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Emocionadas, cosplayers relatam como foi viver os agentes no LCQ

Algumas das cosplayers presentes descreveram como foram os dois dias de evento

Apesar de não parecer, já faz quase um mês desde o término do Last Chance Qualifier da América Latina. Sendo o primeiro campeonato presencial e com público de VALORANT no Brasil, ele reuniu diversos torcedores do país (e até pessoas de outros cantos do continente), durante dois dias de pura competição no Ginásio do Ibirapuera. Com uma comunidade diversa, o VALORANT não somente abrange jogadores, como também fãs que se deixam levar pela sua criatividade, se transformando em seus agentes favoritos do jogo, os famosos cosplayers.

No LCQ, alguns dos agentes de VALORANT puderam ser vistos circulando pelo evento. Mas a interação não cessou apenas no olhar. Uma parcela dos momentos vividos no local puderam ser registradas por meio de fotos e vídeos, tornando ainda mais especial o encontro com o público, com a torcida, com os times e claro, com os agentes performados. Pensando nas pessoas que estavam presentes no LCQ, vestidas dos agentes do jogo, o VALORANT Zone bateu um papo com algumas cosplayers a respeito das impressões do evento e como é a vida de um cosplayer.

Cosplayers e LCQ

Primeiras impressões do evento

Sobre o encontro com a galera, a dubladora oficial da Sage, Thaís Durães, relatou o quão especial foi estar lá: “Cara, foi incrível. Foi muito emocionante assistir presencialmente. Eu nunca tinha ido assistir jogo de nada, só quando eu era pequena, tinha uma prima que jogava vôlei em Cuiabá, mas não era a mesma coisa. E eu nunca tinha entendido o porquê dessa emoção da galera, que sempre vai ver o jogo do time de futebol no estádio e eu ‘pô, é perigoso, por que esse povo faz isso?’ e caramba, eu achei muito empolgante. Deu pra entender tudo, agora toda vez que tiver presencial eu vou querer ver, a vibe lá dentro é muito legal”, comentou.

Já “Bela“, streamer e produtora de conteúdo digital, comentou como foi a experiência de fazer parte dessa história: “Eu acho que foi um momento muito importante porque você percebe que tá acompanhando o jogo desde o começo, desde o beta né, aí você vai evoluindo com ele, presenciando todas essas pequenas coisas que serão ainda maiores e pensar ‘nossa, eu estive lá na primeira vez de todas’ é muito bom, poder crescer junto com a comunidade, acompanhando tudo.

O sentimento não foi diferente para “prisca“, influenciadora da W7M: “Foi muito único principalmente por ter sido o primeiro evento que eu fui convidada a ir de cosplay. Além disso, conheci as pessoas do cenário, fiz laços com pessoas que eu já tinha uma amizade virtualmente e pude conhecer pessoalmente, foi muito bom“, pontuou a influencer.

Foto: Reprodução/Twitter/belamelara

Além do mais, Tha Durães destacou a competência da Riot Games em seu primeiro evento presencial do FPS. “A Riot tava brilhando, eles fizeram tudo extremamente organizado, tava a equipe toda sabendo de tudo, pra qualquer um que você pedia informação, todo mundo tinha, o que você precisasse tinha lá dentro. Foi tudo muito limpo, tudo bem feito, os timings pra tudo acontecer também foi bem legal.

O caloroso acolhimento dos jogadores

Eu nem imaginava que o povo ia querer tirar foto comigo, aquele tanto de gente (risos). Eu achei muito engraçado que no momento que eu tirava a faixa e desfazia a trança do cabelo o pessoal falava ‘nossa, você estava vestida de Skye né?’ e a roupa completa ali ainda. Mas eu fiquei surpresa, achei que eu ia passar um pouco mais despercebida, não esperava tanta gente vindo falar comigo, eu adorei“, comentou Bela a respeito da recepção do público ao seu cosplay.

