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Especial

daiki revela melhor momento no mundial e planos da Liquid para o cenário misto

Jogadora afirmou que a prioridade para 2023 será o cenário misto

A Team Liquid encerrou o ano no topo do mundo, a equipe ficou em 3º lugar no Game Changers Championship 2022 e se consagrou o melhor time feminino no Brasil. Em entrevista ao VALORANT Zone, Natália “daiki” Vilela falou sobre o mundial, dificuldades que enfrentaram em Berlim, responsabilidades e mais.

Experiência no mundial

A cavalaria se consagrou como a 3ª melhor equipe do mundo, atrás apenas da G2 Gozen e Shopify Rebellion. A capitã abriu o coração ao revelar qual foi o melhor momento no mundial para si, e curiosamente, foi fora dos servidores.

“Quando fomos jogar o último jogo contra a Shopify, tivemos um momento bem único, estávamos na red room e começamos a falar o que cada uma estava sentindo, o que cada uma esperava do jogo, realmente se abrir, sabe? Eu acho que naquele momento eu me senti muito leve e acho que foi por causa disso que não me senti tão mal quando a gente perdeu, porque eu falei tudo o que tinha pra falar, joguei tudo o que tinha pra jogar, sei que todo mundo estava na mesma página e simplesmente só não deu. Eu estava bem tranquila, acho que esse momento foi bem importante pra eu não desabar quando eu perdi.”

Michal Konkol/Riot Games

O Game Changers Championship foi o primeiro mundial e campeonato internacional na cena feminina do VALORANT. Porém, foi bem menor comparado aos torneios do misto. Com apenas oito times na disputa e cinco dias de competição, o campeonato foi corrido para as jogadoras. Daiki revelou a maior dificuldade que enfrentou durante a competição.

Pra mim o maior problema foi que a gente não conseguiu treinar durante os jogos mesmo indo pela chave superior, a gente teve que jogar todos os dias. Enquanto o outro time que (também) veio pela upper teve dois dias de folga, eles puderam treinar. Mesmo vindo pela upper a gente não conseguiu scrimar (treinar), validar e rever o que tínhamos feito no dia anterior.”

Durante a campanha no mundial, a Liquid enfrentou três times diferentes: FENNEL Hotelava, G2 Gozen e Shopify Rebellion. Questionada sobre o estilo de jogo de cada equipe, a capitã apontou que o problema foi enfrentar as norte-americanas.

“Elas (Shopify) tinham um estilo de jogo muito diferente. A FENNEL foi um pouco estranho, mas só na Icebox que elas estavam com uma composição estranha, mas eu acho que a gente deveria ter previsto o que iria acontecer. Mas a Shopify era um time que jogava muito bem, contra a G2 a gente já tinha treinado bastante contra times europeus, então já estávamos meio ligadas como iriam funcionar.”

Além de marcar o primeiro mundial, o Championship reuniu as melhores equipes do mundo fora do servidor. Com muito carisma e carinho, os times puderam se conhecer longe da competição, importante para manter o cenário unido. A atleta de 18 anos revelou como foi conhecer as jogadoras de verdade, não apenas enfrentá-las na competição.

“Foi muito bom, foi um prazer enorme conhecer todas as meninas da FENNEL, conversei um pouco com uma das meninas da X10 também, ela é um amor e dá pra ver o quanto as meninas estavam felizes de estarem ali. Eu imagino como deve ser pra elas, elas são querendo ou não de uma região que não tem tanto palco, que nem por exemplo o Brasil ou EMEA. Dava para ver o quanto elas estavam gratas de estarem ali e aquilo foi muito lindo de se ver, eu estava muito feliz com todas elas.

Michal Konkol/Riot Games

Ano de 2023 e apoio da família

A temporada competitiva de 2022 acabou para a Team Liquid. A equipe que foi dominante no cenário feminino e conquistou o bicampeonato do Game Changers Brasil, terá outras prioridades para o ano que vem.

“A gente tem muito em mente que esse ano não vai ser só falado, vamos realmente querer entrar de cabeça no cenário misto. Infelizmente, a gente perdeu as datas do VCT que rolou agora, mas os próximos campeonatos vão ser prioridade máxima no cenário misto e infelizmente o cenário feminino vai ter que ser deixado um pouco em segundo plano pra gente conseguir fazer tudo o que queremos no misto.”

Durante a CCXP e no Last Chance Qualifier América do Sul, que teve as finais no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo, daiki estava acompanhada da mãe, que viu de perto a representatividade da jogadora de 18 anos. A capitã revelou como tem sido essa reviravolta para a família com todo o reconhecimento que a atleta conquistou.

“Pra falar a verdade, ela fica muito bobinha (de felicidade), inclusive fiz questão dela vir pra cá pra saber como é o evento, eu nunca tinha vindo em uma Comic Con, então pra mim está sendo uma experiência muito boa e imagino que pra ela também, mas ela fica muito feliz porque teve um dia que ela me falou que muitas pessoas vão até ela e falam: “parabéns pela filha que você tem, por ter criado ela assim”. Então, eu acho que isso dá uma paz dentro dela de saber que ela fez um trabalho muito certo como mãe.”

Prêmios e inspiração para jogadoras

Em 2021, com 17 anos, daiki levou duas estatuetas do Prêmio eSports Brasil para casa. Vencedora nas categorias de Atleta Revelação Feminina e Melhor Atleta Feminina, a capitã concorre novamente ao de melhor atleta feminina, mas junto de uma grande jogadora e companheira de time, Paula “bstrdd” Baguil. Sobre as conquistas, daiki não escondeu a felicidade de ter sido finalista novamente.

“Pra mim estar ali de novo mostra que dedicação e esforço vão fazer você aparecer uma hora ou outra. Esse ano eu me dediquei muito, consegui fazer muitas coisas e aprender muitas coisas novas, eu estou muito feliz de estar ali (concorrendo) de novo porque mostra que meu trabalho foi reconhecido mais uma vez. Estou feliz e mostrando pras outras meninas que sim, é possível, não foi sorte por exemplo de estar uma vez, eu fiz o meu trabalho duro e eu voltei mais uma vez pra concorrer esse prêmio.”

Dayane Cruz/Riot Games

O VALORANT deu esperança e mais uma possibilidade para vários que sonham com uma carreira nos esports. Sobre ser uma inspiração para as meninas e o peso dessa responsabilidade, daiki afirmou que não vê pressão em ser um ícone para os jovens talentos.

“Eu não sei, eu sinto essa responsabilidade às vezes, mas eu me sinto muito leve só fazendo o meu e mostrando pras pessoas o que eu quero fazer, o que eu quero me tornar. Fico muito feliz de muitas pessoas se identificarem comigo porque mostra que eu estou no caminho certo e não sou a única.”

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