Há muita polêmica e desentendimento quando o assunto é cenário feminino e a importância dele. Para colocar os pingos nos “is”, na edição #10 do Spike Plant, a apresentadora e repórter do VALORANT Zone Mickaelly Schmidt questionou as participantes em relação a condição atual do cenário feminino: como está sendo participar e quais as maiores diferenças de outros jogos?
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Todas mostram muita positividade, já que vimos ambos nascendo ao mesmo tempo e há uma comoção de mulheres e homens para que tudo ocorra da melhor maneira.
Paola “drnn” Caroline afirma estar muito feliz e estar vivendo um sonho, já que foram impressionantes os números de times e campeonatos que tivemos até o momento.
Apesar de existir um compromisso generalizado pelo competitivo feminino, Ana “Naxy” Beatriz relembra passado delicado entre times mistos e contrasta com a realidade do FPS da Riot Games: “A gente vê os times Tier 1 […] apoiando, compartilhando, e é o que acho que falta em outros jogos’.
“O competitivo em outros jogos é muito preconceituoso, não que o VALORANT não seja, já que vimos a chuva de toxicidade que tava tendo. Mas a gente veio com um escudo: vocês não aceitam, não tem problema. A gente vai fazer, vocês querendo ou não”, completa
A jogadora de META Gaming esclarece que as jogadoras não estão em zona de conforto, uma vez que não estariam “competindo com os melhores times da região”, é uma questão de sanidade mental e acolhimento, já que a tentativa do misto dentro do próprio VALORANT foi árduo porque “[…] uma hora você cansa de levar porrada, ser xingada e escutar que o problema é sempre você”. Os melhores times treinam com os melhores times femininos da região, e há comoção para que se ajudem.
EXISTE DIFERENÇA ENTRE HOMENS E MULHERES EM JOGOS?
Letícia Motta, analista e comentarista, observa que os homens sempre ocuparam o espaço desde o início do competitivo, e as mulheres sempre foram renegadas e ficaram atrasadas. A analista dá panorama geral.
“Não é por habilidade, porque diferente do esporte tradicional, é um esport em que você tem a mesma habilidade, um raciocínio a ser trabalhado. Pra mim não faz sentido entrar nessa discussão e não fazer um recorte de classe, de gênero, de raça“, opina.
Na opinião da profissional, “o VALORANT nasceu de um ambiente que a maioria foi renegada, pessoas que não encontraram oportunidade em outros jogos e encontraram aqui”.
Letícia afirma que se identifica com esse público, e que quer fazer parte desse início também para incentivar mulheres a seguir o caminho dos esports. Além disso, relembra do que o sexismo faz ser esperado de homens e mulheres: “Enquanto meu irmão ficava no PC à tarde, à noite toda, minha mãe me chamava pra fazer tarefa doméstica. Então eu não podia ficar a tarde ou a noite me dedicando ao jogo”.