Fundada pelos jogadores de futebol João Pedro e Kaique Rocha e presente, inicialmente, em Fortnite, Team Vikings foi a primeira organização brasileira a investir na contratação de uma equipe de VALORANT e isso aconteceu porque os representantes do clube gostaram do que viram quando o FPS da Riot Games foi anunciado.
Ao VALORANT Zone, Kaique Rocha, revela que “as primeiras impressões na divulgação do game e também a repercussão nos levou a crer que a adesão seria grande“. Ainda de acordo com o zagueiro da Sampdoria, o interesse coletivo no FPS mostrou à Vikings que “entrar no começo nos traria muitos benefícios. A partir daí, selecionamos o que acreditamos ser o melhor e montamos um time de peso“.
Para participar do ainda embrionário competitivo de VALORANT, Team Vikings contratou uma escalação recheada de ex-jogadores de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO)
João Pedro mostra confiança falando sobre a equipe contratada para representar a Vikings: “todos os selecionados tem excelentes resultados no CS:GO. Vimos todos jogando e sabemos que eles têm qualidade. É questão de tempo para que mostrem resultados também no VALORANT“
Sobre como o time foi selecionado, Kaique explica que a organização possui “pessoas que acompanham as movimentações de mercado e os resultados em diversas franquias. Temos relacionamento com diversos jogadores e, com toda a repercussão do VALORANT, vimos alguns interessados em entrar de cabeça nesse projeto“.
Por ser um jogo que está em fase beta e ter um competitivo embrionário, organizações em todo mundo ainda estão estudando VALORANT a fim de saberem se é uma modalidade que vale o investimento. Por conta disso, ter o apoio de um clube já no primórdio do jogo é de imenso alívio.
É o que afirma Bruno “Zotie” Zotesso. “Uma organização como a Vikings, logo de início nos dando esse suporte, nos inspira muito em todos os aspectos e nos da um apoio imenso para começarmos com tudo desde o início do jogo“.
Quanto as dificuldades que os jogadores estão encontrando atualmente no FPS, Matheus “Dem0” Yokomizzo fala que a principal, “e que é uma coisa completamente natural, é de ter poucos times para treinar. Mas é algo que com o tempo vai melhorar. Já tem alguns times bem legais de se jogar contra e você consegue praticar coisas novas e também aprender com os erros”.
Dem0 é um dos jogadores mais experientes da Team Vikings e um dos quatros vieram do CS:GO. Dá época em que competiu no FPS da Valve, o jogador traz um “psicológico forte“: “venci campeonatos, perdi campeonatos, passei por frustrações e isso só me deixou cada vez mais forte. Também tem a experiência como jogador que nunca vai sair de mim graças ao CSGO.
Estudar bem o FPS da Riot para desenvolver um meta que se encaixe no estilo da equipe é um dos objetivos traçados de acordo com Lucas “Cad” de Oliveira. “Em questão de campeonatos, acredito que disputar todos e vencer o máximo possível, sempre amadurecendo como equipe“, completou.
Bem-vindo, @VALORANTBrasil!
— Team Vikings (de ?) vs COVID-19 (@TeamVikings) May 6, 2020
É com muito prazer que anunciamos a nossa entrada nesse novo esports. Gostaríamos de dar as boas vindas ao nosso mais novo time de Valorant. ▶️ https://t.co/n4Nt28SlO2@zotie @demofps @dimasrw_ @fpscad @cry0cs#GoVikings pic.twitter.com/cRoV9hAZOZ
VALORANT VAI MATAR O CS?
Desde que VALORANT foi anunciado se é discutido que o jogo “matará” o FPS mais jogado do mundo no momento: Counter-Strike. A comunidade está dividida, com parte dela falando que o título da Riot Games atingirá em cheio da Valve e a outra afirmando de forma categórica que nada mudará.
Ex-atleta de CS, Thiago “Cryo” Amorim aponta que o cenário da antiga modalidade “se tornou muito difícil de navegar nos últimos dois anos. Organizações confiáveis são cada vez mais escassas e não existe investimento no nível semi-pro, onde se estabelecem novos times e novos talentos, ficando cada vez mais difícil viver disso e chegar no nível de dedicação e tempo investido necessário para chegar no topo do cenário“. E isso na opinião do jogador fez com que aqueles que competiam no FPS da Valve resolvessem migrar para o da Riot Games, movimentação que aumentará nos prórimos meses.
“O VALORANT vem com novas oportunidades, muita visibilidade e um cenário que ainda não foi estabelecido, onde todos tem uma chance de conseguir algo sem precisar de muitos contatos ou sorte, e uma empresa que apoia o jogo em um nível muito superior a Valve com o CS“, finaliza.