Especial

“É um dos marcos da história da LOUD”, comenta PlayHard sobre título do VCB 2022

CEO comentou sobre decisão de investir no VALORANT ao invés do CS:GO

Cofundador e CEO da LOUD, Bruno “Playhard” Bittencourt se consagrou como um dos maiores youtubers do Brasil. Junto de Jean “Gods” Ortega, fundou a organização em 2019. No início de 2022, o clube anunciou a entrada no VALORANT com “pANcada e amigos“. Em conversa com VALORANT Zone, PlayHard falou sobre a expectativa do time,o segundo que representará a LOUD fora do Brasil, sistema de franquias e o investimento no VALORANT ao invés do CS:GO.

Título e torcida

Recém campeões da 1ª etapa do VALORANT Challengers Brasil 2022 (VCB), a LOUD foi campeã invicta. Venceu os 14 jogos que disputou na Fase de Grupos e Playoffs. PlayHard falou sobre mais um time representar a LOUD em um torneio internacional.

“Eu acho que é resultado do trabalho dos meninos desde a chegada do cenário, a gente dá um suporte, fornecemos uma estrutura legal e é um passo além pra gente, que começou com jogos mobile, começou no Free Fire. Poder ter um time representando em um jogo de PC, um título competitivo do VALORANT que é um FPS, que sabemos que é super disputado e ter um time que conseguiu se destacar tanto, que além de ganhar, ganhou com facilidade, sem perder nenhum mapa pra gente é muito significante. Eu acho que é um dos marcos da história da LOUD, que aconteceu hoje.”

“Sabíamos que eles eram muito bons, mas eu não imagina que ia dar tão certo assim no campeonato. A gente sabia que ia ter jogos fáceis, jogos difíceis só que eles se superaram. Porque é muito difícil pra um time na hora que ele chega sendo favorito tem uma pressão muito grande como a torcida da LOUD, que cobra muito e é muita gente. Isso poderia prejudicar um pouco a gameplay deles, eu acho que prejudicou talvez em alguns momentos iniciais do campeonato, mas não acho que foi nenhum fator que realmente ia ser decisivo em fazer eles perderem. Acho que apesar de ter sido um novo momento pra eles, eles tiveram que se desafiar mesmo sendo bons jogadores. Agora é mostrar isso lá fora e nas próximas competições aqui do Brasil.”

Com uma torcida apaixonada, os fãs também abraçaram os novos jogadores e comissão técnica que chegaram com a entrada no VALORANT. Contudo, Playhard revelou que não foi fácil alavancar o projeto para uma nova modalidade, assim como foi na entrada do League of Legends.

Bruno Playhard com o troféu. Foto: Bruno Medeiros/LOUD

“Foi muito complicado pra gente no início porque no começo da LOUD, tinha um certo receio, tinha um preconceito de outros cenários dos games que olhavam o que a gente fazia e meio que não entendia a parte do conteúdo, não entendia o fato de ser jogos mobile, mas de pouco em pouco a gente conseguiu mostrar que a gente queria fazer um trabalho sério, não estávamos de brincadeira, tentamos inovar, sempre ser diferente mesmo entrando em um cenário que não era nosso como foi no League of Legends. A gente conseguiu fazer esse cenário se transformar também como parte da nossa comunidade levando nosso estilo e sendo quem somos de verdade”.

“No VALORANT, eu acho que isso está muito claro, a gente conseguiu entregar pra própria comunidade do jogo que nem conhecia a LOUD, um time muito bom, que muita gente começou a torcer e começou realmente a representar um pouco do que é o cenário brasileiro.”

No domingo (27), a LOUD realizou um segundo encontro com os fãs para reunir os torcedores para assistir a grande final do VCB, no qual a equipe bateu os Ninjas in Pyjamas por 3 a 0. De acordo com PH, os eventos acontecerão mais vezes e foi uma maneira de como a organização encontrou para retribuir o apoio da torcida.

