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Especial

Os melhores do Brasil em 2020 – Leonardo “fzkk” Puertas (2)

Jogador da Vorax mostrou todo amor pelo VALORANT com um desempenho individual absurdo em 2020

O VALORANT transformou a vida de diversos jogadores de FPS ao redor do mundo. Mas, com Leonardo “fzkk” Puertas foi além. O jogador da Vorax Fusion leva a níveis extremos o estudo de jogo. Por isso, teve tanto destaque nos seis primeiros meses de jogo. Os títulos, conquistas individuais e desempenho foram dignos de estar entre os 10 melhores jogadores do ano pelo VALORANT Zone.

VEIA COMPETITIVA E AS FRUSTRAÇÕES

Paulistano do bairro de Santo Amaro, Leonardo sempre gostou de competir. Desde pequeno jogava futsal na escola e disputava torneios. Apesar disso, nunca quis levar a frente ser um atleta.

Ao mesmo tempo, descobria o computador e toda a magia dos jogos. Seu primo o apresentou ao Counter-Strike 1.6 e ele não queria parar de jogar. E todas as vezes que não podia usar o PC do parente, ia para o vizinho, Marcelo “mHa” Almeida para brincar. MHa é um dos fundadores da Team Innova e foi uma influência para fzkk.

Ele começou a jogar CS:GO logo após o lançamento. Chegou a disputar competições em ligas inferiores da Gamers Club, fez aulas com Gabriel “FalleN” Toledo. Mas, ao mesmo tempo, começou a fazer faculdade a pedido de seu pai. Estudando Sistemas de Informação acontecendo no período da noite, declinou de muitos convites de times melhores e com o tempo acabou desanimando.

fzkk já com a camisa da Vorax | Foto: Vorax Fusion

Ao mesmo tempo, começava a criar seu estilo próprio de jogo: agressivo e frenético. E é daí que vem seu apelido. Seu nick se originou da palavra “frenzy”, que em português significa frenesi, frenético. Então veio o fz. Mas como os jogadores de CS tem nicks de três letras ele adicionou o kk.

Sem muitas oportunidades no CS:GO, resolveu jogar Black Squad. Lá ele conheceu seus atuais companheiros Matheus “dragonite” Matos e Gustavo “krain” Melara. O jogo em si não lhe rendeu muita coisa tirando amizades e jogadores dispostos a migrar para o VALORANT assim que fosse lançado.

FIM DA FACULDADE, INÍCIO DE UM SONHO

Eu já tinha ideia que iria tentar ser pro player em algum momento da minha vida. Não ia deixar meu sonho escapar tão fácil”, afirmou fzkk.

No mesmo período em que VALORANT fora lançado, fzkk concluía sua faculdade e estava livre para buscar seu sonho. Com isso, se juntou a dragonite e a Hiago “delevingne” Baldi.

Porém, o primeiro campeonato que fzkk jogou foi ao lado de krain. Um fake que disputou a Brasil Open Cup ainda no mês de maio. Mas o objetivo mesmo era jogar ao lado de dragonite, delelevigne e v1xen.

A formação origial da Bottom Fraggers não contava com fzkk no elenco, sendo formado por Gabriel “v1xen” Martins, Gabriel “RanKioshi” Seren, Ana “naxy” Beatriz, v1xen, delevingne e dragonite. O jogador passou a fazer parte do time no início de junho, junto com krain, após as saídas de naxy e RanKioshi.

Rapidamente o time se encaixou e começou a ganhar campeonatos. Encaixou duas edições da BADCAT, a PGA Challenger e pra fechar com chave de ouro conquistou o Fusion New Rivals.

Muito mais que o título do principal torneio de VALORANT até então, foi a oportunidade de conseguir um patrocínio. A conquista foi a peça-chave para conseguirem o nome da empresa de energéticos.

DURAS DERROTAS E O SETEMBRO ALUCINANTE

As primeiras derrotas da já Fusion Fraggers foram na Brazil Spray Series e no Gamers Club Ultimate I. Na derrota para a TERROR.NET, o desgaste de partidas anteriores e a falta de táticas acabaram custando o título. 

Já no jogo contra a Nimo One talvez seja inexplicável. Mas para fzkk, o grande problema foi a falta de Sova na composição. Sem ter informação do adversário, a Fusion sofreu com avanços e posições fortes da T1. O resultado foi uma derrota avassaladora por 13 a 1.

O mês de setembro foi marcado por ter uma série de campeonatos, sobrecarregando as equipes. Entretanto, a Fusion parecia que embalaria. Começaram conquistando a OnFire Cup. Fzkk já vinha se destacando na competição, mas à partir da OnFire que sua Raze encaixou. Ele foi o principal jogador da competição com uma absurda média de 277.5 de pontuação de combate.

Na sequência vieram dois vice-campeonatos. AORUS League 1 e Gamers Club Ultimate II. Um duelo praticamente de melhores times do Brasil na AORUS terminou com a vitória da Gamelanders.

Outra derrota inexplicável aconteceu no segundo Ultimate. A equipe começou bem a decisão contra a NOORG 2.0, vencendo com facilidade o primeiro mapa. Mas a partir do segundo, a adversária ficou imparável. Os jogadores acordaram e começaram a fazer kills impressionantes. 