Já prisca friza a interação com o público: “Essa é uma das partes mais legais de fazer cosplay. É muito bom poder encarnar os personagens e poder me tornar eles por um dia. Interagir com as pessoas é sempre muito divertido“.

Por outro lado, Tha comentou que já está acostumada com os jogadores tratarem ela como a Sage, por fazer parte de seu cotidiano. “Isso eu confesso que já estou acostumada. As poucas vezes que me chamaram primeiramente de Thaís lá, eu achei estranho. Pouco tempo depois que eu comecei a fazer live, todo mundo passou a me chamar de Sage, então é normal, quando me chamam de Thaís eu não sei se eu olho, não sei se é comigo, tem outras ‘Thaíses’ (risos). Então quando falavam ‘oh Sage!’ eu olhava e nem sabia se era comigo, mas já imaginava que fosse“, pontuou.

Além do mais, a dubladora relatou que muitas pessoas já a reconheciam logo de cara no evento: “Eu já estava ali de Sage, o que fazia com que o pessoal me olhasse. Muita gente me reconheceu por já me acompanhar nas lives ou nas redes sociais e acabaram comentando sobre isso do tipo ‘ah, eu te vejo no Tik Tok, no Instagram’ e tal. Mas tinha gente que quando vinha alguém tirar foto comigo, a pessoa ficava olhando e eu percebia que a pessoa tava olhando e aí quando alguém pedia pra eu falar alguma coisa e eu falava, o olho da pessoa arregalava e ela vinha falar comigo também. Então tinham algumas pessoas que iam caindo a ficha depois. E teve a entrevista com o Melão também, então quem não tava sabendo, ali ficou sabendo (risos)“.

“Caloroso” de maneira diferente

Por se tratar de um evento presencial repleto de jogadores imersos no universo de VALORANT, não faltou interação com a galera, seja por foto ou vídeo. Sabendo que o FPS possui uma comunidade diversa e bastante criativa, já podemos esperar pedidos inusitados vindos do público. Dessa forma, as cosplayers citaram alguns dos que mais chamaram atenção:

Nos eventos as pessoas sempre pedem para interagir fazendo pixel. Nesse teve uns que pediram pra eu estreifar a parede, imitar a agente meio robótica, como se estivesse no jogo mesmo, agachar em cima do corpo, todos muito divertidos“, contou prisca.

Já Tha, saiu do evento com diversos causos da interação com os jogadores: “O mais inusitado foi quando um rapaz pediu pra eu ‘ressar’ ele, só que na hora eu estava conversando e ele chegou pra mim falando ‘se eu cair no chão você me ressa?’ [o rapaz estava falando de maneira afobada] e eu tipo ‘o que?!’, eu não tava esperando, ai ele ‘se eu cair no chão, você me ressa?’ então eu respondi ‘tá bom, eu te resso, vamo lá!’ e pra mim foi o mais inusitado porque ninguém tinha pedido pra fazer isso. E gravamos um vídeo na hora, foi super divertido, eu até postei. Mas tiveram vários assim que eu percebia que as pessoas me reconheciam porque eu estava andando e do nada eu ouvia alguém gritando no meio da galera ‘PRECISO DE CU’ e eu gritava respondendo: ‘AQUI!’ e esses casos foram divertidos também.

Em contrapartida, Bela não recebeu demandas tão mirabolantes assim: “Comigo não teve nada fora do normal, mas eu gostei de um grupo de amigos que pediu pra tirar uma foto como se eu tivesse cegando eles, aí eu fiz uma pose e eles cobriam os olhos para a foto.”

Entre personagens e personalidade

Os primeiros passos no mundo da performance

A fim de demonstrar como se surgiu o interesse em se transformar em um personagem fictício, Tha pontuou que suas influências são desde criança: “Na época, a gente não chamava de cosplay. Eu faço teatro desde os dez anos de idade e, por conta disso, volta e meia a gente [Thaís e amigos] pegava as roupas do teatro e incrementava, como por exemplo a gente foi assistir Harry Potter de bruxo, levamos até vassoura uma vez. Então se tinha algum evento específico a gente inventava de ir caracterizado“.

