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Especial

Dia do Trabalho: Os desafios enfrentados por narradora, observer e organizador de torneio com ida para o VALORANT

VALORANT Zone entrevistou três personagens que vivem o mundo do esporte eletrônico de uma maneira diferente da “tradicional”

Quando se fala sobre profissionais que atuam no esporte eletrônico, uma das primeiras referências que se vem na cabeça são os próprios jogadores, além de treinadores e pessoas envolvidas diretamente com as organizações. Entretanto, o espetáculo não ficaria completo se não fossem narradores, observers e organizadores de campeonatos.

Por isso, o VALORANT Zone pegou três personagens que atuam nestas áreas para homenagear o Dia do Trabalho, celebrado no dia 1º de maio. Àqueles que dão voz ao espetáculo, narradores; àqueles que são responsáveis por captar os melhores lances do confronto, observers; e àqueles que dão oportunidade dos torneios acontecerem, organizadores.

Cada um deles possui a sua respectiva importância e formam a base para que todo torneio aconteça e seja lembrado como algo histórico. Um lance espetacular não seria o mesmo se não fosse durante um grande evento, se não houvesse uma grande narração e se não fosse captado no momento certo pelo observador do confronto.

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Recheados de história para contar, o VALORANT Zone escutou um pouco mais sobre Bárbara “Saeky” Santos, narradora, Thomaz “oddie” Guadagnini, observador, e Renato “rnt” Lourenço, organizador de torneios. Juntos, eles deram um breve resumo sobre carreiras tão importantes para o cenário competitivo quanto os próprios jogadores.

ROTINA NOS ESPORTS

Apesar dos fãs ressaltarem mais a importância da rotina dos jogadores, os três personagens ouvidos pelo VALORANT Zone deram detalhes de um mundo pouco conhecido no esporte eletrônico. Contando com mais detalhes, eles falaram sobre a rotina de cada um em momentos que antecedem um confronto, e o papel que eles ocupam durante uma transmissão.

Saeky:

“A minha rotina dentro de um campeonato como narradora começa bem antes do campeonato iniciar. Eu costumo sempre ficar de olho nos times inscritos e ver quais os resultados anteriores de cada um deles em outros eventos. Sempre acho importante fazer esse estudo pré-campeonato para já chegar sabendo falar de todos os times, até os que tem menos visibilidade no cenário. Além de cuidados como narradora que são do dia-dia, não tomar água gelada, cuidar bastante da voz, ter uma boa noite de sono nos dias anteriores ao evento. Já quando começa efetivamente o campeonato eu tenho o costume de acompanhar as partidas, notar as características e resultados de cada time. Mas o real trabalho vem no dia do evento, onde a preparação começa desde cedo com inalação, exercícios de dicção e vai até mesmo depois do evento acabar”.

Oddie:

“Eu controlo a câmera do jogo, ou seja, escolho qual jogador vai ser mostrado na transmissão de um campeonato durante a partida para tentar capturar os acontecimentos. Casicamente um “camera man”.
Porém, se for mais a fundo, a minha função no campeonato é ser responsável por conseguir contar a história da rodada de maneira visual para o público e para os narradores da melhor maneira possível, independente do jogo. Na função do observer, também temos a responsabilidade de ajudar o narrador a contar a história de uma forma que tenha sequência nos acontecimentos durante a rodada, pois uma quebra nessa sequência pode ser prejudicial tanto para os narradores acompanharem e narrarem em cima quanto para a compreensão do público sobre o que aconteceu na rodada”.

Rnt:

“Sendo bem específico, construo o planejamento de um evento e presto consultoria para isso também. Muitas vezes a empresa já tem toda a estrutura, mas não tem quem entenda o mercado. Minha rotina na função varia por projeto, mas fico como o cara que desenha desde o início do projeto, as entregas para patrocinadores. Faço essa elaboração da competição, quantidade de jogos, equipes, como serão as inscrições. Eu abro frente em vários setores, desde marketing até a ponta final, que é o broadcast. Tem campeonatos que faço a função de direção do evento. Quando é um projeto grande fico na parte do planejamento e da cobrança para fazer o evento acontecer”.

