“Eu vejo o time aqui como uma equipe que não se acomoda. É a nossa grande força”, revela naxy

Atuais campeãs do Game Changers Brasil, a Gamelanders Purple (GL) está na final da chave superior da segunda edição e irá enfrentar a B4 Angels para descobrir quem ficará com a primeira vaga da decisão. Em entrevista ao VALORANT Zone, as jogadoras Ana “naxy” Beatriz e Paola “drn” Caroline falaram sobre o campeonato, as derrotas passadas e o clássico do cenário feminino.

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Apesar de uma história que começou recentemente com muitos triunfos, a Gamelanders enfrentou times que mudaram e evoluíram. Para naxy, além da evolução das adversárias, o time também sacrificou muito para inovar.

“Nós acreditamos que o processo e a mudança é muito importante, então as vezes você precisa sacrificar alguma coisa, tudo o que você já sabe, tudo o que já tem para inovar. A gente não acredita nisso de que, “porque você está na vitória você tem que fazer as mesmas coisas o tempo todo”, a gente não gosta de esperar perder para mudar. Então, a gente tinha noção de que esse campeonato iria ser um pouco diferente e mais difícil de ser jogado justamente porque a gente estava passando por algumas mudanças e essas mudanças foram importantes para chegarmos no nível que estamos chegando hoje, tudo foi um processo.”

Com 12 títulos na bagagem, a Gamelanders continua escrevendo uma história gloriosa no cenário feminino de VALORANT. Contudo, naxy garante que o time nunca chegou a se satisfazer com alguma vitória ou ficou acomodado em algum momento.

“Eu lembro que já cheguei a comentar isso uma vez e vou repetir de novo: é muito difícil ver meu time estar aprendendo agora a comemorar uma vitória, era algo que a gente não tinha ideia como se fazia. A gente nunca teve isso em mente, então acabava um campeonato já discutindo o que tínhamos feito de errado naquele torneio. Eu vejo o time aqui como uma equipe que não se acomoda, acho que é a nossa grande força. Estamos sempre procurando melhorar.”

A jogadora drn falou sobre as últimas derrotas que a equipe teve e como manter a ambição por vitórias no alto. “Estamos com 3 derrotas recentes. Isso já exclui um pouco a pressão em cima da gente e motiva a querer uma revanche.”

Apesar de estar no topo, as jogadoras falaram constantemente sobre mudanças positivas. Em agosto, o treinador André “Palestra” Gomes foi anunciado para o comando da GL Purple, a mudança na comissão técnica afeta diretamente como o time joga.

“Temos algumas mudanças sim e algumas bem impactantes, nós não éramos um time muito tático no primeiro Game Changers e agora com a nossa mudança de coach, o Palestra trouxe novas ideias, só acrescentou. Fez o time se tornar melhor do que a gente era“, comentou naxy.

Já a drn garantiu que a equipe irá mostrar os resultados e as novidades dentro do servidor. “O meta mudou, nossa staff aumentou e o time evoluiu, isso com certeza trás mudanças. Vamos mostrar as novidades no servidor.”

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Em relação as vitórias em cima da Try e breakout pelo Game Changers Series Brasil 2, drn comentou sobre a postura da GL diante das adversárias e o diferencial que tiveram nos jogos. “Tivemos melhor leitura do jogo delas e entrosamento melhor entre nós. Foi questão de tempo pra nós conquistarmos isso, assim como é pra elas agora.”

Os jogos entre GL e B4 se tornaram um clássico dentro do cenário. As equipes que já se enfrentaram diversas, incluindo em decisões, mostraram um nível alto de jogabilidade e talento. Assim como foi na primeira edição do Game Changers, os times irão se enfrentar em uma final antecipada pela chave superior nesta quinta-feira (11).

As atletas que já consideram um clássico enfrentar as adversárias, comentaram sobre os confrontos passados que foram acirrados e que não se veem como superiores diante da B4. “Foram sempre jogos bem pegados, por isso eu não diria superior. Quem estudou melhor o game adversário sempre fez a diferença nesse confronto, tanto pra nós, quanto pra elas”, comentou drn.

“Não acredito que sejamos superior, até porque são sempre jogos muito pegados e foram decididos nos detalhes, então a gente não sabe o que pode acontecer nesse próximo campeonato. Obviamente que vamos vir pela vitória, mas a B4 é um time muito forte e o que nós precisamos ter agora é disciplina, manter nosso treinos e com certeza vença quem estiver melhor“, afirmou naxy.

Atuais campeãs do Game Changers, conquistar a segunda edição consecutivamente seria a maior conquista que o time poderia ter, segundo drn, mas a atleta afirmou que ainda é cedo para falar que a Gamelanders dominou o cenário feminino na região.

“O bicampeonato seria fechar o ano com chave de ouro, é a maior conquista que podemos ter pra esse ano ainda. Acredito que ainda é cedo pra definir algo desse nível (dominância da GL no Brasil). A exemplo do cenário misto, essas dominâncias regionais nem sempre se confirmaram nos campeonatos internacionais“.

“Acredito que conquistar esse segundo Game Changers pra gente seja fechar o ano com chave de ouro, a gente precisa pra completar o nosso ano, ter a nossa passagem desse ano da melhor maneira possível, então obviamente que vai ser muito bom, vai ser a nossa meta“, afirmou naxy.

Sobre a possibilidade de haver mundial feminino, ou apenas um Masters com os melhores times de cada região do Game Changers, naxy afirmou que o Brasil tem muito potencial e com bons times.

“Em relação a termos potencial para um mundial, eu acho que aqui no Brasil a gente tem muito potencial. Temos equipes muito boas e muito consolidadas, só que eu não sei se diria que uma equipe tem potencial para um mundial, porque só vamos saber disso se um dia a gente jogar contra. Então até lá, a gente aguarda e treina para ter um mundial”.