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CS:GO ou VALORANT: A opinião de especialistas sobre entre os FPS

Todos os convidados possuem opiniões consistentes sobre ambos os jogos

Reunindo as participações especiais de Jean “mch” Michel D’Oliveira no Spike Site #1, Guilherme “spacca” Spacca no Spike Site #2 e Josiane “josi” Santos e Bruno “Rolandinho” Marchese no OVERTIME #18 da DRAFT5, o VALORANT Zone montou esse especial com opiniões de ambos os lados, ressaltando as diferenças no jogo e competitivo de VALORANT e Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO).

spacca falou muito sobre o começo de CS:GO e VALORANT, ressaltando o difícil caminho que o FPS da Valve enfrentou por conta de o estilo mais realista, além dos diversos problemas de desenvolvimento que não não foram presentes no VALORANT, que ajudou a manter mais o público.

“Acho que são coisas diferentes, na minha opinião, sobre o início de CS:GO e início de VALORANT. O CS:GO, o início dele, foi originalmente criado para jogar em console, era um jogo para console – obviamente tinha para PC – mas o foco da Valve no momento era o console“.

De acordo com o comentarista, “a grande decepção que a galera teve com o CS:GO no início foi que o filme, o cinematic do CS:GO, passado em algum grande evento para o lançamento do jogo era muito distante uma coisa da outra. O FPS não era bom, não era nada otimizado, travava demais, a movimentação dos jogadores era muito travada“.

Por conta disso, na opinião de spacca, o início dos dois jogos “foi diferente porque o CS:GO foi o primeiro da nova geração do CS, teve o Source, mas o CS:GO foi o início, então muitos bugs que tinham a galera não acreditava que ia durar muito tempo – e a gente sabe que o descaso da Valve é irritante, quantas vezes a gente viu uma demora para correção de bugs.”

“Mas no VALORANT, sendo bem sincero, eu não senti que os bugs do jogo interferiram ao ponto do cara falar assim: ‘não gostei desse jogo, não quero jogar’. Acho que no CS:GO foi um pouco diferente, quando foi lançado em 2012 e muitos jogadores testaram na primeira semana ou primeiro mês e falaram ‘não vou jogar, não quero jogar’. Tinha uma nostalgia muito forte do CS 1.6, isso que tem que ser lembrado, pois o CS:GO veio de um CS que tinha enraizado no coração dos jogadores muito forte, enquanto o VALORANT era um novo estilo de jogo”, apontou

UM JOGO MAIS AMIGÁVEL PARA INICIANTES

Uma outra característica mencionada por spacca, Josi e Rolandinho foi que o shooter da Riot Games realmente é mais amigável para iniciantes, além de ser muito mais chamativo.

“Os poderzinhos são diferenciados, é tipo um Overwatch com CS e tudo misturado. Eu achei interessante isso, mas algo que pra mim tem que ser igual ao CS é que tem que trocar tiro e não poderzinho. Acho que por esse fator eu não curto tanto o jogo igual eu curto CS, não que isso seja algo ruim”, comenta Josi sobre o que achou de VALORANT.

Roladinho disse como a sua primeira impressão com o jogo quebrou muito da ideia que tinha antes de jogar. “Quando eu abri o VALORANT pela primeira vez eu fiquei feliz. Porque eu entendi já, é smoke, é flash, é granada e aí tem uma ult ou outra, eu achei que eles iam pegar e só deixar lúdico e a dinâmica da partida vai ser parecida, foi essa a primeira impressão que eu tive quando eu comecei a jogar.”

O influenciador completou dizendo que “jogando um pouco mais, eu sinto principalmente uma diferença muito grande com as quantidades das coisas. Tirando os poderes que são muito diferentes e que mudam tudo, pela quantidade de coisas, eu sinto que o jogo ele perde um pouco. Acho o CS mais frenético porque ele fica no detalhe, é um strafe rapidinho, o timing da faca voltando pra pistola, e isso traz uma adrenalina no jogo que é absurda. E o VALORANT, por ter muito aparato em volta, ele acaba sendo um jogo mais lento, o que é uma coisa quase contra intuitiva porque parece que por ter mais skill fica um jogo mais rápido”.

Já spacca comenta como o jogo ser bem mais amigável e como isso ajudou a sustentar o início do cenário competitivo, além do público para o game.

“Eu costumo dizer que o VALORANT é family-friendly, é um jogo onde é muita cor, muita magia e muito poder acontecendo. Visualmente falando, ele chama muito mais atenção que o CS:GO que é muito mais realista. Acho que a Riot foi extremamente inteligente nesse ponto do jogo. Uma das coisas que o CS mais sofreu em todos os seus anos de cenário profissional foi a falta de patrocinadores, por conta de ter muitos elementos que grandes marcas não querem se atrelar, eu acho uma grande besteira mas é totalmente entendível no ponto de vista do mercado. Eu falo que jogadores de CS tem uma facilidade com VALORANT, porque o CS ele bate muito em você pra você aprender a jogar. O VALORANT tem tutorial, o Brimstone falando lá, e todos esses elementos fazem o VALORANT ser um jogo extremamente atrativo.”

