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Especial

Champions 2022: FURIA encara grupo da morte

Babi Micheletto falou sobre a dificuldade do Grupo D

O VALORANT Champions 2022 está programado para começar nesta quarta-feira (31). O mundial que será realizado em Istambul, terá a presença de dois times brasileiros, FURIA e LOUD entre os 16 participantes. No entanto, essa será a segunda vez que as panteras estarão presentes na competição.

O Grupo D, conhecido como o “Grupo da Morte”, tem a FURIA, DRX, 100 Thieves e FNATIC. Confira como foi o ano dos times que estão no Grupo D:

O ano da FURIA

As panteras iniciaram 2022 com uma novidade, Rinaldo “ableJ” Junior no lugar de Alexandre “xand” Zizi. O ex-jogador de CS:GO decidiu migrar e dedicar a vida novamente ao competitivo. No VALORANT Challengers Brasil 2022, o time estreou com vitória contra o Ninjas in Pyjamas, conseguiu outro triunfo em cima da INGAMING, mas depois acumulou duas derrotas. Graças aos triunfos iniciais, as panteras estavam nos playoffs.

Bruno Alvares/Riot Games

O time jogou a primeira rodada do mata-mata contra a TBK e saiu com a vitória. Na revanche contra o NIP, os ninjas levaram a melhor, o destaque negativo das panteras foi na Fracture, que só fizeram um round no jogo todo. Na chave inferior, a FURIA bateu a Gamelanders Blue, mas foi eliminada para a Vivo Keyd.

Na 2ª etapa, o time não teve nenhuma mudança no elenco. Em um grupo com a LOUD, a equipe conseguiu se manter firme e só obteve uma derrota, que foi a equipe esmeraldina na estreia. Na sequência, a FURIA venceu os três jogos e ficou em 2º lugar do grupo. Apesar da boa campanha, não aconteceu o mesmo nos playoffs. O time perdeu para a Vivo Keyd nas quartas de final e na chave inferior, foram eliminados pela Los Grandes. Porém, a FURIA estava garantida no Last Chance Qualifier América do Sul.

Para a disputa do LCQ, a FURIA moveu ableJ para o banco de reservas e trouxe Douglas “dgzin” Silva, atleta que defendeu a Gamelanders Blue no primeiro semestre. O jogador era outra aposta da organização, que precisava se reinventar para lutar pela classificação.

De cara nova, o time não tomou conhecimento dos primeiros adversários no LCQ. A equipe bateu a FUSION e a 9z Team. Na final da chave superior, o time enfrenou carrasco dos brasileiros: KRÜ Esports. As finais que acontecerão no Ginásio do Ibirapuera com mais de 4 mil torcedores, não faltou incentivo aos jogadores. Os brasileiros tentaram, mas a KRÜ foi superior e venceu por 3 a 0.

Bruno Alvares/Riot Games

Na luta pela segunda vaga, foi o confronto entre brasileiros. A TBK que teve uma boa performance contra a Vivo Keyd, não conseguiu repetir o feito diante da FURIA, que se mostrou superior do início ao fim e vaga garantida no Champions 2022. Mesmo com pouco tempo de casa, dgzin foi um dos destaques no campeonato ao lado de Khalil “khalil” Schmidt, que teve um 2022 excepcional.

O ano da DRX

A Vision Strikers começou 2022 sendo adquirida para a DRX, organização conhecida pelo sucesso do time de League of Legends. O nome do clube passou a ser DRX Vision Strikers. Não demorou até o time começasse a mudar o elenco, Kim “Lakia” Jong-min foi transferido para a IGZSIT no fim de janeiro.

A DRX VS garantiu a vaga no VALORANT Challengers Korea após vencer dois jogos na primeira etapa. No evento principal, com o formato de round robin, onde os times se enfrentam pelo menos uma vez, a DRX garantiu seis vitórias e só uma derrota. Nos playoffs, não teve uma equipe que conseguiu parar a DRX, que foi campeã da 1ª etapa do VCK 2022 e garantiu a vaga para o Masters Reykjavík.

Colin Young-Wolff/Riot Games

No primeiro Masters, a DRX chegou como uma das favoritas. No Grupo A junto de ZETA DIVISION, Ninjas in Pyjamas e FNATIC, o time sul-coreano sobrou. A DRX cravou a vaga e o 1º lugar do grupo. No mata-mata, a DRX venceu as quartas de final contra Paper Rex, mas caiu para a OpTic Gaming na semifinal. Na chave inferior, a ZETA DIVISION atropelou os sul-coreanos, que encerram o Masters na 5ª colocação.

Para a 2ª etapa do VCK 2022, a DRX teve uma campanha ainda melhor, com sete vitórias e nenhuma derrota, a equipe chegou embalada para os playoffs. Sem surpresas, a história se repetiu. O time liderado por Kim “Zest” Gi-seok venceu todos os jogos e se consagrou bicampeã do VCK e novamente com a vaga para o Masters Copenhagen 2022.

