Belky crava que entrar para a Gamelanders “foi a realização de um sonho, de todo o meu esforço e de tudo que abri mão”

O VALORANT chegou há um ano, mudando drasticamente e positivamente a vida de muitos daqueles que decidiram se arriscar no FPS da Riot Games. Um destes Lucas “BELKY” Belchior, que às vésperas da comemoração do Ano Um foi anunciado pela Gamelanders, o que, conforme classificou o jogador em entrevista ao VALORANT Zone, “foi a realização de um sonho, de todo o meu esforço e de tudo o que abri mão. Ali eu realizei uma parte do meu sonho e eu não consigo mensurar a minha felicidade”.

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O FPS da Riot tem suma importância na vida de BELKY porque chegou em uma época em que o Controlador “estava sem um propósito por alguns motivos pessoais“. Segundo o jogador, na época em que o VALORANT foi lançado, primeiramente em beta, “já não tinha vontade de trabalhar com o que eu trabalhava e o meu relacionamento estava tendo algumas divergências”.

Para poder jogar VALORANT, BELKY alugou um computador de uma conhecida lan house do Rio de Janeiro, a ICELAN, e pegou uma chave beta ainda do servidor norte-americano e por lá testou o FPS por 30 dias. Mas quando a fase de testes chegou ao Brasil, o jogador entregou o computador e, com a reabertura do comércio ainda durante a pandemia, retornou a trabalhar na hamburgueria que tinha com a ex-mulher.

“Sempre bati na tecla que eu queria voltar a jogar, só que ela não gostava muito de jogos eletrônicos. Foi passando o tempo e, entre julho e agosto, eu decidi comprar um computador. Um amigo meu, também jogador, o rogi, me mandou uma mensagem dizendo que eu deveria jogar VALORANT, que era a minha cara porque não era só um jogo de mira. Aí tiveram outros dois amigos que também foram importantes nessa jornada, um deles o Talon, que sempre falou que eu deveria jogar porque eu era bom no que fazia e tinha perdido uma enorme oportunidade no 1.6. Nesse mesmo tempo houve a separação, o fim do meu antigo empreendimento e na hora que eu vi o VALORANT, joguei no meu computador e eu falei que era aquilo que eu queria para a minha vida. Foi quando falei que eu ia ser o melhor”, afirmou.

“Eu não era feliz porque eu não tinha tentado aquilo que era o meu sonho, que era ser jogador. Em outras partes da vida eu era muito satisfeito, mas a principal parte eu era o meu sonho”

— Don Quixote

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Categórico, BELKY afirmou que o VALORANT o fez sonhar novamente, de voltar a ter garra “e é por isso que eu não desisto nunca. Meu foco é atingir meu sonho, um sonho muito grande que eu tenho que é ganhar o Mundial. É um dos meus sonhos desde que tenho de 12 a 13 anos, quando comecei a jogar”.

O VALORANT também significa para BELKY o retorno do jogador aos esportes eletrônicos, no qual começou pelo saudoso Counter-Strike 1.6, jogo com o qual construiu uma base em FPS. No VALORANT, antes de ingressar na Gamelanders, o Controlador também passou por Vammo e Stars Horizon, organização a qual teve passagem relâmpago, mas da qual não saiu brigado.

BELKY revelou que, apesar de ter sido anunciado pela Stars Horizon somente no fim de maio, ele já vinha jogando com o time desde o início daquele mês, e garantiu que a organização não criou empecilhos para a ida dele para a Gamelanders. O Controlador deixou claro não pretendia deixar o clube, mas que o fez porque tratava-se da realização de um sonho.

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“Criei um vínculo muito forte com a Stars Horizon. Foram 21, 22 dias treinando com eles e eu me senti muito bem. Estávamos jogando muito bem, conseguindo aplicar algumas coisas no treino e consegui passar minha experiência dentro do jogo, além de aprender também. Eu não pretendia sair, tanto que rejeitei algumas equipes. No entanto foi uma surpresa para mim o contato do Katraka logo após o meu anúncio. Depois disso, a Stars entrou em contato comigo, tivemos uma conversa e eu fui sincero falando que me interessava muito, que eu tinha muita vontade de entrar no GL. Tive total apoio da Stars. Eles facilitaram essa negociação, me deram todo o suporte e apoio e eu agradeço o clube por isso”, afirmou.

VINDA PARA GAMELANDERS

A relação de BELKY com a Gamelanders começou quando o jogador nem fazia parte da equipe. Logo quando a Astra foi lançada, o Controlador decidiu se tonar um especialista na personagem ganesa, assim conseguindo a ponto de ser considerado como o melhor Astra do Brasil. Por conta disso, a organização o convidou para que desse “aula” sobre a agente.

“Assim que lançou a agente, eu masterizei ao máximo e, rapidamente, comecei a me revelar no cenário. Surgiu a oportunidade do Katraka conversar comigo, pedir essa ajuda e claramente eu aceitei. Acho que isso foi umas duas semanas após o lançamento. Sempre me dei bem com os jogadores, sempre tive uma relação muito boa. Quando me chamaram, expliquei sobre a Astra, pontos fortes e fracos, como lidar com ela. Fiquei muito feliz. Era o meu trabalho sendo reconhecido. Depois disso mantive contato muito pouco, mas foi muito gratificante ter o trabalho reconhecido“, explicou.

BELKY chega na Gamelanders com a missão de ser o substituto de Jonathan “JhoW” Glória, o qual classificou como “um grande jogador” e “peça fundamental para a Gamelanders ter conquistado tantos títulos“. O atleta reconhece que “é realmente muito difícil substituir ele, em questão de importância, mas creio que estou pronto para essa missão. Estou pronto para essa nova era. Acaba tendo uma pressão da torcida, do cenário e é o primeiro time Tier 1 que eu entro, mas eu estou muito confiante. Batalhei muito para estar aqui. Estou pronto para isso. Tenho capacidade para lidar com essa pressão”.

VAI CONTINUAR COM AS STREAMS?

O jogador também vinha chamando a atenção da comunidade com as rotineiras streams que vinha realizando, as quais afirmou que o “salvou“.

“Me salvou de muita coisa e me deu propósito de vida”, disse de forma categórica. BELKY completou garantindo que continuará com as streams, mas um de forma um pouco mais reduzida: “Vou continuar fazendo live pela manhã. Pretendo continuar com o quadro ‘Aulão do BELKY’. Foi por causa da stream, das pessoas que me apoiaram ali que eu consegui chegar onde estou. Nunca vou largar isso porque é um sonho bem concreto”.

Falando em pessoas que o ajudaram nessa caminhada, BELKY aproveitou a entrevista com o VALORANT Zone para agradecer alguma dessas, como o moderador da stream DJ Temech, “que eu conheci na live e me deu praticamente todos os meus equipamentos para me possibilitar a jogar em um nível mais alto, o veterano Rafael “pava” Pavanelli, “que se não fosse ele eu não teria sido reconhecido. Ele, naquele 1º de novembro, mudou a minha vida com um gank e um donate de R$ 100 que me ajudou a comprar um fone novo. Esses dois o Gabriel Talon foram três pessoas chaves”.