Siga-nos





Especial

“Se você pensar em um time do mundo ou do Brasil, você vai pensar em Gamelanders”, revela diretor de novos negócios da Final Level

Diretor contou sobre a criação da organização, os futuros projetos e sobre bootcamp para as equipes

Desde a sua criação em 2020, a Gamelanders vem se consagrando no cenário misto e feminino de VALORANT. A organização, em pouco mais de um ano, conquistou 16 títulos, sendo metade vencida por cada uma das escalações, com direito a três deles oficiais, isto é, aqueles chancelados pela Riot Games.

Em uma entrevista exclusiva ao VALORANT Zone, o diretor de novos negócios da Final Level, Gabriel Duarte, contou sobre a entrada no cenário do FPS da Riot, o surgimento do time, os resultados dos times e os planos futuros da organização.

Criação e projeto da Gamelanders

Anunciado em agosto de 2020 a Gamelanders nasceu e chegou direto no cenário competitivo de Valorant. Braço direito da Final Level, maior plataforma de entretenimento no Brasil, Gabriel Duarte contou porque a empresa investiu no FPS da Riot Games. “A gente recebeu alguns imputs em relação ao Valorant e a gente começou a olhar mais profundamente o cenário. Era uma coisa nova para todo mundo no mercado. A Riot traz um diferencial no cenário competitivo para qualquer título que eles lancem. Principalmente pela capacidade de transformar em multiplataforma. Em maio de 2020 a gente viu o beta e a gente falou “Isso é um título muito forte”. A gente jogou muito nos primeiros meses do beta, para entender se tinha potencial o jogo e vimos muitos jogadores migrando para o Valorant. Esse foi o encontro de comunidades, pensamos “Vai fazer sentido e vamos fazer o investimento cedo”. Curiosamente, a gente tem uma relação com o Rakin há muito tempo e levantamos a possibilidade de criar uma organização de baixo do guarda chuva da Final Level com outra marca, então optamos por criar uma nova, que foi a Gamelanders”, comentou Duarte.

“A Gamelanders tem haver com a Gameland, que foi a nossa primeira mansão gamer. A gente foi a primeira empresa a criar esse content house, as mansões que criavam conteúdo. Então derivamos o termo Gamelanders da mansão. A termologia desse nome é sobre as pessoas que vivem do jogo, que amam o jogo. Em junho a gente já tinha visto que seria um sucesso, tinha avaliado através de muita ciência, estudo e números, principalmente a união das comunidades. Eu cheguei para o Rakin e perguntei, “Rakin, você está jogando nos elos mais altos, você está jogando desde o beta, você conhece todo mundo. Fala para mim quais são os meninos, jogadores, que eu deveria fazer o investimento para dar a chance para eles”, e não deu outra. Ele falou “Tem esses meninos do Point Black que são diferenciados, eles estão em outro patamar e acho que vale a pena investir neles”. A gente ouviu o Rakin e fizemos uma rápida triagem para saber do background dos jogadores. Conversamos com eles na época e chegamos a um termo, que faria sentido no primeiro ano de Valorant. Viramos a organização Gamelanders e a gente seguiu por esse caminho.”

Um dos principais pilares para a criação do time misto da GL, Gabriel Duarte revelou que, além da conversa com os especialistas do time da Final Level, a conversa com o Rakin e seu agente, Rafael Mucidas, foi fundamental para a contratação dos jogadores.

Gamelanders campeã do First Strike. Foto: Bruno Alvares / Riot Games

Em relação ao time feminino, Gamelanders Purple, Gabriel Duarte contou como foi o projeto de criação e a entrada no competitivo feminino. “É uma história curiosa, a gente queria muito se posicionar no Valorant como um todo né. Eu acho que é o momento de visibilidade para as meninas e quando a gente optou por fazer esse investimento, a gente conversou bastante com a Ana “naxy” Beatriz. Ela tinha um projeto de criar uma organização, de juntar um grupo de meninas que ela confiava e a gente sentiu a mesma coisa que foi com os meninos, brilho nos olhos, sabe? Então, quando a naxy entrou em contato com a gente, tivemos uma conversa rápida com ela e entre dezembro e janeiro sentimos essa vontade. Ela explicou como ia ser essa construção do time, todas as meninas estavam alinhadas, a única que estava fora da line-up inicial era a Natália “nat1” Meneses, que estava em outra organização, mas a gente pagou a multa dela para sair da Vikings, a gente fez a transferência. Ela foi transparente com a gente desde o primeiro momento, ela disse que tinha um contrato com outra organização e pensamos: “Se a gente acha que por bem essa vai ser a melhor line-up e que ela (nat1) agrega, realmente ela tinha sido disparado a melhor jogadora de Valorant do ano passado, a gente entendeu que essa seria a melhor line-up“.