Na fase de grupos na Dinamarca, DRX não tomou sustos, venceu a NORTHEPTION e FunPlus Phoenix. Nas quartas de final, a DRX venceu a Leviatán, mas mais uma vez, foram derrotados pela OpTic Gaming. Sem chance de lutar pela vaga nas finais da chave inferior, a DRX perdeu para a FPX, que posteriormente se consagrou campeã da edição.

Apesar de duas campanhas praticamente iguais, o jogador Kim “MaKo” Myeong-kwan teve um impacto positivo no time nas competições. Por outro lado, quando o atleta não conseguia desempenhar o esperado, a DRX sofreu dentro dos servidores.

O ano da FNATIC

O início de 2022 não foi fácil para a FNATIC. A equipe anunciou a chegada de Andrey “BraveAF” Gorchakov em janeiro. Já na 1ª etapa do VALORANT Challengers EMEA foi invicta para os playoffs. Contudo, não teve uma boa campanha, mas ficou em 3º lugar. Com a sorte ao lado, a região do EMEA contém três vagas para os Masters, o que foi suficiente para a FNATIC garantir a classificação no apagar das luzes.

A sorte durou pouco, dias antes do início do Masters Reykjavík 2022, a FNATIC enfrentou problemas que marcaram a campanha negativa. BraveAF foi suspenso do time após ser acusado de apoiar a invasão russa em solo ucraniano. Após a situação vir a público, a organização anunciou o afastamento do atleta. Para o lugar do russo, foi anunciado Enzo “Fearoth” Mestari por empréstimo da Alliance, posteriormente o atleta passou a usar “Enzo” como apelido.

Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

Porém, os problemas do time estavam longe de acabar. O jogador Nikita “Derke” Sirmitev foi baixa no elenco da FNATIC. O VALORANT Zone apurou que Derke precisava passar pelo período de isolamento obrigatório estipulado pela Riot Games, que é de cinco dias. Para o lugar do atleta, Joona “H1ber” Parviainen foi anunciado também por empréstimo, mas da KOI. Com o time remendado, a FNATIC estava no Grupo A com DRX, ZETA DIVISION e NIP. Os problemas fora dos servidores não ajudaram o time, que somou duas derrotas e foi eliminada precocemente.

Após a campanha desastrosa, a FNATIC comunicou a saída de Martin “Magnum” Peňkov. Com dois jogadores no banco de reservas, a organização europeia trouxe Enzo de maneira definitiva e o turco “Emir Ali “Alfajer” Beder”.

N 2ª etapa do Challengers EMEA, a FNATIC deixou de lado os primeiros meses conturbados e focou no novo elenco. No mesmo grupo que a atual campeã, FPX, o time venceu todos os jogos. No mata-mata, Jake “Boaster” Howlett conseguiu liderar o time para a vitória e na grande final, mais um jogo contra a FPX, a FNATIC demonstrou que estava no comando. Campeões da 2ª etapa do EMEA com a primeira seed da região no Masters Copenhagen, que garantiu o time já nos playoffs.

Colin Young-Wolff/Riot Games

No Masters, a FNATIC bateu a FPX por 2 a 0, mas perdeu para a Paper Rex. Na repescagem, os europeus venceram a Leviatán por 2 a 1, mas em outro confronto contra a FunPlus Phoenix, foi a vez do time de Kyrylo “ANGE1” Karasov triunfar. Com a derrota, a FNATIC ficou em 4º lugar no Masters, mas garantiu a vaga no Champions.

A ausência de Derke foi fatal para o time no Masters na Islândia, mas a presença do finlandês brilhou em Copenhagen ao lado dos colegas jogando de Chamber e Raze.

O ano da 100 THIEVES

A 100 Thieves deu o pontapé inicial em 2022 com as chegadas de Adam “ec1s” Eccles e Hunter “BabyJ” Schline. Contudo, a montagem do elenco foi por água baixo e um mês depois, a dupla já estava fora dos planos da 100 T. A chegada de ambos não teve o impacto esperado, isso porque o time teve apenas uma vitória e quatro derrotas na fase de grupos do VALORANT Challengers América do Norte. Uma dessas derrotas, foi por 13 a 0 para a The Guard na 2ª semana.

Para o restante da competição, a 100T contou com dois jogadores emprestados, Sean “bang” Bezerra da TSM e Noah “jcStani” Smith da Gen.G Esports. Os substitutos não evitaram o desastre e o time ficou de fora dos playoffs.

Divulgação / 100 Thieves

Para a 2ª etapa, a 100T teve que procurar três jogadores, isso porque Spencer “Hiko” Martin anunciou a aposentadoria e Ethan “Ethan” Arnold foi movido para o banco de reservas. Dois dias depois, a organização deu boas vindas à Derrek “derrek” Ha, Brenden “stellar” McGrath e William “will” Cheng.

