Predestinada é apenas o começo para descrever srN. A jovem duelista do MIBR, com seus impressionantes 17 anos, transformou provações em triunfos em sua meteórica ascensão ao estrelato. Se 2023 já havia estabelecido sua genialidade, dentro do servidor ela redefiniu os limites do possível, tecendo uma narrativa mágica série após série.
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Mais que uma jogadora talentosa, srN emergiu como uma força da natureza, capaz de moldar o destino de cada partida com uma maturidade que transcende sua idade. Agora, ela atinge a posição número 1 na lista de Melhores no Brasil em 2024.
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A trajetória rumo ao profissional
A paixão pelos games surgiu cedo na vida de srN. Desde os seis anos de idade, quando teve seu primeiro contato com jogos de tiro através do Call of Duty no XBOX 360, já demonstrava afinidade com o gênero FPS.
“Eu jogava bastante FPS quando eu tinha 6 anos. Jogava COD no XBOX 360 e sempre gostei de jogos de trocar tiro. Foi mais ou menos nessa época que vi um jogo chamado CS:GO, que meus amigos jogavam no XBOX, então resolvi baixar para jogar“, relembra a jogadora.
Sua jornada com o Counter-Strike começou de forma modesta, como ela própria conta: “No começo não tinha entendido nada, era uma versão muito antiga do CS que não atualizavam há anos no XBOX. Em 2017, quando eu ganhei um notebook, resolvi comprar o CS:GO na Steam e foi paixão à primeira vista“.
A dedicação ao jogo transcendia as limitações técnicas, como revela srN: “Passava horas jogando aquilo, por mais que eu não tivesse nenhum periférico ótimo e jogasse o jogo a 50 fps, eu me divertia muito (e dava muita bala na cara). Em 2016 foi o ano que descobri que existiam profissionais que competiam em campeonatos. Nesse mesmo ano, vi o Brasil sendo campeão do major pela LG“.
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Por que migrar e competir no VALORANT?
Para srN, a mudança do CS:GO para o VALORANT foi um movimento natural, motivado pela familiaridade entre os títulos e pelas novas possibilidades que o jogo da Riot Games oferecia. Atraída pela dinâmica única do VALORANT e seu sistema competitivo, a jogadora encontrou no novo cenário o ambiente ideal para desenvolver seu potencial.
“Escolhi o VALORANT Por ser muito parecido com o jogo que eu jogava, o CS:GO. Acredito que o que eu mais gosto no VALORANT é todo esse negócio de diferentes agentes terem diferentes funções e o jogo ser muito flexível, deixa de se muito repetitivo, por ter muitas variedades de composição“.
“Escolhi competir no VALORANT pelo jeito que os campeonatos eram feitos (não é mais do mesmo jeito), pela minha facilidade com o jogo e também por ser parecido com o Counter-Strike” disse a duelista.
2023: O ano da consagração
O ano de 2023 marcou a explosão de srN no cenário competitivo. Defendendo inicialmente a 00 Nation – posteriormente renomeada para Legacy – a jovem prodígio rapidamente se estabeleceu como uma das principais forças do VALORANT brasileiro. Sua trajetória meteórica incluiu vitórias memoráveis sobre potências estabelecidas do circuito inclusivo como LOUD e ODDIK, culminando em um feito notável: a quebra da invencibilidade da Team Liquid.
Mesmo com a campanha no Game Changers Brazil aquém das expectativas, o talento individual de srN não passou despercebido. Seu impacto no cenário foi reconhecido com uma impressionante 7ª posição no ranking dos Melhores do Brasil 2023 do VZone. No Prêmio eSports Brasil 2023, aos 16 anos, a duelista protagonizou uma noite histórica ao conquistar duas categorias: melhor atleta do cenário inclusivo de VALORANT e atleta revelação inclusivo. Em uma cerimônia emocionante, srN subiu ao palco para receber os troféus que solidificaram seu status como uma das principais promessas do esport nacional.
2024: O ano do protagonismo absoluto
A chegada de srN ao MIBR em 2024 representou mais que uma simples transferência – foi a peça final do ambicioso projeto “exodia”, uma equipe especialmente montada com um objetivo audacioso: destituir a Team Liquid de seu reinado dominante no cenário inclusivo.
Os primeiros meses, no entanto, sugeriram um período de adaptação. Nos dois classificatórios iniciais do Game Changers Brazil Series 1, sua performance ainda não refletia todo seu potencial, com o MIBR sucumbindo em ambas as ocasiões para a Liquid com placares de 3 a 1.
