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Modelo competitivo para 2023 pode prejudicar jogadores, diz diretor de associação

Phillip Aram, Diretor Executivo da Associação de Jogadores da LCS, fala sobre o novo modelo e dá ideias para mudanças

Há algumas semanas, a Riot Games divulgou seus planos para o competitivo de VALORANT em 2023. Idealizando a implementação de um sistema de franquias, a desenvolvedora visa tornar o cenário mais estável. No entanto, de acordo com Phillip Aram, Diretor Executivo da Associação de Jogadores da LCS, em entrevista ao Dexerto, o novo modelo competitivo pode prejudicar jogadores.

O anúncio da chegada do sistema de franquias e a criação das três ligas ao redor do mundo, foi animador para a comunidade. No entanto, ele não trouxe à luz detalhes sobre se algo como a Associação de Jogadores presente na liga norte-americana de League of Legends está sendo criada. Tampouco, se os jogadores terão voz em relação aos termos acordados com a Riot e as organizações – além dos direitos que eles terão.

Em suma, Phillip comunicou ao portal que, na época do anúncio do novo modelo competitivo, esperava que a Riot Games já tivesse um sistema de proteção aos jogadores definidos. Ele acredita que a desenvolvedora deveria tomar uma postura mais ativa, ao invés de reativa.

Exigência para equipes parceiras

O diretor da associação ainda falou sobre três medidas de proteções contratuais que ele acredita que deveria ser implementado pela Riot Games. Segundo o próprio, elas “oferecem muito mais transparência, agência e fornecem um controle melhor”.

As exigências para as equipes parceiras da liga seriam:

  • Compras de contrato vinculadas à duração e à escala dele. Em resumo, isso garantiria que um jogador que ganhasse, por exemplo, US$ 60 mil ao ano, não fosse sobrecarregado com uma compra de um milhão de dólares.
  • Um valor garantido vinculado à duração do contrato. Assim, se um contrato inicialmente de longo prazo for cancelado, o atleta recebe uma compensação.
  • Um período maior de free agency restrita para garantir mais mobilidade aos jogadores. Phillip propõe que, no último ano de contrato, o jogador possa buscar livremente ofertas de outras organizações. Com isso, os atletas teriam mais liberdade para entender seu valor no mercado e encontrar uma oferta melhor.

Criação de uma associação para os jogadores

Ainda que as franquias e o formato apresentado pela Riot Games para o VALORANT Challengers possam trazer uma segurança aos jogadores, o diretor falou que uma associação seria mais interessante. Ela seria responsável por proteger o direito dos atletas, no entanto, Phillip acredita que no formato de 2023 isso seria difícil de ser implementado.

[A LCS] é o exemplo ideal de como fazê-lo, porque toda a nossa competição e jogo são centrados em um único país”, disse ele. “No momento em que você adiciona mais de um país, a capacidade de sindicalizar com sucesso se torna muito mais difícil”.

Segundo o diretor, a desenvolvedora tem a oportunidade de começar tudo com o pé direito, mas tem que ser proativa e ajudar os jogadores através das medidas de proteções – sendo essas as citadas acima ou novas. Dessa forma, a Riot Games protegeria os jogadores de comportamentos predatórios das organizações no modelo competitivo.

A Riot conhece bem todas as coisas que são problemáticas e tem a oportunidade e capacidade, em nossa opinião, de iniciar este programa da maneira certa”, finalizou Aram.

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De acordo com o Upcomer, que replicou a entrevista, o portal entrou em contato com a Riot Games, que não respondeu as solicitações de um posicionamento.

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