Pouco depois de revelar o circuito competitivo de VALORANT para 2021, a Riot Games anunciou o Game Changers, projeto voltado para dar mais visibilidade às mulheres, contando com torneios oficiais promovidos pela própria desenvolvedora além de um programa de apoio a campeonatos de terceiros.
Visando dar mais destaque às mulheres na cena competitiva, o VALORANT Zone conversou com as jogadoras Diana “mittens” Trevisan da Havan Liberty, Natália “nat1” Meneses da Gamelanders Purple, Elaine “mindle” Mendes da Stars Horizon Vênus e Patricia “Misty” Alves da BearClaw sobre as oportunidades que o FPS abriu para o cenário feminino.
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Uma coisa que as quatro jogadoras têm em comum é o fato de terem migrado do Counter-Strike. Para nat1, o cenário feminino do VALORANT já surgiu de uma forma mais saudável e sustentável: “Eu e as meninas do CS que começamos anos atrás, passamos por muitas situações desagradáveis e só começamos a ter uma visibilidade muito tempo depois. Meio que ajudamos a amadurecer a cena feminina no geral para que hoje no VALORANT as coisas estejam bem melhores e profissionais.”
Da Stars Horizon, mindle citou a grande diversidade de jogadoras no cenário já que muitas vieram de outros jogos que não foram FPS. “Eu vejo um cenário que dá muita oportunidade pra pessoas novas, e que vêm de vários outros jogos além do fps. Tem muitas meninas boas que vieram do próprio LoL, e isso querendo ou não, junta muitos cenários diferentes que no fim vão se ajudar a fortalecer“, disse
Durante o Spike Site 13, mittens falou da própria visão em relação aos dois cenários competitivos e as diferenças que eles emergem: “A coisa mais ‘gritante’ é o apoio da desenvolvedora. Como eu falei, o CS muitas vezes a comunidade tinha que desenvolver um campeonato. Aqui no VALORANT você já chega com a desenvolvedora falando “estamos de olho em vocês, a gente se preocupa e vamos desenvolver um cenário para vocês mulheres“. A jogadora da Havan ainda citou que acredita que muitas jogadoras do CS vão migrar para o FPS da Riot.
O apoio da Riot no cenário feminino, além da ajuda financeira para criação de campeonatos, é um movimento que traz segurança para o desenvolvimento da cena competitiva. Da BearClaw, Misty afirmou que sem ajuda da desenvolvedora, seria mais difícil.
“Com certeza seria muito mais difícil, não sei se parecido, pois no CS foram muitos anos sem campeonatos, sem equipes e vemos muito mais mulheres jogando VALORANT do que víamos no CS:GO, até por conta da distância de lançamento entre cada um dos jogos. Mas com certeza as meninas se sentem muito mais seguras em investir nesse “sonho”, por saberem que podem viver do jogo, algo que era impossível no CSGO há alguns”, apontou.
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Sobre o principal motivo do cenário feminino estar em constante evolução no VALORANT, as jogadoras citaram o apoio da Riot como pilar principal que permeia todas as camadas do competitivo. “O calendário cheio e apresentado com antecedência passa segurança pras organizações investirem no cenário feminino e a consequência disso é que cada vez mais meninas possam se dedicar ao jogo e levarem como profissão”, revelou nat1.
“O incentivo da Riot e das organizações com certeza. Acredito que ainda muitas meninas vão migrar, por verem mais oportunidades no VALORANT. O jogo ainda é recente comparado aos outros e já temos muitas meninas jogando competitivamente, acredito que isso só tende a crescer“, respondeu Misty.
Com um cenário movimentado, com muitos torneios e premiações altas, que valorizam as jogadoras e atraí atenção dos times, o VALORANT manteve o sonho vivo de muitas jogadoras se tornarem profissionais nos esports.
“Aqui no Valorant, quase toda semana temos campeonatos importantes e com premiações muito boas, o que ajuda a crescer nosso nível, aumentar a competitividade e chamar a atenção de patrocinadores, apoiadores, etc. Então, temos muito mais oportunidade de sermos vistas, de acompanharem nossos trabalhos e tudo o mais, o que gera um trabalho muito melhor na nossa imagem e na nossa carreira. E consequentemente, somos mais valorizadas financeiramente, o que torna mais fácil conseguirmos num longo prazo viver 100% dessa carreira sem precisarmos dividir tempo com outros trabalhos ou atividades“, finalizou mindle.