Apesar de mais uma derrota, fzkk seguia com o desempenho absurdo nas competições. Tanto é que seu ACS foi 251, o maior da competição. E mesmo sem o título, ele ganhou a medalha de MVP da competição.

PARADA TÉCNICA E CLASSIFICAÇÃO PARA O FIRST STRIKE

Depois de um mês agitado com diversas competições, a Fusion decidiu parar. Os meses de outubro e novembro foram praticamente sabáticos para o time. De acordo com fzkk o objetivo era aperfeiçoar os fundamentos e criar novas táticas.

Com facilidade, garantiram a vaga para o principal torneio de VALORANT em 2020, o First Strike. Já no final do mês de outubro, o time não vacilou e desta vez conquistou o título do Esportsmaker Spike Series.

Sem esconder táticas, o time foi passando pelos adversários com muita força. A decisão foi complicada contra a surpreendente MIX. Novamente, fzkk chamou a responsabilidade marcando um ACS de 230 somente na decisão. Era mais um título para Fusion Fraggers e mais um MVP na conta da Raze do time.

O SONHO COMEÇA, O SONHO TERMINA

O mês de dezembro começou com uma ótima notícia para os atletas da Fusion Fraggers. Além do patrocínio do energético, agora eles ganharam uma casa. A Vorax, fusão de Falkol eSports e Prodigy Esports contratou a equipe.

A estreia aconteceria no First Strike. O time vinha se preparando em um gaming office em São Paulo. Porém, o vírus da COVID-19 veio para acabar com o sonho dos jovens.

Quando o dragonite deu positivo (para COVID) a gente não entendeu nada. Dragonite era um cara que não saia de casa. Ele não saia pra nada. Ficava o dia inteiro no office. Depois pensamos no que poderíamos fazer, apesar de não ter o que fazer“, disse.

fzkk ficou inconsolável por não jogar o First Strike | Foto: Vorax Fusion

fzkk apontou ainda sobre a ideia do time em usar o manager Victor “Broukz” Luiz: “O nosso sexto player inscrito era o Broukz. Ia ser difícil da gente achar um jeito de achar um jogador. O Broukz não é jogador para disputar o First Strike, iria desbalancear muito o time. A gente ficou muito desanimado“.

De acordo com o jogador, em um segundo teste feito por dragonite que deu resultado negativo, um pouco das esperanças voltaram, só que o time todo foi testar também “e deu positivo“.

Cheguei a falar que o teste tava errado. Eu não sai, não quebrei a quarentena. Eu fiquei muito puto, falei umas besteiras para o dragonite. A gente até queria que a Riot desse algum jeito da gente jogar de casa com algum técnico ou árbitro. No final não teve jeito“, complementou.

Quase que inconsolável, lembrou que o First Strike “ia ser meu primeiro campeonato presencial. E do jogo que eu amo tanto. Ia ser muito importante pra minha carreira. (…) Pra mim era muito importante… fazer o quê?

ÊXTASE, FRÊNESI

Fazendo jus a seu nick, fzkk é frenético nas partidas. Mesmo em mapas desfavoráveis, ele é capaz de transformar a Raze é um agente matador. Além de um ACS impressionante de 249, tem um dano médio por round de 149, quase uma eliminação por rodada.

Apesar disso, fzkk confirma que pensa em jogar com outros personagens: “Eu penso sim em aumentar meu agent pool. Agora que estou fazendo live, sempre tento jogar com um boneco sem ser Raze. Na ranked tenho jogado muito de Reyna e tenho tentado melhorar minha Jett. E o Phoenix eu odeio”.

Entretanto, é visível o domínio que o jogador da Vorax tem sobre a Raze. Com ele, utilizar as habilidades parece ser tarefa fácil. Acelerar a jogada para abrir o bomb ou não errar o Estraga-Prazeres são algumas de suas lições.

A galera na live vive perguntando como faz double jump ou como faz esse carrinho (risos). Muita Raze na ranked só joga as habilidades. Eu sei os pixel certos, meu carrinho bate em um lugar e vai avançando. Isso porque, pra mim, o Bumba tem que dar clear em pelo menos três ou quatro posições”, comentou.

E não basta saber tudo de um agente, mas na hora de trocar tiro não ser eficaz. Isso vale para qualquer jogador. Fzkk apresenta conceitos até ao explicar a utilização de determinado rifle.

A Vandal tem stats para longe. Ela tem uma cadência mais baixa de tiro e tem mais dano a longa distância. Então em mapas como Icebox e Ascent, que eu gosto de abrir a região do meio, utilizo ela. E se eu sei que vou para uma posição de trocação a curta distância eu escolho Phanton”, explicou.

A confiança para fzkk é fundamental para seu jogo funcionar. Ir para cima e garantir a vantagem para o time é comum para ele. E a confiança vai além de si mesmo, ele confia no time. Ao trazer uma vantagem e morrer, ele tem a certeza que seu time trará o round. Isso é fundamental para quem quer ser campeão.

2021

2021 será o ano para fzkk e a Vorax. Após não poder participar do First Strike a equipe virá com sede de título para o Champions Tour. E fzkk, falando como Leonardo não esconde a animação para isso.

Eu estou muito ansioso para poder jogar essas ligas. Porque no CS eu sempre jogava a liga desafiante com uns times que não iam pra frente nunca. E agora ter a oportunidade de jogar um campeonato de profissionais a nível mundial vai ser muito gratificante”, finalizou o jogador.

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