Especial

Retrospectiva: 6 confrontos que marcaram a temporada 2021

Veja quais foram as escolhas dos jogadores sobre os confrontos que marcaram a temporada

O ano de 2021 está próximo do fim junto da primeira temporada oficial competitiva de VALORANT. O cenário viu de perto diversos torneios do Game Changers e três competições internacionais do cenário misto, sendo um deles, o VALORANT Champions 2021.

Incontáveis partidas aconteceram em 365 dias, e o público brasileiro pode acompanhar de perto a produção dos torneios. Para saber os 6 jogos mais marcantes em 2021, o VALORANT Zone conversou com Gustavo “gtnziN” Moura, Diana “mittens” Trevisan, Larissa “isla” Rodrigues e Gabriel “shion” Vilela para saber quais foram os jogos que mais marcaram cada um deles.

Gambit x Vikings (Champions)

Foto: Michal Konkol/Riot Games

Um dos jogos que fez os torcedores prenderem a respiração, a Vikings, representante brasileira, enfrentou a Gambit no Grupo C do VALORANT Champions 2021. A partida era válida para decidir o primeiro classificado para os playoffs. Os russos levaram o primeiro mapa da série, já os brasileiros venceram o segundo deixando tudo empatado.

No terceiro e último mapa, a Vikings fechou a primeira metade com uma boa vantagem no placar, que foi de 9 a 3. Na metade final, os brasileiros ficaram apenas um round de vencer a série e se classificar para os playoffs. No 12 a 5, a Gambit conseguiu dar a volta por cima no jogo e levar para a prorrogação, no qual vencerem por 14 a 12. Apesar da derrota, a Vikings mostrou a força que tinha dentro e fora dos servidores com o apoio da torcida.

“O jogo mais marcante de VALORANT de 2021 pra mim foi contra a Gambit no Champions. E foi tão marcante porque ali foi o divisor de águas tanto pros players quanto pra torcida brasileira, vimos que realmente temos nível para bater de frente com qualquer time do mundo, basta ser ajustado alguns pequenos detalhes”, comentou gtnziN.

Vivo Keyd Athenas e Gamelanders Purple (Protocolo Evolução #3)

Gabriel Lacerda/Vivo Keyd

No cenário feminino de VALORANT, o Game Changers mudou todas as estruturas de quem não achava que podia viver sendo jogadora profissional. Durante 2021, Gamelanders Purple e B4 Angels foram os times que mais constantes e difíceis de serem batidos.

“Acho que o jogo mais marcante pra mim foi um nosso (da VK) contra a Gamelanders Purple que a gente ganhou de 2×0. Foi a primeira vez que a gente ganhou delas e foi um jogo muito marcante pra todo mundo do time, a gente comemorou como se tivesse ganhado a copa do mundo. Ganhar da GL e B4 sempre foi uma barreira a ser quebrada no cenário feminino, porque poucos times conseguiam esse feito”, revelou isla.

A Vivo Keyd Athenas, uma equipe que vinha em uma crescente desde o início, enfrentou a GL Purple nas semifinais do Protocolo Evolução #3, a VK que nunca antes tinha vencido da GL, conseguiu quebrar o tabu, ao vencer por 2 a 0 e se classificar para a grande final. Ao vencerem uma das favoritas ao título, a Vivo Keyd mostrou que o cenário feminino de VALORANT no Brasil, está repleto de talentos.

Liberty x Six Karma (Last Chance América do Sul)

Liberty contra a Six Karma no LCQ SA. Foto: Bruno Alvares & Cesar Galeão/Riot Games

O último torneio presencial que aconteceu no Brasil no VALORANT foi a seletiva do Last Chance América do Sul. O torneio reuniu oito times, quatro do Brasil e quatro do LATAM. A competição era a última chance de algum time cravar a vaga para o VALORANT Champions 2021.

“Pra mim o jogo mais marcante de 2021 foi o jogo da Libery contra a Six Karma. Acredito que ele foi o mais marcante por causa de toda atmosfera que foi criada, o jogo foi pro terceiro mapa, pra prorrogação e por ser em LAN, todo o ambiente estava tenso, tinham muita ansiedade que, obviamente, contagiou todos os jogadores. E nós players, pudemos perceber, que até a equipe da Riot, os câmeras, toda a galera do backstage também estavam muito apreensivos. Foi uma coisa que a gente não sente todo dia, as emoções foram lá pra cima. Então acredito que esse tenha sido um dos jogos mais marcantes do ano pra mim”, contou shion.

