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Especial

Os melhores do Brasil em 2020 – Lucas “ntk” Martins (8)

Ex-jogador da Team One foi eleito o oitavo melhor jogador de VALORANT no Brasil neste ano

Lucas “ntk” Martins termina 2020 de uma forma muito diferente em comparação com o início do ano. O jogador de 26 anos, que sempre conciliou os estudos com o “hobbie” Counter Strike, viu sua vida trilhar um rumo diferente com a chegada do VALORANT.

Saindo do CS:GO para o shooter da Riot Games, ntk teve uma ascensão rápida, se destacando nas filas ranqueadas e recebendo o convite para representar a Nimo One. O profissional não chegou a conquistar um título, mas concretizou o desejo de ser profissional e marcou seu nome como um dos 10 melhores jogadores do ano pelo VALORANT Zone.

ntk competindo no First Strike | Foto: Bruno Alvares / Riot Games

COUNTER-STRIKE DE LAN HOUSE

Nascido em 1994, a paixão de ntk por jogos online começou desde cedo e foi através do MMORPG Ragnarök. Assim como muitos jovens do inicio dos anos 2000, o Counter-Strike em lan houses foi a porta de entrada no gênero de FPS.

No entanto, ntk revelou que jogar profissionalmente nunca passou de um desejo, principalmente naquela época onde o cenário ainda era muito pequeno. Ele chegou a jogar outros games como PUBG, Fortnite e Paladins, mas sempre de forma casual, enquanto o CS sempre foi mais competitivamente.

Apesar disso, ntk tratou o jogo como hobbie e conciliou o tempo com os estudos, onde chegou a se formar em Administração. “Desde que eu saí do colégio, eu não fiquei sem estudar. Eu sempre quis jogar profissionalmente, mas era hobbie mesmo. O estudo era o foco principal“.

ntk defendeu algumas tags no jogo da Valve, como Glacon, Neverest e 2anosOLD, disputando torneios da Gamers Club, ESL Brazil Premier League e até Aorus League. Sem muito destaque, a vida competitiva do jogador mudou com a chegada do VALORANT.

MIGRAÇÃO

A migração para o VALORANT não aconteceu de forma rápida, principalmente porque o jogador ainda fazia parte de um time de CS:GO com uns amigos de Brasília. A intenção de ntk não era migrar quando começou a jogar, mas a decisão mudou após se destacar nas ranqueadas.

Uma galera começou a perguntar se eu tinha o interesse de vir jogar e foi meio que repentino. Um dia eu acordei e decidi isso na minha cabeça. Avisei os meus companheiros de time que estava saindo para ir pro VALORANT e foi assim que eu migrei literalmente.

Outra motivação para a mudança foi a Riot Games. Citando o League of Legends e o Teamfight Tactics, o atleta ressaltou a importância que a desenvolvedora dá aos jogos dela.

Eles têm atualizações a todo tempo. Estão vendo que algo está errado e vão atrás para poder arrumar e melhorar. Isso é uma coisa que no eu não via muito no CS, então a Riot tem sim um peso muito grande nisso.

A mudança também fez bem para a aceitação dos pais do jogador. De acordo com ntk, eles sempre o apoiaram, embora não gostavam muito da ideia. “Quando assinamos nosso primeiro contrato, eu avisei e eles se amarraram. Hoje em dia acompanham todos os campeonatos, assistem tudo e torcem“.

ntk representando a Nimo oNe no presencial | Foto: Bruno Alvares / Riot Games

ADAPTAÇÃO E ABORDAGEM DA TEAM ONE

Apesar das similaridades entre CS:GO e VALORANT, ntk revelou que a adaptação foi um pouco difícil, principalmente por causa de algumas manias do CS.

Uma coisa que me incomodou muito foi agachar enquanto atira, que fazíamos muito no CS e, no VALORANT é muito ruim. Eu, particularmente, consegui melhorar muito isso, mas ainda não é 100%. Ainda tem várias vezes que acabo agachando e isso, querendo ou não, me prejudica.

Para o jogador, a principal vantagem que o Counter-Strike oferece não é a mira, mas sim “no sentido de leitura de jogo” devido ao aspecto “muito mais tático que os outros games“.

O time começou a ser formado antes mesmo de se tornarem os Golden Boys. A base, composta por ntk, Gabriel “cpx” Cruz e Joaquim “champzera” Alves, está junta desde o inicio quando jogavam as ranqueadas. Posteriormente, Gabriel “qck” Lima foi chamado para a equipe.

Mesmo sem disputar campeonatos, a line-up chamou a atenção nos treinos e a Nimo One chegou oferecendo o contrato para eles representarem a organização.

ntk no office da Nimo oNe em São Paulo | Foto: Nimo oNe

AGENTES FAVORITOS

Raze e Sova, competitivamente falando, foram os dois agentes mais utilizados por ntk durantes esses primeiros seis meses, mas a empreitada do jogador no VALORANT começou com Jett e Omen.

Mesmo com a cobrança de alguns para voltar a usar a agente da Coreia do Sul, Lucas Martins afirmou que a baiana – com seu pombinho – é o personagem favorito.

O Sova, para mim, é o boneco mais quebrado do jogo, pelo fato de ter spot, drone, além das flechas que dão muito dano. Gosto de jogar com ele e do que pode fazer em um time, mas o meu preferido ainda é a Raze“.

Apesar da versatilidade nas escolhas, ntk considera ruim jogar com dois agentes bem distintos, porque muda o setup e muda o “mindset da pessoa ao jogar o jogo“. Como exemplo, o jogador usou a própria Raze e o Sova para explicar.

Além da Raze conseguir entrar na frente e procurar os confrontos, a personagem permite jogar sozinho de um lado do mapa, enquanto o Sova tem a função de suporte para o time devido as suas habilidades, impossibilitando de entrar primeiro.

Tem muita gente ainda que prefere jogar só com um boneco, então isso limita as coisas do time e todo mundo está tendo que expandir um pouco mais. Para mim, a função tem que ser sempre a mesma. O sentinela é sempre o sentinela e por ai vai. Acho que deixa o jogo mais fácil.

MELHOR VERSÃO DO NTK

Questionado sobre qual a melhor versão apresentada no ano, o jogador não titubeou em responder que foi na campanha do vice-campeonato do primeiro VALORANT Ignition Series. Além do resultado e de “conseguir mostrar o jogo“, o campeonato ficou marcado pela resiliência do jogador em momentos de adversidades.

Na ocasião, durante a partida de quartas de final contra a VINCIT, caiu a energia da casa do ntk quando eles estavam perdendo. O confronto era em MD1 e ninguém sabia se o jogador conseguiria voltar, mas ntk conseguiu se locomover até a casa de um amigo e ainda foi o autor da última kill que deu a vitória para a Team One.

Aquele perrengue que passamos nas quartas de final foi algo que deu um hype muito grande. Tenho até hoje vídeos disso, do pessoal comemorando, foi algo sensacional. Tiveram outras boas performances, mas o primeiro Ignition foi o que me marcou.

Mesmo sem conquistar nenhum titulo do ano, o ntk teve um desempenho individual muito bom, culminando com o top 8 de melhores jogadores. O player ficou feliz de “chegar nesse patamar de VALORANT”, mas para o ano que vem ele quer “acabar com essa história de vice” e performar melhor ainda.

A minha intenção é ter performance não de top 10, mas de top 1, top 2 ou top 3 no máximo. Vou treinar todo dia e toda hora para poder chegar a isso. Sem fazer nada não tem como.

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