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Especial

Os melhores no Brasil em 2021 – Erick “aspas” Santos (7)

Jogador estreou no competitivo com a SLICK em 2021

Do casual do CS:GO até o competitivo do VALORANT. Foi em 2021 que Erick “aspas” Santos chegou ao cenário profissional do FPS da Riot Games. Com 18 anos de idade, o jogador estreou no maior torneio de VALORANT do Brasil e mostrou que, além de ser uma grande revelação do cenário, pode se tornar um grande jogador.

O atleta que, decidiu competir no VALORANT, foi contratado pela SLICK em março, para ficar no lugar de Hernan “Hastad” Klingler, o dono da organização. Apesar de ter sido uma tarefa difícil, aspas não sentiu pressão na nova etapa da vida e apareceu em 7° lugar na lista do VALORANT Zone dos melhores jogadores de 2021.

O 7º MELHOR NO BRASIL EM 2021

Os 10 melhores jogadores no Brasil em 2021 foram escolhidos com base nas listagens de melhores jogadores dos mais de 30 campeonatos apurados pelo VALORANT Zone no ano de 2021. Uma fórmula foi elaborada, com cada posição dada aos atletas nas listas possuindo um peso e as competições sendo divididas em cinco categorias, cada qual dando uma quantidade específica de pontos. Conquistas coletivas também foram contabilizadas.

Apesar de ser um nome que surgiu nesta temporada, aspas se fez presente em oito listas de melhores jogadores, sendo eleito MVP do GGWP VALORANT Series 1, acumulando assim um total de 229 VZone Points.

aspas em 2021

  • Chroma Cup #1 – EVP
  • Chroma Cup #2 – EVP
  • VCB #1: Etapa 2 – EVP
  • VCB #3: Fase 2 – EVP
  • VCB #3: Etapa 2 – EVP
  • Copa Rakin 1 – EVP
  • Chroma Cup #10 – EVP
  • GGWP VALORANT Series 1 – MVP

O jogador jogou de Jett, Reyna e Raze na maior parte das competições. Nos últimos três meses, o jogador teve um ACS de 255, ADR de 162.7, KD de 1.49 e um KPR de 0.93. Os dados foram retirados do site thespike.gg.

Status dos últimos 3 meses do aspas. Foto: Arte por VZone.

INFÂNCIA E CS

Admirador da saga Counter-Strike, aspas conheceu e jogou o FPS da Valve quando tinha apenas 4 anos de idade, graças ao pai, que apresentou o filho prodígio a um dos maiores títulos do cenário mundial de esports. Sem ter ideia do que se tornaria no futuro, aspas também jogava StarCraft, DotA e MOBA no geral. Contudo, foi o CS que chamou a atenção do mineiro.

“Foi o fato de que no CS tinha muitos mini games, como por exemplo bhope, jailbreak, esses mini games mais “for fun”, foi isso que me chamou a atenção”, revelou aspas.

O mineiro comentou que nunca passou pela cabeça a ideia de se tornar um jogador profissional na época em que se dedicava ao CS. A mudança de pensamento veio com o surgimento do VALORANT. “Não tive essa ideia. Só comecei a pensar nisso no VALORANT porque nunca tive interesse em virar profissional, só joguei porque eu gostava“. Puxando pela memória, aspas se recorda de apenas ter disputado um torneio enquanto ainda jogava CS:GO.

APOIO DA FAMÍLIA E STREAMS

Antes de se tornar um jogador profissional de esports, aspas começou a fazer streams. Contudo, não houve nenhum motivo específico para o jovem mineiro começar a fazer transmissões, segundo o próprio.

Quando decidiu ir pelo caminho “menos convencional” em questão de profissão, aspas recebeu o apoio da família e até quando decidiu fazer stream, sem ter um processador de alto nível, a família arcou com os custos para comprar um novo e incentivar aspas na escolha que havia feito.

INÍCIO DO VALORANT

Ao contrário do que muitos pensam, a relação do aspas com o VALORANT demorou para acontecer já que o mineiro continuava focado no CS:GO mesmo sem estar competindo de fato. O mineiro revelou que foi apenas no Ato 3 que começou a jogar o FPS da Riot pra valer.