A etapa principal do Series 1 trouxe um vislumbre do que estava por vir, quando o MIBR finalmente conseguiu sua primeira vitória sobre a Liquid. Contudo, na grande final, uma nova derrota por 3 a 1 se revelou mais que um revés – foi o catalisador de uma transformação fundamental na equipe.
A avalanche do exodia: A supremacia revelada
A derrota no Series 1 serviu como combustível para uma transformação extraordinária. O MIBR retornou ao Series 2 com uma preparação meticulosa e uma srN em estado de graça. Liberta de qualquer amarras, a duelista conduziu sua equipe a uma campanha avassaladora, onde nem Team Leveling, LOUD ou a poderosa Liquid conseguiram conquistar um único mapa, todas sucumbindo com placares categóricos de 2 a 0.
A grande final se transformou em um espetáculo histórico. Em uma série épica de cinco mapas, srN alcançou números estratosféricos: 113 abates e um impressionante ADR (Average Damage per Round) de 174, estabelecendo novos parâmetros de excelência individual. Era a coroação perfeita – o primeiro título tanto para a jovem prodígio quanto para o MIBR, marcando o início de uma nova era no cenário competitivo.
O MIBR chegou ao Series 3 não apenas como favorito, mas como uma força imparável. A equipe, agora em plena sintonia, demonstrou que as barreiras do início do ano eram apenas degraus em sua ascensão. A campanha pela chave superior foi mais uma demonstração de domínio absoluto, pavimentando o caminho para um novo confronto épico contra a Team Liquid na final.
Foi então que srN protagonizou uma performance que transcendeu os limites do que se imaginava possível no VALORANT em 2024. Em estado de completa dominância, a duelista escreveu seu nome na história com números surpreendentes: 97 abates, um ACS (Average Combat Score) estratosférico de 338 e um ADR que desafiou a lógica ao atingir 217.
Uma exibição de maestria que não apenas garantiu a vitória por 3 a 1, mas também assegurou a tão almejada vaga no Game Changers Championship 2024. Era a confirmação definitiva: srN não era apenas uma promessa – era uma realidade que redefiniu os padrões do competitivo.
Mundial: A consagração internacional
A estreia do MIBR no Championship 2024 era envolta em mistério para as equipes internacionais. Logo de início, a equipe brasileira mostrou seu potencial com uma vitória contundente sobre a GIANTX por 2 a 0. O encontro com a G2 Gozen na sequência resultou em uma derrota que, embora dolorosa, não abalou o espírito da equipe.
Com as costas contra a parede na chave inferior, o MIBR demonstrou sua resiliência. Vitórias convincentes sobre ZETA DIVISION e Xipto Esports abriram caminho para a revanche contra a G2 – e que revanche. O que se viu foi uma exibição de VALORANT em sua forma mais pura: um avassalador 3 a 0 onde srN atingiu novos patamares de excelência. Em completa sintonia com sua equipe, a duelista brasileira deixou sua marca com números extraordinários: 70 abates, um ACS de 330 e um ADR de 204, números que confirmaram seu status entre a elite mundial do jogo.
Mesmo que a campanha tenha terminado antes do título máximo, o MIBR escreveu um capítulo memorável no VALORANT internacional, com srN como protagonista absoluta. Uma trajetória que não apenas elevou o patamar do cenário brasileiro, mas também estabeleceu novos parâmetros de excelência individual no cenário global.
A indiscutível número 1
A maestria técnica de srN sempre foi sua marca registrada. Especialista em agentes explosivos como Raze e Jett, a duelista eleva seu nível de forma exponencial quando sua confiança atinge o ápice, transformando cada round em uma oportunidade para demonstrações extraordinárias de habilidade.
Os números da temporada 2024 contam apenas parte da história: um impressionante ACS de 291.0, ADR de 187.4 e KAST de 77.06%. Mas para além das estatísticas excepcionais, existe um fator ainda mais notável: sua idade. Aos 17 anos, srN demonstra uma maturidade e coragem dentro do servidor que poucos veteranos conseguem alcançar. Este destemor não vem apenas de seu talento natural, mas é nutrido pelo suporte incondicional de suas companheiras de equipe e pela estrutura proporcionada pela comissão técnica.
Esta combinação única de talento precoce, números extraordinários e maturidade competitiva culminou em seu reconhecimento como a melhor jogadora do Brasil em 2024 pelo VALORANT Zone. Uma escolha que reflete não apenas seu domínio individual, mas também sua capacidade de elevar o nível do competitivo brasileiro a patamares internacionais.