Por sua semelhança com a agente do FPS, o interesse da dubladora desperou para dar vida (além de efetivamente ter dado voz) à personagem. “Quando começou a ter um pouquinho mais de hype na live o pessoal começou a falar ‘nossa, você é a cara da Sage, você tinha que se vestir que nem ela’ eu falei ‘ah velho, eu vou ter que fazer esse aqui, não tem como eu não fazer’ e aí minha tia que fez aquele kimono, foi tudo improvisado, só agora que eu arranjei uma cosmaker. Então eu sempre inventava alguma coisa. E meu interesse em fazer cosplay mais profissional surgiu depois dos personagens que dublei, principalmente a Katarina Alves, que é uma personagem que o pessoal pede há muito tempo, até tem muita gente que acha que ela foi inspirada em mim, mas na verdade não, eu acho que eu fui escolhida porque eu pareço realmente com ela“, adicionou a atriz.

Foto: Reprodução/Instagram/duraestha

Da mesma forma, prisca sempre esteve em contato com a arte, e diz que sua relação com os cosplays começou na pandemia: “Eu faço cosplay há menos de um ano, então não tem muito tempo assim. Eu sempre fui uma pessoa muito artística, sempre me expressei em diversos tipos de arte, eu canto e gosto de atuar, por exemplo. Durante a pandemia, eu senti que eu não estava podendo me expressar artisticamente. Então eu comecei a jogar VALORANT, olhei a Jett e fiquei ‘essa personagem é linda! Eu preciso me tornar ela, me expressar e virar ela’, ai eu resolvi que ia começar a fazer cosplay.”

Além do mais, a influenciadora está envolvida desde o processo inicial da produção de uma roupa. “Eu que crio meus cosplays, eles são feitos a mão, aprendi a costurar com minha avó e minha tia e a roupa da Jett foi a primeira que eu fiz, a mesma que usei no LCQ. Acabou que foi muito divertido aprender uma coisa nova na pandemia, que por fim se tornou uma das minhas paixões e hoje em dia eu faço faculdade de design de moda, eu gosto muito mesmo.

Essa incrível arte de performar personagens é muito abrangente. Isso porque não é necessário que a pessoa que tem o interesse em fazer cosplay saiba necessariamente como fazer a mão todas as etapas. Assim foi no caso de Bela, que decidiu fazer um cosplay por pura diversão: “Eu nunca tinha feito, foi o meu primeiro cosplay. Eu tinha vestido ele apenas uma vez em casa para uma live e pra gravar alguns conteúdos. Meu interesse surgiu quando a Skye apareceu, eu achei ela bonita, gostei do cabelo dela que é da mesma cor que o meu, foi um dos motivos para eu querer me tornar ela. Aí eu comecei a jogar com ela, me apeguei nas falas e veio um dia na minha cabeça ‘ah, vou fazer um cosplay’, só pra dar uma brincada mesmo. Como não tenho tanta habilidade manual, eu encomendei a roupa“, finalizou a streamer.

Do personagem ao cosplay: a trajetória da arte de se transformar

Como dito anteriormente, prisca se envolve em todas as etapas do processo de produção de seus cosplays. Ainda sim, a influenciadora ressalta que o cosplay não é apenas uma roupa: “O cosplay é muito mais do que fazer ou vestir a roupa. É todo o processo de escolher o personagem, ter um laço com o personagem, pra você conseguir interpretar ele. Então eu sempre escolho um personagem que eu gosto muito, que eu já conheça o universo dele e aí eu planejo como vou fazê-lo. Isso envolve comprar os materiais, o processo da costura, que geralmente demora um pouquinho por conta dos moldes que eu tenho que fazer do zero. Depois de costurar as roupas, eu faço os adereços como a arma da Jinx, uma Vandal, as adagas da Jett e a granadinha da Killjoy (que são impressões 3D). Por fim, quando tá tudo pronto, eu visto a roupa e gosto de gravar vídeos, interpretando os personagens, como numa série de vídeos que faço respondendo as perguntas da comunidade como se eu fosse o personagem“. A influencer já realizou diversos cosplays desde que começou a se interessar por essa arte. Personagens como Jinx, Winry Rockbell, Eren, Mikasa, Misa Amane, Kakashi, dentre muitos outros já passaram por sua pele.