“Achei interessante, mas não comecei a jogar logo de cara. Só comecei a jogar no Ato 3, que foi quando eu parei de jogar CS de vez. Eu demorei a começar a jogar porque eu continuei a gostar dos mini games do CS, acho algo bem divertido pra passar o tempo, por isso levei um tempinho pra entrar no VALORANT.”

Ainda distante do VALORANT, aspas não pegou o início do competitivo do FPS em 2020, o atleta demorou para ver os jogos e conhecer os times que estavam disputando os torneios na época.

Sobre a decisão de querer se aventurar no mundo da competição, aspas revelou que o desejo veio após alcançar os rankings mais altos no modo competitivo. Um novo passo para quem já havia praticamente “zerado” a ranked do jogo, aspas estava disposto a tentar um novo desafio. E foi em março que o jogador teve a primeira oportunidade.

Aspas
Foto: Rafael Veiga/VALORANT Zone

O atleta foi sondado pela SLICK, para assumir o lugar de Hastad, o CEO da organização que também atuava no time. “Foi tranquilo. Já era um time que estava consolidado na época. Achei uma boa oportunidade e praticamente foi quase a única que eu tive, então eu aceitei pra ter uma primeira experiência”, contou aspas.

O primeiro time competitivo de aspas foi a SLICK, mas o atleta já havia disputado as primeiras edições do Chroma Cup e seletivas abertas do VALORANT Challengers Brasil com a tag da “favela aimmers”.

Presente no cenário competitivo, o jogador vivia com as duvidas que o público sentia sobre o talento, se o jovem mineiro era um prodígio ou usava de programas externos para conseguir vantagem. Contudo, os burburinhos sobre aspas usar cheat, não incomodaram o jogador.

“Eu nunca me importei com essas coisas, não me importo muito com que os outros falam. Então foi bem tranquilo, só joguei o meu jogo e ignorei”, afirmou. O mineiro ainda contou que nunca teve interesse em provar que os outros estavam errados, só estava focado em uma coisa: jogar.

VCB E TÍTULO EM LAN

Junto de aspas, a SLICK se classificou para a fase final do VCB 2. Contudo, o time caiu em 7º lugar e não conseguiu a vaga para o VALORANT Masters Reykjavík. Na primeira edição da Copa Rakin, o time ficou em 4º lugar.

Na terceira e última fase do VCB 3, que dava a vaga para o Masters Berlin, torneio internacional, a equipe não chegou nas finais ao perder para a Jaguares por 2 a 1. Pouco tempo depois, a organização dispensou os jogadores e comunicou o fim da SLICK. Dessa maneira, aspas ficou livre no mercado para fechar com qualquer outro time, contudo, o mesmo optou por não fazer.

Já na reta final do ano, aspas se juntou com os ex-colegas de time da SLICK para participar do torneio organizado pela GoodGame WP, o GGPWP VALORANT Series. A equipe nomeada como FOGUETE se classificou pela seletiva e venceu a Liberty e a HighPower para chegar até a decisão contra a Gamelanders. Na final presencial em São Paulo, a equipe bateu os adversários por 3 a 1 e aspas levou o prêmio de jogador mais valioso da competição, no caso, o MVP.

“Foi meu primeiro campeonato presencial e jogamos sem pressão, era só um fake, nem tínhamos treinado. Eu achei diferente pelo fato do ping, eu fiquei surpreendido com o PC, porque pode ser um computador totalmente diferente, um FPS diferente, mas acho que o que mais me surpreendeu foi o ping.”

Rafael Veiga/VALORANT Zone

BOLD PREDICTION E 2022

No bold predicition, que no caso, os jogadoras presentes no Top 10 no Brasil em 2021, comentam qual atleta estará presente no Top 10 do ano que vem. O mineiro citou Gabriel “gaabxx” Carli. “Ele tem muita noção de jogo, muita mira, e eu tenho certeza que ano que vem, ele vai ser um cara que vai se destacar bastante.”

Para 2022, aspas foi direto sobre o que quer conquistar. “Pelo menos ganhar um campeonato internacional para o Brasil ano que vem”. Com duas edições de Masters, o Champions e um novo circuito de torneio que ainda será revelado, aspas terá muitas chances de trazer o tão sonhado título para os brasileiros.

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