A Jaguares foi uma das últimas importantes organizações da cena nacional a investir no cenário feminino de VALORANT ao contratar o elenco que vinha jogando como LadiesAIM. Tal movimentação, conforme contou a diretora-executiva do clube Stella “Blurryface” ao VALORANT Zone, faz parte da missão que estipulou de “inclusão de mulheres nos esportes eletrônicos”.
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Por conta disso, a executiva rechaça a ideia de que a Jaguares contratou o quinteto “por marketing”. Categórica, Blurryface afirmou: “Ter times femininos é o nosso objetivo, o máximo que a gente puder. Somos uma organização diferente, que trabalha em um sistema diferente. Vivemos o game”.
Blurryface explicou que muitas equipes entraram em contato com a Jaguares antes da organização contratar as ex-LadiesAIM, com o clube, inclusive, interessado em outro quinteto que vinha fazendo bastante sucesso, DreamTeam, a qual fechou com a Vivo Keyd.
“A gente até ficou surpreso de que elas gostaram da nossa missão, inclusão de mulheres, LGBTQIAP+, pessoas carentes. Esse é o nosso objetivo principal e elas se interessaram por isso, de eu ser uma CEO mulher e estar lutando pelos direitos das mulheres na área gamer. As jogadoras compraram essa ideia”, afirmou.
Sem a torcida, a Jaguarzinha não é nada ??? pic.twitter.com/SJe5nDKhVQ
— Jaguares Esports (@JaguaresGG) May 27, 2021
DE OLHO NO HISTÓRICO DA RIOT
Antes de mergulhar no cenário feminino, Blurryface disse que considerou o histórico da empresa que desenvolve o VALORANT, a Riot Games, com as mulheres. Na visão da executiva da Jaguares, “antes dessas novas ações, o histórico da empresa era bem ruim para as jogadoras, funcionárias. Tiveram várias polêmicas”.
“A empresa quis se retratar e limpar a imagem dela em questão de tudo o que aconteceu ou de não se preocupar com essa parcela das mulheres. Estava na hora deles fazerem essa mudança para melhorar o cenário”, opinou.
Ainda na visão de Blurryface “a empresa mudar essa mentalidade deixou mais favorável para as jogadoras e também as organizadoras. Por mais que a Jaguares queira contratar e tenha essa missão, precisa ter a empresa do jogo criando um cenário competitivo saudável e que se sustente. Depois que a Riot fez esse anúncio (do Game Changers), vimos que valia a pena investir e que era possível estar no competitivo dos jogos da Riot.
A executiva da Jaguares vê com bons olhos esse início de cenário feminino e diz que gostaria que outros jogos fizessem o mesmo que está acontecendo no FPS da Riot.
VALORANT BEM SUCEDIDO
Por estar fomentando o crescimento do cenário masculino e feminino, Blurryface vê como “bem sucedida” a iniciativa da Riot com o VALORANT: “Não vai ter esse atraso das mulheres. A gente vai conseguir nivelar mais rápido, então já é mais saudável. Então, já é mais saudável e estão criando um competitivo da mesma forma, o que gera mais audiência. Pensando no lado mais social, incentiva mais meninas a entrar, tem times mais fortes e não vai ser igual o CS só com quatro times dominando”.
Por conta do trato que a Riot vem tendo com o cenário feminino, a executiva da Jaguares acredita que VALORANT tem um “futuro bem promissor” já que a desenvolvedora “acertou a mão. Ter o Game Changers vai abrir portas, mostrar que o cenário feminino está dar certo e vai servir de exemplo para outros jogos”.