Do hate ao VALORANT: Conheça a história de CREMOSA

Conhecida pelas lives na Twitch e também pela criação de conteúdo de VALORANT nas redes sociais, Caroline “CREMOSA” Domingas também ficou conhecida por já ter sido acusada sem provas de usar hack no Counter-Strike: Global Offensive. Nós do VALORANT Zone entrevistamos a criadora de conteúdo para entender mais sobre a sua história, planos futuros e também como foi para ela lidar com todo o hate sofrido na época.

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Início

O primeiro contato de CREMOSA com jogos de fps foi quando ela conheceu a sua noiva. “Enquanto eu só jogava DOTA2, ela só jogava CS:GO. Foi aí que ela me arrastou para o game e eu aprendi do zero.”

Depois de algum tempo jogando apenas por diversão, Caroline também começou a se desafiar na criação de conteúdo. A rotina de lives na Twitch foi o início de sua jornada nas plataformas digitais. Com quase 100 mil inscritos na Twitch, a criadora de conteúdo também atinge, atualmente, um pouco mais de 44 mil inscritos no Youtube. Já no Tik Tok e Instagram são aproximadamente 80 mil seguidores.

FalleN e a acusação de cheater

Em 2019, CREMOSA foi parar em um dos vídeos do jogador profissional de CS:GO Gabriel “FalleN” Toledo. A série denominada “VERDADEIRO ou CHEAT”, é um conteúdo em que o atleta analisa jogadas da comunidade e denuncia através do sistema da Valve se aquele player é legítimo ou cheater.

O vídeo onde ele analisa as jogadas da streamer possui mais de 2 milhões de visualizações. Durante a análise, FalleN buscou clipes em que a jogadora dava alguns tiros “mentirosos” na percepção de outras pessoas.

Antes de fazer qualquer análise oficial das jogadas de CREMOSA, FalleN já tinha comentado sobre ela em uma de suas lives na Twitch, afirmando em tom de brincadeira: “Em minha opinião, a CREMOSA está sim cheatada. E o que ela têm dava para ganhar Major.”

Sobre a publicação do vídeo “VERDADEIRO ou CHEAT”, Caroline diz: “Quando ele fez um vídeo só sobre mim no canal dele eu fiquei feliz, mas ao mesmo tempo triste. Antes disso, ele tinha entrado na onda dos caras que estavam surfando no hype, fazendo piada me chamando de cheater. Nunca vou esquecer daquelas palavras porque ferrou toda a minha cabeça. Imagina teu ídolo falando umas coisas absurdas sobre ti, uma pessoa que tu sempre admirou.“

A criadora de conteúdo comenta que FalleN sempre foi e é até hoje uma inspiração para ela independente de tudo o que aconteceu. “Ele é uma inspiração, principalmente porque ele joga de AWP e eu sempre joguei muito bem de AWP. Mesmo sendo level baixo, sempre dei balas mentirosas. Inclusive, faço isso até hoje no VALORANT.” brinca a streamer.

No final do vídeo, postado há 4 anos atrás, o atual jogador da FÚRIA se retratou e disse: “No primeiro momento, eu achei sim que ela pudesse estar cheatada, mas como nunca foi detectado nada, talvez eu possa estar sendo um pouco injusto de estar falando sobre ela. Eu recomendo que a gente dê um voto de confiança.” Ele ainda completou dizendo que existem indícios que podem significar sim o uso de algum programa, mas que também podem existir alguns momentos de sorte.

Repercussão

Além do AWPer, outros criadores de conteúdo também comentaram sobre algumas jogadas de Caroline. Como é o caso de Alexandre “Gaules” Borba, que em 2019 em uma transmissão em seu canal na Twitch, afirmou que ela estava usando triggerbot. Mecanismo que ajuda a conseguir vantagens indevidas através da mira. O clipe com a fala de Gaules foi postado no Youtube há 4 anos atrás. O vídeo possui mais de 230 mil visualizações.

No mesmo ano, o youtuber Murilo “RT” também produziu um vídeo para o seu canal “afirmando” o uso de cheat por parte de Caroline. O vídeo intitulado “PROVANDO que a CREMOSA é CHEATER” possui mais de 600 mil visualizações. Nos comentários algumas pessoas da comunidade apoiaram o conteúdo de Murilo e disseram que ele estava fazendo o certo.

“Muitas pessoas chegam e falam ”Ah Cremosa, toda aquela treta te ajudou a hypar né?” Antes disso eu já estava crescendo muito, tanto é que quando comecei a sair nos clipes do Youtube, virei um alvo pra todo esse hate. Então não, isso não me ajudou em nada, só me atrapalhou porque eu era super feliz fazendo as lives e tiraram isso de mim.”

Mesmo com um alto índice de denúncias, nunca foi detectado nenhum tipo de cheat na conta de CREMOSA. Nenhuma punição foi feita pela Gamers Club ou pela própria Valve.

Renascimento

Após um período conturbado no cenário de CS:GO, a streamer decidiu que não adiantava mais insistir em uma comunidade que não fazia bem para ela e resolveu migrar para o VALORANT. “Migrei depois de 1 ano do lançamento. Não fazia sentido eu insistir em um jogo que a comunidade fazia mal pra mim. Em relação às lives, foi um recomeço. Meus viewers eram do CS:GO e para eu alavancar o meu canal novamente, comecei a postar os vídeos no Tik Tok.“

Apesar de sentir diferença entre as duas comunidades, Caroline afirma que no CS:GO existe mais machismo do que no cenário de VALORANT. Segundo ela, o fato de ter mais meninas em partidas rankeadas é o que ajuda na inclusão.

Ao ser perguntada sobre os seus planos futuros, CREMOSA diz: “Meu desejo é crescer no cenário, na Twitch com as lives e nos canais de dicas. Quero ser uma referência na comunidade de VALORANT. Pretendo me mudar para São Paulo para estar presente em todos os eventos.” A streamer também possui o desejo de conseguir viver totalmente da criação de conteúdo e se diz feliz com a comunidade que construiu.