A Team Vikings sagrou-se campeã do VALORANT Masters brasileiro nesse domingo (22) após bater a Gamelanders por 3 a 0 na grande final. Após o triunfo, em entrevista coletiva, os jogadores falaram sobre a experiência do título e a expectativa para os próximos passos.
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Para Gustavo “gtnziN” Moura, o treino e a preparação psicológica foi o que fez a diferença nesta final:
“Tudo se baseia em treinos. A gente treina com muita seriedade. Todos os treinos que fizemos contra eles nós conseguimos nos sair bem e o campeonato nada mais é que o treino. A gente colocou em prática o que a gente treinava e deu certo”
O jogador ainda exaltou o trabalho coletivo da equipe, relembrou que o elenco da Gamelanders possui muito jogadores habilidosos individualmente, mas ressaltou que “hoje o coletivo se saiu acima do individual”.
Já Gabriel “sutecas” Dias revelou que o trabalho psicológico da equipe é algo que tem influenciado positivamente nos bons resultados. Assim como gtn, o atleta vê que o coletivo apresentado pela Vikings foi um diferencial
“É uma coisa que nosso psicólogo fala sempre pra gente, o melhor time não é o que tem os melhores jogadores, mas o que joga melhor em conjunto, então é basicamente isso”, argumentou sutecas.
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VIKINGS A MELHOR DO BRASIL?
Por ter vencido o First Strike e diversos outros campeonatos no ano passado, a Gamelanders vem sendo considerada por boa parte do cenário como o melhor time de VALORANT do Brasil. No entanto, com a vitória da Vikings de maneira tão expressiva, a questão fica em aberto novamente.
Para Matias “Saadhak” Delipetro, que afirmou que o objetivo da Vikings era ser o melhor time do Brasil dentro de três meses, a conquista do Masters é só o primeiro passo para a soberania nacional:
“Eu disse que em três meses nós iríamos nos tornar o melhor time do Brasil. Mas tem mais caminho. Nesse último mês a gente passou por muita coisa. Mas eu ainda não acho a gente o melhor time do Brasil, mas vamos ser, com certeza. Ainda temos muito para trabalhar”, destacou o argentino.
O treinador da equipe, Anderson “faithz0r” Yabusaki, compartilha da mesma opinião e mas ressalta que o objetivo agora é mundial:
“Esse campeonato foi um campeonato muito pesado e com esse resultado, por agora, a gente consegue falar que estamos no topo. Mas nosso plano é dominar o mundo”.
A DUPLA SAADCY
A atuação conjunta de saadhak e Gustavo “Sacy” Rossi vem chamando atenção. A comunidade criou um apelido carinhoso nas redes sociais, referindo-se a dupla como “Saadcy”.
Ao ser questionado sobre o estilo de jogo frio e tático, os jogadores comentaram que o entrosamento da dupla veio de forma natural e deve-se ao passado de ambos em outros jogos:
“Mano, eu acho que é uma coisa natural. Quando a gente joga junto em situação de clutch, por exemplo, eu confio muito nele e ele confia muito em mim. Então, fica bem mais fácil. Aquela malícia é de que a gente jogou muito tempo sem pressão, então é algo natural, pelo menos comigo”, argumentou saadhak.
Sacy, no entanto, acredita que a visão de jogo e frieza são frutos da experiência competitiva em outros games:
“Nós dois temos uma personalidade muito tática, querendo ou não.Então eu acho que nós dois temos experiências em outros jogos: ele veio do Paladins, eu do LoL. Então, existe um conceito dentro de nós, né? Meio que a gente vira, além da mira, dois jogadores bem táticos no geral. Por isso que em clutches, a gente acaba se destacando ainda mais”, complementou Sacy.
SACY, O PAPA-TÍTULOS
Sacy conseguiu o feito histórico de conquistar dois títulos oficiais da Riot Games em jogos diferentes. O jogador foi campeão do CBLoL em 2017 e neste domingo conquistou o Masters no VALORANT.
Para o jogador, essa experiência “foi algo surreal” , mas ainda vê a conquista no League of Legends mais importante para sua carreira já que foi sua primeira grande conquista no mundo dos esports:
“Cara, para mim é uma doideira inexplicável. Eu sempre falei que tive o sonho de jogar um FPS. O LoL começou a crescer e eu sabia que nele eu poderia viver de game, daí eu joguei LoL, mas com aquele sentimento que eu queria viver de FPS. Pra mim é muito gratificante ter conseguido sucesso na modalidade de FPS, principalmente que é da Riot. Quando soube que era dela eu fui com os ‘dois pés no peito’, pois eu sei que ela gosta do competitivo que ela iria investir”, argumentou.
O jogador complementa:
“Para ser sincero o CBLoL, no LoL, foram muitos anos investindo e crescendo no cenário. E lá eu era rodeado de jogadores que eu conhecia e curtia muito. Não só sobre o jogo mas pela vida em sí, foi um título que alavancou muito mais a minha carreira”.
FUTURO
Com a vitória, a equipe larga na frente em busca da vaga para o Mundial, que acontecerá em novembro deste ano. O jogadores mal terão tempo para descanso já que a seletiva para o próximo Masters tem início já nesta semana.
Os times deverão se classificar para a segunda edição do Masters por meio da Etapa 2 do VALORANT Challengers Brasil (VCB). Os jogos acontecerão na arena Laugardalshöll, na cidade de Reykjavik, Islândia, com data prevista para os dias 24 e 30 de maio.
gtnziN revelou que a equipe vai em busca do segundo Masters, mas acredita que ficará mais difícil pois agora eles são a equipe a ser batida.
“Já tínhamos conversado isso antes, que teríamos pouquíssimo tempo para descansar, até mesmo para adaptar ao novo meta da Astra e tudo mais. Mas a gente vai jogar sim. Vai ser cansativo, vai doer, mas para ser o melhor time do mundo não tem outro jeito, é treinando, e já vamos dar o melhor nesta terça-feira”, argumentou o Player.
O jogador também comentou que o foco é a classificação para o Mundial, que poderá vir em vitória da próxima edição do Masters, que acontecerá na Islândia, em maio deste ano:
“A gente pensa na Islândia, sabemos que ganhar o segundo Master vai ser mais difícil que ganhar o primeiro, vai ter muito material nosso para ser estudado. A gente vai ir muito forte para esse segundo Masters aí”, finalizou gtnziN.
SOBRE A GAMELANDERS
O jogador Leandro “frz” Gomes, respondeu algumas questões sobre a preparação para a final contra a Gamelanders. Para ele, a quantidade de material para estudar a equipe foi peça chave no triunfo da Vikings:
“Eu continuo achando que eles são um time muito forte, mas eles se mostraram muito, acabou que alguns time começaram a perceber o jogo deles, então foi isso que a gente fez: percebemos o jeito que eles jogam e nos adaptamos ao jogo deles”.
Ainda acrescentou que apesar dos estudos, o foco foi o treinamento da equipe e acabou dando certo:
“Fizemos o nosso jogo, focamos mais no nosso que no deles, mas acredito que a Gamelanders sabe aproveitar o momento do jogo, quando o Mwzera começa a matar muito, vira uma bola de neve. Mas a gente sabe controlar isso e esse é o diferencial do nosso time” finalizou o jogador.