Especial

Conterrânea de Raze e desejo de apresentar campeonatos de VALORANT; conheça Athenaxis

A streamer apresentou a Oficina da Raze no final de 2021 e faz parte do Series Hera

Taiane “Athenaxis” Silva é uma “baiana de coração Olimpiano“, como a mesma se descreve na Twitch, e se tornou uma das principais produtoras de conteúdo sobre VALORANT nos últimos meses. A streamer conversou com o VALORANT Zone explicando a trajetória na carreira de transmissões ao vivo, ligação com o FPS e até expressou o desejo de apresentar campeonatos do FPS da Riot Games.

Apaixonado por jogos desde a infância, Athenaxis sempre cultivou o amor pelos videogames como hobby, enquanto conciliava com emprego. Com 24 anos, ela enxergou a possibilidade de trabalhar com games e iniciar uma carreira focada na criação de conteúdo.

Até os 24, eu trabalhei em diversas coisas: dei aula de inglês, vendi bolo, fiz design e o meu último emprego foi na área de marketing, quando eu já estava formada em Design Gráfico, e sentia uma tristeza muito grande com a minha carreira. Por conta disso e após notar algumas referências no cenário competitivo, principalmente de League of Legends, eu comecei a enxergar algumas possibilidades de trabalho dentro do mundo dos games.

Mas se engana quem pensa que a migração foi fácil. Athenaxis conta que sofreu para ingressar nos esportes eletrônicos por não ter contato direto com ninguém do cenário. Além disso, a questão financeira, por pedir demissão do antigo emprego, também foi um empecilho para investir em equipamentos.

Eu acabei pegando todo o dinheiro das minhas economias e investi em um computador novo. Foi como uma aposta, porque poderia dar muito errado e, mesmo que “desse certo”, eu sabia que o retorno financeiro não viria tão cedo. Nessas horas eu percebo que ser persistente é muito necessário.

“VOU JOGAR UMA PARTIDA E DEPOIS NUNCA MAIS”

Essa foi a frase utilizada pela streamer quando foi pedida para jogar VALORANT pelo chat da transmissão. Ela explica que sempre optava por League of Legends (LoL) nas streams e, quando lançou o VALORANT, nem queria testar, pois nunca havia jogado FPS e não gostava do formato.

Até que me convenceram e eu cheguei a falar para eles: Vou jogar uma partida e depois não vou jogar nunca mais, querem ver? Aconteceu o contrário, joguei uma partida e não parei nunca mais.

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/athenaxiss

A Athenaxis também faz parte do Series Hera, organizadora de torneios formado por uma equipe de casters só com mulheres pretas e com o intuito de ajudar a fomentar o cenário feminino de VALORANT. “Gosto da forma como o VALORANT tem dado visibilidade aos campeonatos femininos como o Game Changers, até a preocupação em manter um time de casters com maioria feminina é muito significativo“.

Apesar da cena competitiva feminina receber elogios, a parte casual ainda não está 100%. Muitas mulheres continuam recebendo ofensas durante partidas casuais ou ranqueadas e a Athenaxis também ressaltou a necessidade de uma punição mais severa.

“Infelizmente, ainda não sinto essa segurança para o público feminino. O game melhorou bastante em questão de possibilidade de denúncia e até culturalmente, por conta do trabalho que a Riot faz para fomentar o cenário feminino, muita mulher joga o jogo. Mas acredito que ainda dá para melhorar sim, talvez sendo mais rigorosos com as punições ou mais incisivos em campanhas para alertar a gravidade desse tipo de atitude negativa.

WORKSHOP DA RAZE

A relação com o VALORANT se estreitou no final de 2021, quando Athenaxis foi convidada para apresentar a Oficina da Raze. De acordo com a influenciadora, esse foi o evento que mais gostou de ter participado, além de ser uma confirmação do trabalho realizado com as lives desde 2019.

Não tenho palavras para descrever exatamente como me senti, foi um mix de emoções. Fiquei extremamente feliz pelo convite e, ao mesmo tempo, muito nervosa porque eu nunca tinha apresentado um programa com tamanha produção e projeção, seria a minha primeira vez. O que poucas pessoas sabem é que eu viajei para apresentar o programa um dia depois do meu casamento, ou seja, a minha lua de mel foi com o bumbinho.

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/athenaxiss

A streamer possui uma conexão ainda mais forte com a Raze, personagem brasileira e de origem baiana. Athenaxis chegou a realizar um cosplay da agente e viralizou pelo resultado final ser fiel à personagem

Uma baiana, negra, forte, sendo representada em um jogo reconhecido internacionalmente é algo surreal; mais inacreditável ainda é que ela parece comigo e tem o meu nome (Tayane)! A minha agência na época teve a ideia de fazer o cosplay e eu topei imediatamente! Eles produziram um vídeo super legal e eu me senti 100% Raze.

SONHO DE APRESENTAR O VCT

A streamer ainda revelou os sonhos para o futuro, sendo o principal desejo alcançar uma estabilidade financeira tralhando com jogos. Além disso, ela possui o interesse em trabalhar na parte de apresentação de campeonatos, inclusive de VALORANT.

Outra coisa que posso citar é ser apresentadora oficial de um programa de games, dentro de um estúdio, trabalhar com as câmeras, interagir com o público. Adoraria ter a oportunidade de apresentar os campeonatos profissionais de VALORANT, como o Game Changers ou VCT.

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Por fim, Athenaxis agradeceu todo o apoio que recebe da comunidade, exaltando todos os projetos que já produziu em relação ao VALORANT e deicxou uma mensagem para quem a acompanha e possui o interesse de virar streamer.

Parece clichê, mas é a pura verdade o fato de não desistir. Essa carreira não te dá garantia de nada, você não sabe o quanto vai receber no final do mês, não sabe nem se vai receber. Então é importante que você tenha seus objetivos bem traçados e os sonhos bem claros na mente, porque é isso que vai te dar motivação para seguir em busca do progresso, apesar das dificuldades.

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