Caminho para as equipes femininas brasileiras chegarem no Game Changers Series, o Protocolo Gêneses volta a agitar o cenário nacional a partir desta quinta-feira (22) com a disputa da segunda etapa classificatória. O torneio, que até o momento tem 26 participantes, distribuirá R$ 8 mil em prêmios e 60 pontos no circuito operado pela Gamers Club em parceria com a Riot Games.
Para falar um pouco mais sobre os times e as chances dos mesmos no campeonato, o VALORANT Zone produziu uma prévia que traz uma análise geral do Protocolo Gêneses 2.
A EQUIPE DO MOMENTO
Campeã da primeira seletiva, a Gamelanders Purple é a equipe do momento no cenário feminino visto a sequência de títulos que imprimiu desde que levantou a primeira taça, curiosamente, a do Protocolo Gêneses 1. Os seguintes, coincidentemente, têm ligação com o Game Changers, mas o programa de apoio da Riot: Sakuras Ascent e Girl Pwr VALORANT 2.
A evolução do time desde a estreia no competitivo é nítida visto que as jogadoras construíram uma sinergia inicial e conseguiram encontrar um estilo de jogo característico do time, que não sabe o que é perder desde 22 de março, quando sofreu um 2 a 0 para a antiga DreamTeam (atual Vivo Keyd) no WCF Masters. Desde então, só contando as fases principais das competições dos torneios femininos, são 12 vitórias seguidas.
As Purples entram nessa seletiva do Protocolo Gêneses não só querendo se manter no topo do ranking. É clara também a vontade das jogadoras em dar sequência a série de conquistas. Mas trata-se de uma tarefa mais árdua do que chegar onde chegaram visto aqui a equipe assumiu o posto daquela a ser batida pelas demais.
Positivo para Gamelanders Purple estão os fatos de que no momento poucas equipes mostraram já saber como se jogar contra o time liderado por Ana “Naxy” Beatriz e que essas jogadoras já têm noção de precisam criar variações em relação a modo de jogar e composições utilizadas- o que já mostraram um pouco no Girl Pwr #2 ao dar Sage para Paula “bstrdd” Naguil. O segredo estará no aprender a dosar essas mudanças para que a essência não seja perdida e isso se torne um calcanhar de aquiles. Fora que a concentração precisa sempre estar alta para que o apagão visto no WCF Masters não volte a acontecer.
EM BUSCA DO TRONO PERDIDO
INTZ Angels foi a equipe que começou 2021 a todo vapor, emendando quatro participações em finais e dois títulos. A exaustiva sequência de torneios entre o fim de março e o início deste mês acabou fazendo com que as Intrépidas caíssem um pouco de rendimento, mas nada fora do comum para um esquadrão que está sempre brigando pelas posições mais altas dos campeonatos.
As Angels entram nessa seletiva do Protocolo Gêneses querendo, e muito, recuperar o trono do cenário feminino. O primeiro passo foi dado logo quando o time teve um pouco mais tempo para treinar, com esse período sendo aproveitado para mudanças cirúrgicas em relação às funções exercidas pelas jogadoras, o que já refletiu individualmente para Isabeli “isaa” Esser, que brilhou de Reyna no Girl Pwr VALORANT 2, competição na qual foi eleita como MVP.
O aprimoramento da nova forma de jogar e o entendimento por parte das jogadoras sobre os papéis que cada uma precisam desempenhar a partir da mudança apresentada no último torneio que disputaram serão essenciais para a INTZ Angels voltar a ser hegemônica no cenário.
A HORA DE BRILHAR É AGORA
Respectivamente antigas DreamTeam e LadiesAIM, Vivo Keyd Athenas e Jaguares são as equipes que surgiram neste ano com bastante potencial e embalando resultados expressivos nos primeiros torneios disputados neste ano. Para ambas, a segunda seletiva do Protocolo Gêneses é o momento certo para se consolidarem na elite do cenário feminino.
Não é que esses times não estejam consolidados entre os principais do cenário na atualidade. Mas ainda falta certa regularidade para que Jaguares e Keyd consigam terminar grande parte das competições no Top 4. Essa falta de constância mostrou para ambas que existem outras equipes com potencial e que estão batendo na porta para entrarem no grupo das melhores do país.
Brilho de protagonistas Jaguares e Keyd já mostraram recentemente. A primeira ao chegar na decisão Sakuras Ascent, enquanto a segunda mandou muito bem na seletiva feita pela organização a qual representa e na primeira seletiva do Protocolo Gêneses, a qual ficou no Top 4.
BATENDO NA PORTA
As competições que foram acontecendo nos primeiros meses do ano mostraram o quão bem servido está o cenário feminino brasileiro, com uma boa quantidade de equipes com potencial de se tornarem protagonistas. Uma delas é a Havan Liberty, que chegou nas fases finais dos últimos campeonatos que disputou, como a decisão do WCF Masters, a qual perdeu para INTZ Angels. Essa seletiva do Protocolo Gêneses será uma ótima oportunidade para o time se consolidar.
Quem também está em alta é a Stars Horizon, equipe formada pelo core ex-Team Vikings. Ainda como chikititaS, as jogadoras emplacaram dois Top 4 seguidos no Sakuras Ascent e no Girl Pwr VALORANT #2. A confiança das jogadoras parece ter voltado, até porque agora, novamente, estão representando uma organização. Para ir ainda mais longe no Protocolo Gêneses #2, o quinteto precisará o que ainda não fez: vencer INTZ Angels e Gamelanders Purple, caso as enfrente.
Não se pode deixar de fora dessa lista também a BEEHIVE, que foi uma das surpresas no primeiro Protocolo Gêneses, mostrando assim que tem potencial de fazer apenas um lampejo momentâneo, 4 Duelistas 1 Baiter e Number Six.