O argentino Matias “Saadhak” Delipetro já fez história nos primeiros anos do VALORANT e, por isso, virou um dos entrevistados no documentário da Riot Games com jogadores do VCT Americas. Em vídeo publicado na última quarta-feira (31), o In-Game Leader contou sobre como chegou até o momento atual da carreira.
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Antes do VALORANT, Saadhak já tinha vivência de pro-player do jogo Paladins. Entretanto, o argentino conta que até sua ida para o FPS da Riot Games, ele não sabia muito profundamente sobre o gênero, apenas que ele era bom em atirar, mas viu no novo jogo uma oportunidade de ser lembrado.
“Eu não entendia nada de FPS, só sabia jogar, sabia atirar. Eu era como qualquer meninão da ranked, sei atirar, mas não entendo nada do jogo. Aí eles anunciaram o Project A. Eu lembro até agora quando eu vi o primeiro anúncio. Eu fiquei no hype, loucura, aí eu falei ‘é esse, esse daí. Ali eu vou fazer minha história’.”
Há dois anos na LOUD, Saadhak revela que o processo de decisão para ir para a organização não foi imediato. Ele também conta que o seu desejo era o MIBR, pela tradição da organização, mas Gustavo “Sacy” Rossi e Jean Ortega, co-fundador da LOUD, conseguiram convencer o argentino da seriedade e da ambição do projeto.
“Eu queria ir para o MIBR, porque porra, MIBR mano, pica pra caralho, grande, conheço a tag, Made in Brasil, você é louco mano, vou pro MIBR. Aí o Sacy disse ‘mano, peraí, vamos conversar com o Jean’. Nós já estavamos quase fechados com o MIBR.”
Hoje, Saadhak é considerado um dos grandes IGLs e líderes dentro do cenário mundial de VALORANT. Contudo, as coisas nem sempre foram assim e ele chegou a ter uma imagem de mal-humorado, mas Sacy outra vez foi parte importante da evolução do argentino.
“Sacy sempre foi muito paciente comigo nesse aspecto. Falava ‘não é assim mano, é assim. Tenta falar desse jeito um pouco. Porque mesmo que você esteja certo na coisa que você fala, está falando errado, fala desse jeito’. Ele me ensinou muito. E ele me ensinou muito a como ser um profissional.”
Para reforçar a jornada contada por Saadhak, Felipe “Less” Basso também aparece no documentário e conta que, inicialmente, teve medo de ir jogar com o argentino. O jovem, que na época possuía 18 anos, estava apreensivo que Saadhak brigasse demais com ele, mas a evolução do IGL já se mostrou presente.
“Desde o primeiro momento ele não foi o cara que só chegou e disse ‘joga aí’. Ele chegou querendo me conhecer, querendo saber o que eu gostava de jogar, quais eram os meus mapas. Ele tentava conhecer tudo de mim, perguntando sobre minha família, sobre a minha vida.”
Apesar da rivalidade popular entre Brasil e Argentina, Saadhak é um nome muito querido pela comunidade brasileira de esports. Neste contexto, ele finaliza se dizendo privilegiado por ter o tratamento que tem no país.
“Eu sou realmente privilegiado de estar aqui e eu amo muito o Brasil mesmo, sabe? Tudo que eles representam na minha vida, a minha esposa é brasileira. O que mais eu posso falar?”
A entrevista com Saadhak foi a primeira de uma série de episódios da saga documental da Riot Games, que se chama UNTOLD. Ela está disponível no canal da empresa no YouTube.
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