A Vivo Keyd finalmente respirou no VALORANT Challengers Brasil 2 (VCB). Após duas derrotas nas primeiras rodadas, os guerreiros derrotaram a Liberty nesse domingo (29) e ainda sonham com a classificação para os playoffs. Questionado se triunfo do final de semana também serve como combustível para o ânimo e moral da equipe, Murillo “murizzz” Tuchtenhagen não hesitou em responder que sim.
“Com certeza é uma virada. A gente estava esperando por esse momento. Não esperando, porque a gente tinha que buscar ele, mas acredito que a gente estava muito em busca dele. A gente vai aproveitar ele ao máximo agora, com certeza da uma confiança a mais pro seguimento do campeonato. Agora é manter essa energia, esse momento, pra conseguir classificar para os playoffs”.
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No confronto contra a Liberty, a Vivo Keyd saiu atrás ao perder o primeiro mapa. Caso tivessem perdido a série, os guerreiros não teriam mais chances de se classificar para os playoffs da competição. Murizzz comentou sobre essa pressão após a derrota no primeiro jogo e revelou o que passou na cabeça dos jogadores.
“Na nossa cabeça, a nossa trajetória não terminaria ali. Eu tinha certeza, na minha cabeça estava muito isso, eu sabia que não ia terminar assim, eu não ia deixar terminar assim. Tanto que na Bind eu acho que foi um dos mapas que eu melhor performei, eu dei tudo, tudo, de mim. Tendo a dizer que nosso time é bom sobre pressão, então não é a mesma coisa que jogar estando 2-0, mas a gente lida bem com essa pressão. A gente estava confiante de que não íamos deixar nossa trajetória nesse campeonato acabar assim”.
Mesmo com a vitória, a Vivo Keyd ainda não se encontra numa situação confortável dentro da competição. Para ter chances de ir aos playoffs, a equipe precisa derrotar a TBK no próximo final de semana. Perguntado sobre quais pontos seu time ainda precisa melhorar, o capitão trouxe um pouco da responsabilidade para si mesmo.
“Bom, eu falo mais sobre mim. Eu preciso melhorar um pouco o que a gente está fazendo no mapa, confiar mais no que a gente faz nos treinos. A gente teve algumas dificuldades na Haven porque não estávamos fazendo o passo a passo bem feito. Conforme a gente foi perdendo, eu perdi um pouco a confiança em fazer o passo a passo, eu estava tentando simplificar um pouco, e eu acho que isso acabou dificultando ainda mais nosso jogo. Então eu acho que da minha parte é melhorar mais como capitão. Se eu melhorar isso e a equipe mantiver tranquila e confiante, tenho certeza que a gente consegue a próxima vitória”.
Liberty se complicou no campeonato
Se por um lado a Vivo Keyd se recuperou no campeonato, por outro quem acabou se complicando foi a Liberty. A equipe amargou sua segunda derrota na competição e não pode mais perder se ainda quiser sonhar com a próxima fase do Challengers 2. Ricardo “rik” Furquim, coach da equipe, disse o que acha que falta para seu time retomar as boas atuações do começo da temporada.
“Acredito que falta um pouquinho de tranquilidade. A Liberty que eu e o Hiromi assistimos nos treinos, que a gente consegue desempenhar tão bem dentro do servidor, não está sendo a mesma Liberty aqui no campeonato. A gente deu uma boa amostra do que é a Liberty na Haven, mas quando a gente trouxe pra Bind nosso estilo de jogo, nossa pressão de mapa, a gente não conseguiu executar tão bem. A Vivo Keyd leu super bem a gente e tinha boas respostas na ponta do lápis pra trabalhar o nosso jogo. Então talvez falte um pouco da Liberty de treino pra esse VCT, pra trazer pra cá para o servidor, pra gente garantir um 2×0 e levar tranquilidade pra casa”.
No próximo final de semana, a Liberty volta ao palco do VCB para enfrentar o MIBR, um dos times mais sólidos da competição até o momento. Perguntado sobre o que a sua equipe precisa fazer para sair com a vitória, Ricardo admitiu que “é muito difícil o que vamos mudar né. A gente teve uma conversa super legal agora ali no stage, no final do mapa, onde eu puxei os cinco e conversei que agora é a hora de dar aquele famoso ‘a mais’ né. Agora é tirar mais uma horinha do dia pra treinar mais um mapa, assistir mais VOD, jogar mais ranked, jogar mais junto. É a hora de tirar a vontade do bolso, colocar pra dentro de jogo, tirar vontade da onde conseguir tirar vontade e deixar tudo ali. A gente não pode mais pensar em sair, não pode mais pensar em namorada, agora é 100% jogo, agora é dar tudo de si pra garantir o 2-2 e quem sabe conseguir uma vaga”.
Na última semana, a Riot Games recebeu muitas críticas quanto a produção do campeonato. Atrasos, falta de espaço para os jogadores fazerem seu aquecimento e partidas acabando tarde da noite foram alguns dos pontos mais comentados pela comunidade brasileira. O treinador da Liberty deu sua opinião acerca desses problemas, sem diminuir a responsabilidade do elenco nas derrotas do campeonato.
“Eu acho que isso influencia demais (jogar até tarde da noite). Não atribuo de forma nenhuma a derrota a esse tipo de horário, até porque os outros times estão jogando no mesmo horário que a gente, mas influencia. Os times não treinam até 11 horas da noite, eles treinam no máximo até as nove horas, então você não está na janela de treino dos times, você não está buscando a melhor performance dos times. Estão colocando os times pra jogar no horário que eles quase estão indo dormir. Então acredito que influencia, é muito ruim”.
Por fim, Ricardo sugeriu o que em sua opinião poderia mudar para que as equipes se sentissem mais confortáveis para jogar. “Se começasse uma hora antes talvez reduza esses danos, ou então se conseguir começar duas, três horas mais cedo, melhor ainda. Também diminuir esse tempo de estúdio, é muito tempo de estúdio. A gente não tem computador pra aquecer, não tem nada pra aquecer. Novamente reitero, não é culpa disso tudo que eu estou falando as nossas derrotas, são coisas dentro do servidor, mas esse outgame atrapalha, ele é ruim. Pro público, se eles querem ver o tomo de performance, precisa ser num horário melhor, precisa ser melhor pensado, até mesmo a vinda pro estúdio nesse horário que tá sendo”.