Tivemos um período de testes, mas logo a gente entendeu que precisávamos fazer mais investimentos mais robustos para fechar esse ciclo de 2021 e muito possível do próximo ano também. O time foi criado em consenso entre a naxy, o grupo de meninas e o Felipe “Katraka” Carvajal (treinador), que deu o aval final que era o treinador do nosso time misto. Ele avaliou e falou que era o time que sempre estaria no top 4, mas com a lapidação correta, elas podem ser as melhores do Brasil disparadas. Cada uma tem seu brilho específico“, revelou.

Divulgação / Gamelanders

Em relação aos investimentos da Final Level com os times misto e feminino da Gamelanders, Gabriel Duarte revelou que a empresa fez dois investimentos grandes, no início do competitivo e depois na profissionalização do Valorant. O diretor ainda comentou que a Gamelanders é uma das organizações que mais investe no FPS no Brasil, em relação a staffs, infraestrutura e salários.

“No início não foi um investimento não tão alto, foi em um teto de R$ 200 mil, na primeira leva de testes, no momento um. No momento dois, que foi o movimento para a profissionalização do Valorant, a gente aumentou bastante. A gente já está fazendo um investimento bem maior, para esse ano é um múltiplo do investimento inicial de R$ 200 mil. Todos os cálculos foram baseados nas premissas que a gente estava estudando, então no primeiro ano, foi um projeto auto sustentável dentro da companhia. A gente se surpreendeu com a premiação, do momento um que começamos a jogar até o momento que disputamos o First Strike, que a concorreu a R$ 450 mil em premiação no total. Esse ano é muito maior, os times que foram pro Masters que faturaram R$ 300 mil, isso é um alento muito grande para quando você está fazendo investimento. Todos os nossos investimentos estão pautados na parte da competição e também na parte de conteúdo, principalmente em live streaming. A gente tem feito bastante investimento nesse sentido, mas a primeira coisa que a gente precisa reforçar é que queremos nossos jogadores sempre motivados.”

Sobre o time feminino, Gabriel Duarte revelou que a Final Level também aumentou o investimento na Gamelanders Purple. “Para esse ano a gente mudou um pouco e aumentamos também o investimento nas meninas. É indiscutível que é melhor time do Brasil, elas ganharam tudo o que podiam ganhar nesse primeiro semestre, mas o investimento nelas é bastante alinhado com o que a gente tem visto. Sempre estamos aumentando decorrentes com os resultados, mas também é um situação de conforto para as meninas”, contou Duarte ao VZone.

Para o ano de 2021, Gabriel Duarte contou que não estão planejando fazer investimentos maiores do que as receitas, mas a expectativa da empresa é de atingir o ponto de equilíbrio entre o custo total dos investimentos e a receita, que se tornem uniformes. O diretor também revelou que os investimentos devem aumentar muito com o crescimento do cenário e com a chegada de mais times e patrocinadores. Além disso, Duarte reforçou que a receita recebida será usado para reinvestir na organização, nas line-ups e estrutura.

Time misto e conquistas

Desde a criação do time misto da Gamelanders até o momento, a equipe conquistou sete títulos. O mais recente foi o tricampeonato da Copa Rakin 2021 – Season 1 no mês de junho, a GL venceu o time da FURIA na decisão por 3 a 2. Com as duas equipes atuando no mais alto nível de competição no Brasil, Gabriel Duarte falou sobre a possibilidade de ter um time misto, com jogadores da GL Blue e Purple juntos em uma line-up só eventualmente.

“No Masters 1 a gente inscreveu a Natália “daiki” Vilela como reserva, ela estava pronta para jogar e a gente pensou muito pela situação que a gente vivia inscrever possivelmente a Paola “drn” Caroline no último Masters, só que vem a questão. Como os campeonatos femininos estão ficando mais recorrentes e em alto nível, se a gente faz um movimento de tirar algumas das meninas e colocar para jogar o campeonato misto com a nossa line-up blue, a gente acaba defasando a nossa outra equipe. Então nesses últimos meses isso foi muito estudado, a gente sempre teve essa mentalidade, só que nesse momento que o cenário feminino está muito competitivo se a gente tira uma peça chave, as cinco que são fundamentais para essa equipe, vamos criar um problema para a nossa line-up feminina. Então possivelmente se não tiver calendários com conflitos do cenário feminino com o misto, o nosso intuito é sempre ter os melhores jogadores nas duas line-ups, então se não tiver esse conflito, a gente tem o desejo de inscrever uma das meninas na nossa line-up em campeonatos internacionais, que elas não estiverem disputando ou se disputarmos o mundial”, revelou Duarte.