Lutando pela última vaga do Grupo B para os playoffs, a Liberty enfrentou a Six Karma em uma série de MD3. Os brasileiros perderam o primeiro mapa por 14 a 12. Contudo, na volta ao palco, e no segundo mapa, a Liberty não deu chances e venceu por 13 a 4, deixando tudo empatado. No último mapa, Ascent, a disputa foi acirrada e só acabou na prorrogação com o triunfo dos brasileiros por 17 a 15.

Liberty x Stars Horizon (Game Changers Series Brasil 2)

Divulgação/ Liberty

O Game Changers Series Brasil 2 aconteceu em novembro, no qual foi o segundo e último evento principal organizado pela Riot Games em parceria com a Gamers Club. Com oito times participando, um deles foi a Liberty, que ficou em 3° lugar na competição.

“O jogo que me marcou muito foi o main event do Protocolo: Evolução, foi uma MD3 contra a Stars Horizon, que a gente acabou perdendo, mas o primeiro mapa me marcou muito e ainda marca até hoje, que foi uma Split. Desde o começo do ano eu era duelista, e meu main era a Raze, só que devido as funções e adaptações, eu nunca consegui exercer essa função no time“, comentou mittens.

“Esse jogo especificamente me marcou muito, tanto por eu jogar de Raze quanto por eu ser IGL (capitã) do time, eu tive que estar 100% nas duas funções. Foi um jogo que começamos perdendo de 6 a 0, eu estava jogando muito mal individualmente e eu consegui entrar no jogo de novo. Consegui colocar a cabeça no lugar, realmente passar calls boas e fazer o novo tive virar mesmo.”

No jogo de estreia, a Liberty caiu por 2 a 1 para a Stars Horizon Vênus. Apesar da derrota, mittens conseguiu ajudar a equipe na chave inferior da competição, no qual venceram o Cruzeiro, breakout até encararem novamente a Stars Horizon. Na revanche, a Liberty devolveu o placar e foi para a final da chave contra a B4.

Gamelanders Purple x B4 Angels (All Stars)

Game Changers Series Brasil
Divulgação/Gamelanders

Um dos clássicos do cenário feminino de VALORANT, Gamelanders Purple e B4 Angels se enfrentaram 11 vezes em finais durante os campeonatos que disputaram. Durante o Spike Plant #36, o treinador André “palestra” Gomes falou um dos momentos mais emblemáticos no comando do time.

“No final da SBT, que ganhamos uma MD5 da B4, a gente abriu uma vantagem, depois perdemos dois mapas e o último mapa na Bind foi praticamente decidido no último round, foi um 13 a 11. Acho que as meninas vão saber disso, mas aquele pause pra gente foi bem bacana, parece que nem precisei falar direito o que estava pensando porque estava todas as meninas em sintonia. Foi eu começar a falar e uma ‘eu estava pensando nisso também’, ‘eu estava’, então foi o começo de uma sintonia de um trabalho nosso, de uma equipe que está pensando parecido com o outro, acreditando na mesma forma”, revelou palestra.

Em uma final repleta de emoção e de viradas, digna de uma decisão dos dois melhores times do cenário feminino. A Gamelanders abriu um 2 a 0 na série, mas a B4 empatou com dois triunfos seguidos. Na Bind, tudo ou nada para ambas, a GL venceu e conquistou o 10° título, e depois logo iriam vencer mais três até o fim do ano competitivo.

Gamelanders x Vikings (VCB 2)

Rafael Veiga/VALORANT Zone

Um grande embate no cenário misto, todas as vezes que Team Vikings e Gamelanders Blue se enfrentaram demonstraram uma partida de alto nível. Para o ex-treinador da DETONA e Rise Gaming, Augusto ”Hollisss” Pansarim, o jogo entre as duas equipes no VALORANT Challengers Brasil 2, foi uma das que mais marcou o cenário brasileiro.

“Não tem como não falar da composição da VKS pra época, quando eles trouxeram o Yoru na Ascent. Eu acho que todo mundo ficou meio de queixo caído, sabe? Em tão alto nível nenhum time tinha demonstrado ali o Yoru dentro de uma composição.”

Durante a segunda etapa do VCB, para descobrir quais os quatro times que iriam para a final para lutarem por uma vaga para o Masters Reykjavík, a Vikings e a Gamelanders se enfrentarem em uma série de MD3. Em uma partida intensa, a VKS venceu o primeiro mapa por 13 a 8, mas a GL virou com um 2 a 1, vencendo o último mapa na prorrogação. Uma partida história de Leonardo “mwzera” Serrati, que teve 79 eliminações na série.

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