Finalista do Game Changers Brasil Series 2 de 2022 com a B4 Angels, a B4STARDOS Esports foi acionada na Justiça por conta de uma dívida de quase R$70 mil. O débito foi contraído entre os meses de setembro de 2022 e março de 2023, após a equipe sublocar um centro de treinamentos construído pela Final Level, fundadora da organização Gamelanders.
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O VALORANT Zone teve acesso à ação movida pela empresa. Segundo o documento, em acordo firmado verbalmente, ficou decidido que a B4 iria sublocar o imóvel localizado em Sorocaba até a metade de 2024, além de “adquirir todos os equipamentos comprados pela Final Level” e que permaneceram no imóvel.
Entretanto, consta no litígio que os valores acordados não foram pagos integralmente. No início de março, a B4 desistiu de continuar no imóvel e reconheceu os débitos acumulados durante os seis meses que ocupou o local. A organização também não obteve os equipamentos utilizados durante o período em que ocupou o centro de treinamento. A soma do valor dos computadores, monitores e outros utensílios utilizados pelas atletas chegava a R$45 mil.
As duas partes firmaram um acordo para a realização do pagamento, mas o valor não foi liquidado integralmente. Segundo consta no documento, a empresa “simplesmente deixou de responder aos e-mails e demais comunicações de cobranças” enviadas pela Final Level.
A soma da dívida contraída pela B4 chegou a quase R$90 mil, formada por diversos tipos de despesa, entre elas a compra de um computador, aluguel do imóvel, seguro, água, luz e a internet. A Final Level não está requerendo outras partes do acordo firmado em setembro de 2022, como a compra dos computadores e outros equipamentos do centro de treinamento.
A B4 chegou a realizar o pagamento de pouco mais de R$22 mil, em março deste ano, época em que deixou o imóvel, restando cerca de R$68 mil para quitar a dívida com a Final Level.
Conversas via e-mail e Whatsapp são apresentadas como evidência
E-mails e troca de mensagens no WhatsApp são as principais evidências utilizadas pela Final Level na ação movida contra a B4. Os acordos firmados entre as duas partes se deram, na maioria, de maneira informal, pela relação amigável que os executivos de ambas as organizações mantinham.
Em conversa, o CEO da B4, Antônio Cardoso, chega a dizer que não conseguiria realizar o “acerto de contas” de maneira integral. “Vamos pagando parcelado, numa pancada só é abalo”, diz o executivo. Ele também chega a pedir desculpas pela demora em responder alguns mensagens, alegando que estaria negociando uma fusão.
Em janeiro deste ano, o CEO da B4 diz que seria “melhor planejar uma saída da casa, apesar de não ser bom” para a equipe. Em maio, Antônio chega a perguntar o valor atualizado da dívida e afirma que está “encerrando as operações” e deve quitar o débito em breve. As duas partes chegam a conversar novamente em junho, quando o executivo afirma que “está enrolado”, mas comprometido em pagar a dívida.
B4 se pronuncia sobre o caso
Em nota enviada pelo departamento jurídico da organização, a B4 confirmou a existência da dívida contraída. “O caso originou-se de um desacordo comercial que ocorreu entre as empresas, tendo em vista o atual cenário econômico mundial de esports e seu impacto dentro das organizações”, alegou a empresa.
Além disso, a organização afirmou que antes da abertura do processo, tentou “de todas as formas” solucionar o problema, sem encontrar a “abertura de diálogos” por parte da autora da ação.
“Desde que a equipe tomou ciência do referido processo, sempre se dispôs a uma composição (amigável) a Final Level. Tanto de forma extrajudicial quanto em processos judiciais, sempre nos pautamos pela busca de uma solução consensual que seja ideal para as partes”, declarou a B4.
“O que ocorre é que, até o momento, não houve aceitação das formas propostas pela B4 para o fim da celeuma com a Requerente. Ressaltamos que mesmo diante das recusas reiteradas, a B4 está sempre aberta ao diálogo e sua conduta sempre será nesta linha”, completou a empresa.
Procurada, a Final Level não respondeu até o momento da publicação desta reportagem. O espaço segue em aberto para manifestação.
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