“Isso tem sido muito estudado, a gente já fez esse primeiro movimento no Masters 1 e vamos continuar estudando isso desde que não exista conflito porque vamos prejudicar muito elas e não queremos jogar com outra line-up (feminina) que não seja essa, mas é algo que nós estamos falando desde que criamos a GL Purple”, finalizou

Divulgação / Gamelanders

Quer ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do VALORANT? Então, siga o VALORANT Zone nas redes sociais: TwitterFacebook e Instagram.

Além dos dois times, Duarte reforçou a importância da comissão técnica da Gamelanders, que todos os profissionais podem e trabalham normalmente com as duas line-ups e que o treinador, Katraka também ajudou diretamente o time feminino no Game Changers. Além da preparação, estudo dos analistas de dados, auxiliares e treinadores, as duas line-ups costumam treinar entre si.

No começo de junho, a Gamelanders Blue anunciou a contratação de Lucas “Belky” Belchior para o lugar do jogador Jonathan “JhoW” Glória, Duarte falou sobre a expectativa da mudança da line-up para o segundo semestre de 2021. “A expectativa é a melhor possível, a gente fez uma alteração bem específica, mudar um pouco o estilo. A gente achou que tinha duas coisas que precisava. A primeira era uma nova motivação e a história do Belky é brilhante. Ele era uma peça que faltava no nosso time. Quem conhece o Belky sabe que ele é um menino muito bom, de técnica, cabeça, tática. É muito bom trazer uma pessoa sim, não só pela qualidade técnica, mas uma pessoa feliz para o ambiente de trabalho.”

Futuro da Gamelanders e projeto Academy

Para o time Blue, o diretor de novos negócios da Final Level contou que estão focados para chegar na final do Valorant Challengers Brasil 3 (VCB) e conseguir uma vaga para o Masters de Berlim, que é o objetivo principal. “Para esse próximo ciclo não tem como não pensar em primeiro classificar para as finais do VCB, performar bem nessas finais e chegar em Berlim. Esse é o objetivo principal desse ciclo. Focar em round a round, jogo a jogo, não tirar o foco para mais nada e aí sim, conquistando a vaga para Berlim e posteriormente a vaga para o mundial. Vamos olhar para outras coisas, outros projetos de conteúdo que queremos criar, um bootcamp, melhorar a estrutura, coach staff, mas nesse momento é focar para estar em Berlim.”

Sobre o futuro dos times da Gamelanders e os próximos passos no competitivo, Duarte contou a possibilidade de realizar um bootcamp e as estruturas que os dois times usam da organização em Sorocaba. “As nossas jogadoras, drn e a nat1 estão morando em Sorocaba também então elas já usaram nossa estrutura para o time Blue. A gente estudou muito a possibilidade de fazer um bootcamp agora em junho para o Game Changers, mas pelo prazo, calendário e também por conta da pandemia também a gente não conseguiu. Temos as nossas fronteiras fechadas no Chile e para nós é muito importante que todas elas estejam juntas de fato, mas vamos fazer sem duvida nenhuma. Nos próximos meses vamos fazer esse movimento de levar as meninas para a estrutura física, já foi estudado, já foi visto a viabilidade então vamos fazer com certeza esse bootcamp nos próximos três meses para todas as meninas, isso já está combinado”, contou Duarte sobre os planos futuros.

VALORANT
Gamelanders Blue na conquista do título do First Strike. Foto: Bruno Alvares/Riot Games

Próximo de fazer um ano desde o lançamento da Gamelanders, a criação do time misto em agosto de 2020, Gabriel Duarte fez um resumo sobre o primeiro ano da organização e falou da possibilidade de um projeto Academy para a comunidade, além de uma aproximação maior dos jogadores com os fãs.

“Muito provavelmente vamos lançar um projeto Academy nos próximos meses, para que a comunidade tenha oportunidade de fazer parte da Gamelanders também. A gente deve lançar um projeto de Arena muito bem breve, para que as pessoas tenham acesso aos nossos jogadores e jogadoras. Acho que se fosse fazer um resumo de um ano da Gamelanders, eu não poderia pedir nada mais. No geral, acho que ganhamos tudo o que podíamos ganhar nesse começo de ano. A gente nasceu do Valorant, a gente é a comunidade do Valorant, a gente vem de histórias que desaguam no Valorant e é isso que queremos continuar sendo. Se você pensar em um time de Valorant do Brasil ou do mundo, você vai pensar em Gamelanders. Você vai pensar nos nossos jogadores, é isso que a gente quer e esse é o resumo do nosso ano”.

Gamers Club
Parceira OFICIAL da RIOT GAMES no Brasil e tem como objetivo fomentar o cenário competitivo de VALORANT, com campeonatos e guias para você ter a melhor experiência.
Conheça a Gamers Club
Anúncio

Veja mais