“A gente está fazendo esses eventos pra assistir junto com o pessoal é uma coisa que a gente já vem experimentando do jeito que dava durante a pandemia, que dificultou bastante. Agora nessa “saída” (da pandemia), a gente consegue ver que é um jeito meio que de retribuir pra comunidade um pouco. Porque eu não acho que isso na prática faça a gente crescer o número de torcedores mais do que a gente já consegue conquistar pelo digital hoje, que são números bem expressivos, mas conseguimos manter o contato direto e ter uma experiência pra pessoa também não achar que é só mais um no meio de milhões, não, faz parte da nossa galera. A gente quer estar junto e a ideia é que daqui pra frente a gente faça cada vez mais esse tipo de encontro pra assistir os jogos da LOUD.”

Riot e CS:GO

Antes de anunciar a entrada oficial no competitivo de VALORANT, a LOUD chegou a ser citada como um dos times interessados em assinar com o elenco do “Last Dance” no CS:GO, composto por Gabriel “FalleN” Toledo, Fernando “fer” Alvarenga, Lincoln “fnx” Lau, Ricardo “boltz” Prass e Vinicius “VINI” Figueiredo. Porém, o quinteto fechou com a Imperial e a organização optou por investir no FPS da Riot.

“A gente chegou a estudar o CS e aí a gente percebeu que talvez era aquela coisa de um passo maior do que a perna. A gente acha que talvez uma transição com o time de VALORANT querendo ou não tem um custo pra organização muito menor, vimos como uma possibilidade de chegar no cenário que estava em ascensão, não em um cenário super consolidado igual é o do CS. Então ser um dos principais players em um cenário ainda pequeno era melhor do que ser um player pequeno em um cenário muito grande, ainda tendo vários riscos operacionais de fazer um projeto de CS que é bem complicado pra organizações do Brasil.

Acho que foi a decisão certa, ainda mais depois de ver o time que botamos de pé, fazer acontecer e agora o Counter-Strike fica pra um futuro. Quem sabe um dia, eu tenho muita vontade, a gente adora CS, sabemos que é um dos maiores esports do mundo, a comunidade brasileira é muito apaixonada e é questão talvez de tempo. Vamos ver se conseguimos fazer acontecer no futuro.”

Bruno Medeiros/LOUD

Em relação ao quinteto do Last Dance em si, Bruno Playhard comentou que a LOUD chegou a conversar com vários times de CS:GO, mas fatores importantes pesaram para a organização investir primeiro no VALORANT.

“Tivemos conversas com vários times, conseguimos prospectar alguns jogadores, na hora de fazer análise realmente do projeto se ia viabilizar ou não, foi meio que no mesmo tempo que estávamos estudando o VALORANT. Mas aí a gente talvez conseguia abraçar uma das oportunidades e para nós era o menor risco o VALORANT, ainda coincidiu de ter um time que era quase que o nosso sonho em poder assinar dentro desse cenário. Então quando conseguimos montar o projeto e colocar de pé, foi uma decisão bem clara pra gente.”

Da mesma desenvolvedora, a Riot Games mudou o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL) para um sistema de franquias. No total, a liga conta com dez times parceiros. Questionado caso o VALORANT Challengers tome o mesmo rumo, PH comentou que a organização confia no trabalho da Riot.

“A gente trabalha muito próximo da Riot desde antes mesmo de chegar o competitivo do VALORANT, a gente já tinha um contato pela franquia do LOL e confiamos bastante no jeito que a empresa gere esports no Brasil, pra mim é a melhor liga, melhor empresa que sabe operar esports no país hoje. Eu espero muito que eles usem essa expertise e essa capacidade deles de estrutura pra abraçar também o VALORANT. Eu tenho certeza que eles estão gostando desse período, eu acho que só tem a crescer e espero que eles façam um projeto ótimo. Estamos ansiosos e vamos participar com certeza.”

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