INSPIRAÇÃO PARA SEGUIR NA PROFISSÃO

Se jogar desde novo serve como modelo para que uma pessoa resolve se dedicar a vida de jogar, os personagens do VALORANT Zone revelam o que os inspirou a iniciar a carreira que seguem hoje. Já consagrados nos esportes eletrônicos, eles contam particularidades e até mesmo “surpresa” ao se verem fazendo o que exercem nos dias atuais.

Saeky:

“Minha história dentro do casting foi uma grande surpresa até pra mim. Tudo começou após um “empurrão” da Sakuras Esports, que foi onde realmente comecei. Elas iam realizar um campeonato de Blitz do Nexus (League of Legends) e convidaram as streamers da organização e eu resolvi ir para ver como era. Eu me apaixonei por narrar, por dar voz ao jogo e poder transmitir emoções as pessoas e desde então eu nunca mais parei, após esse evento na Sakuras diversos eventos foram abrindo as portas pra mim e eu cada vez mais fui me jogando pro mundo do casting. Fui buscando campeonatos e aperfeiçoamento, uma fonoaudióloga pra me acompanhar e tento melhorar a cada dia, pois acredito que é um trabalho contínuo e que sempre posso melhorar e me aperfeiçoar no que faço”.

Oddie

“Desde o momento que comecei a estudar sobre observer e colocar em prática, a minha maior motivação era o déficit da função no Brasil e que perdura até hoje, infelizmente. O assunto é tão pouco falado no Brasil que isso acaba respingando nos campeonatos, pois diversas pessoas e empresas que organizavam e organizam campeonatos não percebem a importância do observer para que o campeonato seja de altíssima qualidade, mesmo sendo a função responsável por tudo que aparece na transmissão durante as partidas”.

Rnt:

“O que me levou esse trajeto é eu ser uma pessoa bastante competitiva. Na minha opinião, se você não é uma pessoa competitiva, você não consegue ter a sensação e o sentimento que o mercado proporciona tanto para o player quanto para quem assuste. O que fez eu querer fazer o que faço hoje é uma série de fatores, mas é a oportunidade de construir algo. Isso me anima bastante. Você ser um cara que vai criar e pavimentar o cenário dos esports é algo bastante empolgante na minha opinião”.

E O FUTURO?

Crescendo junto com a internet, o futuro do esporte eletrônico é algo que está em aberto para todos àqueles que vivem do cenário, sejam jogadores, organizações ou até mesmo este que vos escreve. No entanto, todos os que fazem parte do mundo atual conseguem traçar uma meta, por menor que ela seja, neste turbilhão de mudanças que os esports passam a cada dia.

Saeky:

“Tem uma realização para mim que é poder ajudar mulheres a entrar e se estabelecer nos esports, que todas possamos ter voz e espaço dentro de todas as áreas dos esports, seja como players ou casters. De poder efetivamente ajudar e influenciar positivamente todas as mulheres que sonham de viver disso um dia. Mas, eu não vou mentir, meu maior sonho é atualmente é entrar para Riot. Poder narrar e dar voz ao VCT seria o sonho pra mim”.

Oddie:

“Acredito que seja um pouco complicado de dizer, pois é uma função que tem poucas possibilidades de crescimento somente como observer, porém com certeza há a possibilidade de explorar oportunidades relacionadas e que estejam próximas do dia a dia nos esports”.

Rnt:

“Todo ano eu faço o exercício de tentar prever o que vai acontecer no ano seguinte e, há sete anos, eu fiz uma previsão em como estaríamos daqui a cinco anos, mas isso com o mercado de esports. E é impressionante como errei tudo. Justamente por ser um mercado que está sendo construído. O que eu consigo traçar é isso: eu estar sendo um pilar do mercado, ajudando pessoas a se desenvolverem. Esse é o meu estilo de trabalho, eu gosto de estar com quem trabalha comigo. Tanto parceiros, quanto clientes. Eu gosto de ir aprendendo e passando o que eu sei para as pessoas. Me imagino com uma carreira sólida, tendo essa oportunidade de focar nisso e passar conhecimento”.

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