COMUNIDADE E CUIDADOS COM O JOGO

mch comentou como o VALORANT se tornou um ponto comum entre as comunidades de FPS em um âmbito geral, se tornando até um ponto de encontro de jogadores de títulos diferentes.

“Uma coisa legal do VALORANT é que ele não é refém da rapaziada sair do CS, porque acho que o VALORANT acabou sendo o ponto de encontro de todos os FPS, que não são CS ou Rainbow Six, e isso já cria uma comunidade base e vai meio que criando uma coisa nova.”

Além disso, outro ponto muito ressaltado são os cuidados da Riot para o jogo. Com mudanças que possuem tanto aspectos positivos quanto negativos.

“A Riot realmente cuida do jogo, presta atenção nos feedbacks e está sempre atenta nas coisas. Obviamente tem bug, tem coisa pra ser arrumada e isso é normal, todo jogo que é lançado tem muito disso, ainda mais um jogo que é pautado pelo cenário competitivo. Então se tem bug, tem que parar campeonato, desabilitar agente ou skin que não pode ser usada. Mas acho que isso é muito pequeno perto do que o VALORANT é ou perto do que pode ser, pois acho que a Riot tem total controle sobre isso, principalmente pelo feedback da comunidade e eles conversam com o pessoal. Enquanto a Valve, cara, a Valve né. É o que o Gaules fala e é real: ‘é o pai que foi comprar cigarro e volta de vez em quando para roubar o dinheiro que o filho ganha suadamente’. Então não tem muito o que falar“, comenta spacca sobre a diferença dos cuidados das duas desenvolvedoras.

POTENCIAL PARA ACABAR COM O CS:GO

Por fim, os especialistas falaram se o VALORANT tem algum potencial para acabar com o CS:GO ou mesmo se é o principal rival do título da Valve entre os FPS do mercado.

mch falou que acha bem difícil, porque o CS:GO já alcançou um nível muito alto com a comunidade que supera até mesmo o próprio jogo.

“Acho que nem se tivesse, porque a questão é que existem certos títulos que eu acho que já transcendem a noção do que é um jogo, do que é um videogame. Não é a questão mais de qual é o game do momento, o que é legal de jogar e o que os jovens estão jogando. Tem certos jogos que já ultrapassaram isso e o CS é um desses jogos. O CS não é um jogo, é um esport, é uma competição, é uma modalidade. A não ser que a Valve faça muita besteira, não vai acabar, porque é um negócio que a própria comunidade consegue gerir, é um jogo que quando você compara com VALORANT, por exemplo, o CS é um jogo de um certo fácil acesso, e eu digo isso de você entender o que está acontecendo.”

“O problema um pouco do VALORANT é que as habilidades adicionam a complexidade no jogo, mas também adicionam para quem está assistindo e não entende o que está acontecendo. Mas o CS também não é fácil de entender o que está acontecendo e as nuances. Não necessariamente pela facilidade ou dificuldade de acessibilidade ao que está acontecendo é algo que vai medir se um jogo vai prosperar ou não, acho que é meio o que a comunidade vai entendendo e vai reagindo e se formando em relação a isso. O VALORANT poderia ser um jogo muito superior ao CS em todos os aspectos possível – e não é – mas jamais iria matar o CS, pode aumentar e diminuir, mas acabar acho impossível”, conclui mch sobre o tema.

Rolandinho também cita que VALORANT é o mais próximo desse status de rival com o impacto da comunidade, mas também ressalta as mudanças constantes que complica na hora de manter uma proximidade com o game.

“Eu acho sim que o VALORANT é o que mais chegou próximo de ter esse patamar, onde tem isso de ‘foca no treino e melhore muito’. E o meta é quase a própria comunidade que cria de tanto que as pessoas vão analisando o jogo e pegando as pequenas falhas e vai mudando de uma forma muito orgânica. O dono do jogo, eu acho isso mágico no CS, muda só um pixel e muda o jogo inteiro.”

“Quando o VALORANT chega e põe muito personagem rápido e faz muita correção, essas pequenas coisas fazem com que fique menos, sabe, com aquela coisa que você vai se conectando com o jogo como se fosse um esporte. Basquete é isso, é a mesma coisa o tempo todo, é a regra de mil anos atrás. Acho que é isso que distancia, dá pra ser sim e acho que é o que tá mais próximo.”

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