Foto: Reprodução/Instagram/woahprisca

Como citado anteriormente, no universo de cosplays, há espaço para todo tipo de gente, até pessoas que não possuem habilidades para estarem envolvidas em todas as fases da produção, assim como Thaís, que busca melhorar sua caracterização: “Do que eu fiz até agora foi a Sage, então eu procurei várias imagens que dessem pra ver de vários ângulos e quando fui falar com minha tia – e agora com a cosmaker- eu fui pontuando as especificidades. Mas tem muita coisa que eu tô aprendendo agora tipo o cuidado com a peruca, questões do tecido, por exemplo esse que eu tô agora é um pouco duro, o que dificulta na movimentação, então são coisas que eu já apontei os detalhes para melhorar no próximo“. A atriz também comentou sobre não apenas vestir o cosplay, mas performar: “Eu acho isso muito legal, porque alia duas ‘Thaíses’, a Thaís gamer, que gosta do mundo dos games e tá ali no meio da comunidade, mas também a Thaís atriz que eu sinto falta, de atuar, estar no palco do teatro“, observou Thaís.

O que aguardar no futuro?

Sobre trazer novamente o cosplay de Skye, Bela se encontra animada e pretende elevar o nível de sua produção: “Eu gostei bastante de fazer e to indo atrás de aprimorar esse cosplay, então acho que vocês vão me encontrar mais vezes de Skye. E acho que não pretendo fazer de outro agente não, pelo menos por enquanto. Lá no LCQ eu me empolguei e já encomendei também um falcão e uma Judge pra fazer homenagem ao Otsuka, então vem aí“, comentou.

Já a atriz, pensa em expandir seu repertório, trazendo novidades em breve. “Teve gente me pedindo até pra fazer de outros agentes, o que eu acharia bem divertido. Eu quero estar com o cosplay da Sage completo e certinho primeiro e de repente fazer de outros. Seria interessante até fazer de agentes masculinos, que eu quase não vi. Imagina uma Sage com skin de Brimstone, seria divertido. Como a galera sempre vota pra eu ir de Sage, provavelmente eu vou continuar indo com o cosplay ou com alguma coisa que faça referência a ela“, pontuou. Além do mais, a dubladora afirma que pretende trazer personagens novos às suas produções: “Tem o da Katarina que eu to querendo fazer e de alguns outros que eu não posso dizer o que é, mas que tá esperando lançar pra efetivar, mas já to com projetinhos“.

A influencer vê dificuldades no seu caminho a frente, mas é algo que não a desmotiva e sim a anima para aprimorar suas habilidades: “Tiveram muitos pedidos pra trazer a Viper, então eu pretendo trazer ela e talvez a Neon também. Mas eu não sei ainda, porque honestamente é muito difícil fazer as roupas delas, então eu tenho que elevar um pouco mais meu nível de costura pra conseguir fazer. Mas acho que vou trazer elas sim“, disse prisca.

Por fim, a dubladora quis deixar uma mensagem de carinho aos fãs e jogadores do FPS: “Queria mandar um beijo pra todo mundo, a galera é muito bacana, essa comunidade é incrível – tirando os tóxicos né – e eu acho muito bacana a interação que o pessoal tem nas redes sociais e o quanto o pessoal se empenha pra participar. Isso é muito bacana e acho que dá pra gente construir ainda muito mais. E não se esqueçam que somos tanto espada quanto escudo [voz da Sage]”.

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