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Especial: A força das minas do VALORANT

O VALORANT Zone conversou com três jogadores para falar sobre o impacto do jogo na vida delas

O VALORANT tem apenas nove meses de vida, mas a Riot Games já começou a traçar um caminho para as mulheres finalmente serem valorizadas no esports, apresentando um circuito promissor. Neste Dia Internacional da Mulher, o VALORANT Zone preparou um especial sobre o impacto do jogo na vida das jogadoras.

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Por conta disso, a reportagem conversou com as profissionais Diana “mittens” Trevisan, da Havan Liberty, Carolina “Shizue” Miranda, da INTZ Angels, e Natalia “nat1” Meneses, da Gamelanders Purple.

Apesar do pouco tempo de existência da modalidade, ambas destacaram o impacto imediato do VALORANT em conceder a chance de seguirem carreira como profissionais.

O Valorant veio para me mostrar que o sonho de ser jogadora profissional e viver de esportes eletrônicos como mulher é possível. O maior impacto que tive na minha vida com essa decisão até o momento foi o de voltar a acreditar no cenário competitivo, voltar a acreditar que eu posso competir e ter uma vida como jogadora profissional.“, contou mittens.

na época em que competia no CS | Stéfanie Nueman / DRAFT5

A jogadora da Havan Liberty apostava no CS:GO antes do VALORANT, mas a falta de apoio ao cenário feminino, aliado com a falta de desafio em aprender coisas novas no jogo, motivaram a gaúcha de 21 anos a buscar novos horizontes com o VALORANT.

O caso da Shizue é diferente, afinal ela jogava o MOBA da mesma desenvolvedora (League of Legends), mas as oportunidades sempre foram escassas. A migração aconteceu ainda na fase Beta do jogo, quando a mesma viu que levava jeito, então a decisão não demorou muito para acontecer.

Eu sempre quis ser jogadora profissional de um jogo que eu gosto. Sempre estava atrás de uma oportunidade no LoL e não conseguia, mas encontrei no VALORANT e isso mudou totalmente minha vida. Eu nunca tive oportunidade de receber um salário, então estou muito feliz por fazer parte disso tudo e ter meu salário e reconhecimento.

A nat1, por sua vez, havia desistido da carreira de jogadora de esporte eletrônico, mas a chegada do VALORANT trouxe uma nova perspectiva para ela.

Acabei largando meu emprego estável que eu tinha antes para seguir carreira no VALORANT. Foi uma decisão bem difícil, mas está valendo cada minuto, teve bastante impacto positivo na minha vida. Só aqui no VALORANT sinto que posso dizer que sou profissional de jogo, que trabalho e vivo disso“.

nat1 na época em que competia no CS |Stéfanie Nueman / DRAFT5

VCT GAME CHANGERS

A Riot Games anunciou há duas semanas o VCT Game Changers, circuito criado para incentivar o cenário competitivo feminino do jogo e que distribuirá ao longo do ano cerca de R$ 460 mil em premiação para o Brasil.

“Fiquei muito emocionada com esse anúncio, eu esperava que rolasse algo assim por volta de 2022, mas não estava esperando logo tão cedo, e isso me trouxe o sentimento de que eu fiz a coisa certa em migrar”, disse mittens. “Sinto que estou que escolhi o jogo certo para competir”.

A jogadora da Gamelanders também ficou feliz com o circuito, principalmente por ter “um calendário já previamente conhecido e preenchido ao longo do ano, porque além de manter a gente competindo com regularidade, acaba dando bastante segurança para as organizações investirem nas meninas“.

Divulgação / INTZ

Com os investimentos sendo feitos no cenário feminino, a realização de um Mundial para as mulheres é uma ideia plausível futuramente. Isso vai ao encontro com o desejo das entrevistadas em disputar e ganhar uma competição internacional.

Talvez em 2022 ter algo parecido com o circuito VCT pra nós seria um sonho. Porque a gente se dedica muitas horas por dia com o objetivo de competir e ser as melhores e, poder fazer isso contra todos os times do mundo seria algo insano“, argumentou nat1.

FUTURO NO VALORANT

O potencial do VALORANT é grande, mas a desenvolvedora está concedendo um apoio muito grande para a cena feminina. De acordo com Shizue, essa oportunidade de se tornar uma jogadora no VALORANT influenciará outras modalidades.

O VALORANT, com certeza, vai influenciar as outras modalidades a se espelharem nesses projetos e gerar muitas chances para todas as outras meninas que também esperam por uma oportunidade de crescer no cenário feminino em outras modalidades.

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Mittens também concordou que o VALORANT tem a chance de mudar a vida de incontáveis mulheres e depositou a confiança do potencial delas e no apoio da Riot Games.

Vejo um futuro muito promissor no Valorant para o cenário competitivo como um todo. É um jogo que está engatinhando ainda, mas já está tendo um desenvolvimento incrível comparado a outros jogos. Tendo um cenário competitivo bem formado, com torneios regionais, mundiais e organizações grandes investindo e se voltando para o nosso cenário“, finalizou.

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