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Especial

Horário, atrasos técnicos e sala de treino se tornam problema na 2ª semana do VCB

Jogos do sábado (21) foram marcados por atrasos e preocupação da comunidade sobre horário

A 2ª semana de competição da segunda etapa do VALORANT Challengers Brasil 2022 (VCB) foi marcada por imprevistos que despertaram preocupação na comunidade. No sábado (21), o jogo do MIBR e TBK atrasou devido a um problema técnico. Com prorrogação e um terceiro mapa disputado, o VCB acabou depois da meia-noite, próximo da 1h da manhã.

Horário e problemas técnicos

O jogador do MIBR, Leandro “frz” Gomes expressou uma pequena preocupação sobre o horário que as equipes precisam chegar no estúdio da Riot porque o campeonato é presencial. Os times que jogam no 2º horário do dia, entre 19h a 20h, precisam estar no local às 17h junto das demais equipes.

Acho que isso é algo que atrapalha um pouco os jogadores porque a gente fica muito tempo esperando, mas é algo que não tem muito o que fazer pra chegar já na LAN e configurar as coisas, acho que faz parte até. Mas eu acho que se pudesse mudar, talvez a gente vir aqui (estúdio) quando acabasse o primeiro mapa (do 1º jogo) eu acho que seria melhor“.

Nos jogos do domingo, houve um pequeno problema técnico com o som de um dos jogadores no confronto de LOUD e Los Grandes, mas não afetou o horário. Os dois jogos foram decididos em dois mapas sem a necessidade de prorrogação, o que culminou em um dia mais rápido de competição.

Apesar do jogo não ter tido um grande atraso em comparação ao sábado, o pause técnico afetou os times. Na coletiva pós-jogo, Marcelo “pleets” Leite da LOS comentou sobre a parada forçada para resolver o problema.

“Eu acho que afetou um pouco, mas afetou ambas as equipes porque demorou muito pra voltar a partida e dá aquela esfriada, você perde a leitura (do jogo) que estava tendo. Se não tiver (o pause técnico) é muito melhor porque a partida tem um início, meio e fim muito setado então foi no início, ficou muito tempo (parado), esfriou bastante e quando volta é basicamente outro jogo.”

Bruno Alvares/Riot Games

Questionado sobre o horário de início do VCB, o atleta comentou que a segunda partida do dia será mais difícil caso o horário não mude e os times terão que se aperfeiçoar.

“Logicamente não é bom começar os jogos tarde e terminar tarde porque não afeta só os jogadores, afeta também a staff inteira da Riot, os câmeras, os casters, todo mundo que está na transmissão. Prejudica sim o espetáculo, mas não sei o que eles (Riot) podem fazer, talvez começar um pouco mais cedo, fica a critério deles. Mas se isso não acontecer, acho que cada equipe vai ter que se preparar, principalmente os times que forem jogar a segunda MD3 do dia, vão ter que ter uma preparação um pouco diferente do habitual pra conseguir uma performance boa.”

Também na coletiva, Erick “aspas” Santos da LOUD minimizou os problemas que ocorreram durante a série contra a LOS, mas falou sobre os horários dos jogos, principalmente sobre a segunda MD3 do dia.

“Tem imprevistos, não tem problema ficar parado tanto tempo se arrumar o problema, então está tudo certo. Eu acho bem tranquilo (os horários) porque foi no mesmo tempo que os jogos lá fora começavam, que era às 17h. Eu só acho que aqui, os times do 2º jogo não tinham que vir tão cedo porque eles vem antes do primeiro jogo começar, aí precisam esperar dois ou três mapas, acho que depois do fim do 1º mapa eles deveriam vir se não eles ficam muito tempo sem PC e sem fazer nada.”

Fora da transmissão, o treinador da Liberty, Ricardo “rik” Furquim foi um dos atletas que expressou preocupação com o horário planejado para o início do VCB. Em entrevista exclusiva ao VALORANT Zone, o coach falou sobre os imprevistos que ocorrem com frequência.

“Acredito que se tudo fosse perfeito e os jogos durassem um tempo OK, o horário da 17h não teria problemas. Mas em um mundo onde problemas técnicos acontecem, os jogos tem OT e 3 mapas, apostar nesse horário é maluquice, ainda mais com os times do segundo jogo chegando às 17h e esperando para jogar até as 20h. Não existe preparo, pré-game, que dure tanto tempo.”

Perguntado sobre a rotina que os times estabelecem, alguns com horário mais restrito em relação aos treinos, rik apontou um problema para os jogos do VCB que acontecem no segundo período.

“Acredito que o horário do segundo jogo foge um pouco da rotina de treino da maioria dos times. Poucos times treinam mapa as 20, menos ainda as 21. E querendo ou não, estar acostumado com algo (estar com a rotina pronta para esses horários) faz a diferença no alto nível. Uma solução rápida, seria começar as 16h. Ajuda muito.”

Sem computador nas salas de treino

Na coletiva pós-jogo, o treinador da TBK, Diego “dyx” Matheus” comentou que as salas de treino estão sem computador e os times não podem usá-la para se aquecerem antes do jogo e também opinou sobre os horários do começo do VCB.

Isso é algo que vou conversar depois com a Riot, a gente tem a sala de treino (practice room), só que não tínhamos os computadores para aquecer (pro jogo) e isso prejudicou um pouco. Eu acho que deveriam ver para melhorar isso e sobre o jogo ser tarde, acho que foi porque o jogo foi pegado, teve OT. Acho que esse 2º jogo (da noite) sempre vai ser um pouco complicado, não só pra nossa equipe, mas os outros times também vão sentir essa parada de entrar, não ter muito tempo pra aquecer, de não ter os computadores para já entrar aquecido.”

A Stars Horizon estreou contra a FURIA no sábado, o time perdeu por 2 a 0 e na coletiva, o atleta Henrique “Maverick” Tozatto comentou que o time teve problemas fora do servidor e que ambas as equipes tiveram pouco tempo de aquecimento.

“Eu não sou um cara que reclamo muito, pra mim qualquer horário está bom. Em questão de rotina eu acho que tem gente sim que toma um prejuízo porque tem gente que acorda muito cedo. Não teve PC pra aquecer antes, a gente não jogou antes porque nossa van quebrou, viemos lá de Campinas e ficamos umas 3 horas na van. Quando chegamos não tinha PC pra aquecer e tivemos uns 5 minutos de aquecimento antes de entrar no palco. Mas acho que pode melhorar sim o tempo de aquecimento, ou a prac room (sala de treino) com os PCs pra gente aquecer e até treinar o mapa antes, seria o ideal pros times.”

Bruno Alvares/Riot Games

Em relação a falta de computadores nas salas de treino, rik falou sobre uma nova logística que poderia ser adotada pela Riot no Brasil e comparou com o Masters Berlin 2021, que a equipe não precisava esperar tanto tempo para subir no palco.

“Eu acho que não ter um pracc room é algo que afeta muito, o aquecimento é uma parte importante da rotina de um jogador pré-camp. Acredito que para este momento, a Riot não consiga 20 computadores para aquecimento. O que a Riot pode fazer é ajustar os horários para que os times cheguem próximo ao seu jogo. Óbvio que estamos falando de São Paulo e qualquer transito pode atrapalhar, mas com certa logistica, acredito que possa acontecer. Em Berlim, a gente só saia do Hotel (e da pracc room) faltando menos de 40 minutos pro nosso jogo, nunca esperamos mais de 1h30 min no stage.”

A reportagem entrou em contato com a Riot Games sobre o assunto, mas a empresa não emitiu um comunicado até o momento desta publicação.

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