Ainda com bang emprestado da TSM, a 2ª etapa no Challengers foi melhor para a equipe. No Grupo A, o time teve três vitórias e duas derrotas, assim cravou o 3º lugar e a vaga no mata-mata. Nas quartas de final, a 100T venceu a FaZe Clan, mas foi derrota pela XSET. Na repescagem, a FaZe teve a sua revanche e eliminou a equipe de Peter “Asuna” Mazuryk. Fora de outro Masters, a 100T ficou em 8º lugar na colocação geral de pontuação e conseguiu se classificar para o LCQ norte-americano.

No LCQ, a 100T venceu a RNG e depois teve que enfrentar a FaZe Clan, a mesma que eliminou o time no Challengers. A 100T perdeu e foi para a repescagem. No tudo ou nada, foi tudo para a equipe. Sem tomar conhecimento, venceram a Sentinels, a Cloud9 e na final da chave inferior, em uma MD5, a 100T não deu chances para a FaZe. Na grande final, contra a The Guard, a 100T não deixou a vaga escapar e aplicou outro 3 a 0.

Presente no time desde 2021, Asuna se transformou em um dos pilares da equipe. O atleta que já chamava atenção ano passado, conseguiu levar o time ao Champions pela primeira vez mesmo com 19 anos.

Confrontos iniciais no Champions 2022

O jogo de estreia do Grupo D no Champions 2022 será no dia 2 de setembro entre FURIA e DRX às 09h (de Brasília). Os brasileiros que vão enfrentar uma pedreira logo de cara e terão que aperfeiçoar o time que mostrou ter durante o LCQ. A narradora e comentarista, Babi Micheletto comentou sobre o grupo da morte.

“É um grupo muito forte, a gente já conheceu a potência da DRX, da FNATIC, estou bastante curiosa com o que a 100 Thieves vai apresentar dentro do Champions, mas são três equipes que não podemos entrar menosprezando”. Da mesma maneira que os brasileiros não devem subestimar os adversários, o mesmo deve ser feito em relação a FURIA, já que jogar sem a pressão de ganhar pode ser um ponto positivo para os brasileiros.

Bruno Alvares & Pedro Pavanato/Riot Games

Em uma MD3 e com a chegada de Pearl para substituir Split na seleção de mapas, é esperado que a DRX vença o confronto e que eventualmente fique em 1º lugar do grupo, como aconteceu nas duas edições de Masters.

O segundo confronto será entre FNATIC e 100T no mesmo dia, às 12h. Os dois times que tiveram diversas mudanças em 2022, irão mostrar dentro dos servidores qual time obteve o melhor elenco nas trocas. Com mais experiência e tempo, a FNATIC é a candidata a vencer o triunfo.

Quem vai passar?

A FURIA que acertou em cheio com a contratação de dgzin, pode surpreender, é algo que Babi espera, já que o atleta se encaixou rapidamente ao elenco. “A FURIA vem com um A a mais nesse campeonato, ela chegou muito forte nesse LCQ, conseguiu a vaga e também acho que é uma equipe que se adaptou fácil com o dgzin, por exemplo, que é uma peça fundamental, que combou com muita facilidade.”

A experiência de 2022 mostrou que a DRX tem um início forte nos campeonatos, mas nos playoffs, alguns jogadores ficam apáticos e não conseguem desempenhar o mesmo. Duas vezes em 5º lugar, a equipe irá lutar pela primeira vaga do grupo.

Os brasileiros, que por muitos são vistos como zebra ou azarões, podem surpreender justamente por não ter obrigação de bater a DRX, que chegou como a favorita no grupo. Em comparação com o ano da 100T, a FURIA teve resultados melhores, caso eventualmente enfrente os norte-americanos.

“A FURIA é um time que na minha opinião, vai surpreender muito positivamente. Acho que é um grupo cascudo, porém a FURIA também é uma equipe com muita garra, de buscar vaga, de buscar oportunidade. Tem uma map pool muito variado”, comentou Babi.

Para a FURIA sonhar, é preciso fazer algo que nenhum outro time brasileiro fez antes, seja no Masters ou Champions: passar da fase de grupos. A LOUD chegou a disputar os playoffs na Islândia, mas já estava com a vaga direta garantida e não precisou jogar a primeira etapa.

“Acho que temos grandes chances de sair bem desse grupo, temos potência pra bater de frente com qualquer time que está ali. Acho que vamos conseguir sim beliscar uma vaga para os playoffs“, finalizou Babi.

Diante de uma 100T que sofreu muitas quedas e uma FNATIC que já demonstrou altos e baixos, as panteras terão que lutar bravamente pela segunda vaga, isso caso a DRX não surpreenda de uma maneira negativa e que abrirá mais uma porta para os brasileiros.

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