho e a grande final está marcada para 26 de junho.
Por fim, gtn falou sobre a estreia contra os guerreiros e não mostrou preocupações. “Prefiro começar com times que considero mais fortes. Se a gente fosse do grupo da LOUD ia preferir começar jogando contra eles”, diz.
O VALORANT Zone fará cobertura completa do torneio, com entrevistas, resultados e chaveamento, por meio da página do VCB no site.